Resumo Objetivo: Apresentar conceitos atuais sobre diagnóstico e tratamento de meningites bacterianas considerando agentes etioló-gicos, fisiopatologia, opções antimicrobianas, antiinflamatórias e suportivas. Métodos: Revisão bibliográfica utilizando o banco de dados MEDLINE abrangendo artigos publicados nos últimos 10 anos. Um artigo clássico anteriormente publicado e capítulos de livros-texto de doenças infecciosas foram também incluídos. Resultados: A antibioticoterapia empírica inicial é efetuada com base na etiologia provável de acordo com a idade. Na análise microbiológica do líquido cefalorraquidiano, a bacterioscopia pelo gram pode revelar a bactéria em 50%-80% dos casos, e a cultura em aproximadamente 85%. Os testes que detectam antígenos auxiliam no diagnóstico, mas apresentam baixa sensibilidade. Na etiologia das meningites neonatais continua predominando a E. coli, o Streptococcus B e a Listeria monocytogenes. Após esse período, a incidência de meningites por Haemophilus influenzae b tem declinado significantemente desde a introdução das vacinas conjugadas, enquanto o S. pneumoniae e a N. meningitidis seguem sendo freqüentes patógenos. Atualmente, as cefalosporinas de 3 a geração, ceftriaxona ou cefotaxima, constituem-se na antibiotico-terapia de eleição, sendo utilizadas em associação com ampicilina até os dois meses de idade e após como monoterapia. A dexameta-sona tem mostrado eficácia na redução da resposta inflamatória e das seqüelas, principalmente seqüelas auditivas. Na terapêutica de suporte, não há vantagens com a restrição hídrica. Conclusões: O diagnóstico precoce seguido de imediato início da terapêutica são fundamentais para o bom prognóstico. Os novos conhecimentos sobre fisiopatologia, o surgimento de novos antibi-óticos e a crescente resistência bacteriana têm provocado mudanças no tratamento. J. pediatr. (Rio J.). 1999; 75 (Supl.1): S46-S56: meningite bacteriana, meningite meningocócica, meningite pneumocócica, meningite por Haemophilus. Abstract Objective: To present new concepts on diagnosis and treatment of bacterial meningitis regarding etiologic agents, pathophysiology and options about antimicrobial, antiinflammatory and supportive therapy. Methods: Bibliographic review from MEDLINE data including articles published during the last ten years. One classic article published before this period and chapters of textbooks on infectious diseases were also included. Results: Initial empirical antibiotic therapy is chosen according to probable etiologic agents for the age group. In the CSF micro-biological analysis, the gram stains can reveal bacteria in 50% to 80% of the cases and the culture in nearly 85%. The tests for detection of bacterial antigens are useful for the diagnosis but they present low sensitivity. The most common agents during the neonatal period continue to be E. coli, Streptococcus B and L. monocytogenes. Beyond this period, the incidence of meningitis by Haemophilus influenzae b had a significant decrease after the introduction of conjugate vaccines. However, S. pne...
Artigo submetido em 30.10.00, aceito em 08.08.01. ResumoObjetivo: determinar a prevalência dos agentes etiológicos das meningites bacterianas em serviço de referência, no atendimento de doenças infecciosas para o estado de Minas Gerais, e verificar a resposta ao tratamento utilizado.Métodos: estudo descritivo em que foram incluídas todas as crianças com diagnóstico provável de meningite, admitidas na instituição no período de junho a novembro/99.Resultados: obteve-se 210 casos de meningite, sendo 111 casos de etiologia bacteriana (52,9%). Destes, 52 casos foram diagnósticos prováveis (por alteração do liquor rotina) e 59 com diagnósticos de certeza (por cultura e/ou isolamento de antígeno). Os principais agentes isolados foram, em ordem decrescente, H. influenzae, N. meningitidis e S.pneumoniae. O tratamento inicial para a faixa etária de três meses a cinco anos foi ampicilina e cloranfenicol, sendo posteriormente restrito para penicilina em casos de meningococo e pneumococo, e para cloranfenicol nos casos de H.influenzae. A mudança para antimicrobiano de maior espectro foi realizada com base em dados clínicos ou laboratoriais, não havendo isolamento de microorganismo resistente.Conclusões: o acompanhamento do perfil epidemiológico das meningites deve ser contínuo, e cada serviço deve se basear em dados locais para direcionar a terapia antimicrobiana. A monitorização contínua dos agentes prevalentes em cada instituição e de sua resistência é fundamental para a escolha antimicrobiana, atuando com menor interferência na colonização individual, sem contribuir para a crescente resistência dos agentes responsáveis pelas infecções meníngeas.
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