Artigo submetido em 19.10.01, aceito em 13.03.02. Resumo Objetivos: 1) avaliar o valor preditivo do Clinical Risk Index for Babies (CRIB) para óbito hospitalar; 2) identificar a variável do escore com melhor valor preditivo; e 3) comparar a capacidade do escore CRIB para predizer mortalidade hospitalar com a do peso de nascimento, da idade gestacional e do excesso de base isolados. Métodos: o escore CRIB foi aplicado de forma prospectiva em 100 recém-nascidos admitidos consecutivamente na Unidade Neonatal do HC-UFPR, que tinham peso de nascimento igual ou inferior a 1.500 g ou idade gestacional menor que 31 semanas. Resultados: cinqüenta e cinco recém-nascidos eram do sexo feminino e 45, do masculino, a média do peso de nascimento foi de 1.078,0 ± 277,0 g, e da idade gestacional de 29,2 ± 2,8 semanas. Vinte e um pacientes foram a óbito. A mortalidade nos graus 1, 2, 3 e 4 do CRIB foi, respectivamente, de 6,6%; 46,2%, 85,7% e 100,0%. A precisão do escore para mortalidade foi confirmada (área sob a curva ROC = 0,877), e a melhor variável do escore para prognosticar o óbito hospitalar foi o excesso de base máximo (área sob a curva ROC = 0,795). Comparado com peso de nascimento e idade gestacional, o CRIB foi significativamente melhor para predizer mortalidade. Conclusões: além de ser útil no prognóstico do óbito hospitalar, o CRIB mostrou-se um escore de aplicação simples. Com base nos resultados encontrados, recomenda-se sua incorporação na rotina das unidades neonatais.