Neste trabalho são trazidas à baila discussões acerca das ações e políticas tanto do Governo Federal como estadual que foram responsáveis pelo início de profundas transformações na economia do estado de Pernambuco. Se objetivou demonstrar que as decisões do Estado em promover a descentralização e crescimento econômico ocorreram por meio de investimento em infraestrutura econômico-produtiva, e pela oferta de políticas públicas efetivas de concessão de incentivos fiscais que têm em seus princípios descentralizar a produção industrial para as diversas regiões de seu território, por meio de alíquotas diferenciadas que aumentam os subsídios à medida que aumenta a distância da sua Região Metropolitana, a mais desenvolvida economicamente. O objeto de estudo escolhido foi a dinamização da economia do estado de Pernambuco, e todos os fenômenos que afloraram do momento de grande crescimento econômico por que passou após o ano de 2003. Considerou-se como recorte temporal os anos de 2007 a 2014 e foram consideradas as informações dos resultados dos investimentos dos Programas de Aceleração do Crescimento PAC 1 e 2 e os incentivos fiscais provenientes do Programa de Desenvolvimento de Pernambuco-PRODEPE no mesmo período. A pesquisa se desenvolve considerando que essas ocorrências criaram um ambiente propício para estimular a acumulação de capital industrial e eficientes na atração de investidores e de novas empresas, traz informações sobre os investimentos do PAC, bem como da eficiência do PRODEPE como potencial para implantação e atração de novas empresas.
O presente artigo apresenta a dinâmica do desenvolvimento regional no Estado de Pernambuco. Tem como objetivo mostrar as transformações econômicas nas diversas regiões de desenvolvimento em decorrência do aumento da oferta de infraestrutura econômico-produtiva alicerçada, sobretudo, em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do consequente poder de atração de investidores privados, principalmente, do capital industrial incentivado pelo Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (PRODEPE). São abordados os valores desses investimentos em obras geradoras de infraestrutura no território Pernambucano, bem como os resultados em termos de implantação de empresas atraídas por incentivos fiscais ofertados pelo Estado sob uma perspectiva keynesiano-estruturalista. O estudo considera o recorte temporal de 2007 a 2014 e utiliza abordagem qualitativa na avaliação de seus resultados, trazendo como diferencial uma leitura dos riscos dos governos em apostar nesse tipo de investimentos em infraestrutura, o abandono das obras, os desvios de verbas, as quebras de contratos, os danos ambientais entre outras questões com foco na avaliação do risco político.
Os Grandes Projetos Urbanos são empreendimentos plurifuncionais que demandam um longo tempo para serem concluídos. São concebidos sob uma lógica global-local em que o território se ajusta aos preceitos do capital como condição para se adequarem aos novos padrões de modernização dos espaços. A governança desses Grandes Projetos Urbanos evidencia o protagonismo privado, ainda que o Estado seja fundamental como agente regulador eviabilizador do negócio. Sendo assim, neste artigo são analisadas as relações de governança a partir do levantamento dos atores envolvidos, considerando aspectos ideacionais e funcionais que foram realizados para a implantação do grande projeto urbano denominado Reserva do Paiva, localizado na Região Metropolitana do Recife, em Pernambuco, Brasil. Dentre os aspectos evidenciados na pesquisa têm-se a governança no empreendimento, a gestão corporativa estabelecida, os atores da governança do empreendimento e a segregação socioespacial considerando o discurso de exclusividade e de preservação ambiental o que pressupõe maior confiabilidade e atratividade para classes de alto poder aquisitivo.
Neste artigo propõe-se analisar as formas de mobilização e participação popular organizadas pelos Movimentos Sociais Urbanos tendo em vista a promoção de conexões democráticas de luta e garantia pelo direito à cidade, de modo a se contraporem a apropriação do espaço metropolitano pelos Grandes Projetos Urbanos dentro do contexto recifense. Sendo assim faz-se importante o conhecimento dos processos de organização e participação no Planejamento e Gestão Democrática - Conferências, Conselhos, Assembléias, etc.- que ordenam os conflitos entre as necessidades da população, a ineficiência do Poder Público e o Poder do Mercado Imobiliário. A inserção e até mesmo protagonismo desses atores sociais nos sistemas de Governança, antes dominados pelo Mercado Imobiliário e Poder Público, é resultado das práticas de resistência e luta pelo direito ao espaço urbano. Buscou-se aproximar o conhecimento teórico de um estudo de caso, sendo este o Movimento Resiste Santo Amaro que surge em contrapartida ao Grande Projeto Urbano da Vila Naval (Santo Amaro, Recife-PE).
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