Analisa-se a atuação política das mães no caso dos meninos emasculados, como articuladoras de um discurso de direitos humanos e identidade, apresentando sua demanda perante o Estado, como reconhecimento e redistribuição. O Estado atua como interlocutor e violador de direitos das famílias e crianças e adolescentes mortos, em razão de negligências e omissões na condução das investigações criminais. Constrói-se a noção de subjetividade das mães no processo de luto que perpetuou o seu lugar político, uma nova identidade que se coloca no espaço público. Por fim, a força desse discurso político que continua tendo caráter de mobilização frente ao Estado.
O presente estudo, inserido no campo da Linguística Cognitiva e do Direito, pretende identificar e analisar a presença de metáforas conceptuais como ferramentas de argumentação e persuasão no discurso jurídico. Em termos metodológicos, pauta-se basicamente na pesquisa bibliográfica, documental e na análise cognitivo-discursiva. Esclarece que, para o operador do Direito, a linguagem tem um papel fundamental pela necessidade de dominar o vocabulário da ciência do Direito de forma persuasiva, expressando argumentos de convencimento para sustentar teses. Analisa o discurso persuasivo através do uso da metáfora em virtude de sua capacidade de mediação entre a cognição e a emoção.
A presente pesquisa tem por objetivo analisar, sob a ótica da Teoria da Metáfora Conceptual, proposta na obra Metáforas da vida cotidiana, (Lakoff; Johnson,1980, 2002), as metáforas de banalização da exploração do trabalho domestico arraigadas na sociedade brasileira. Para tanto, seráfeito um apanhado da revolução propiciada no estudo da linguagem peloadvento dessa obra e a percepção das metáforas sobre a banalização da exploração do trabalho doméstico no contexto social brasileiro como negativa de acesso aos direitos fundamentais
O Direito e o Judiciário são lugares de produção de saberes sobre a maternidade. Propomos uma análise do uso feito, em processos judiciais, das leis sobre o exercício da maternidade, por meio da observação do dito e não dito sobre as mulheres em decisões proferidas em graus de recurso em ações de destituição do poder familiar. Utilizamos a abordagem da análise do discurso à luz da metáfora, para identificar as metáforas utilizadas sobre a maternidade. Trazemos um olhar sobre as metáforas encontradas nas decisões judiciais e o que revelam sobre questões ligadas à maternidade e ao seu exercício.
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