Machado de Assis, romancista que experienciou a vida na Corte do Rio de Janeiro, no século XIX, percebeu a instituição escravista e a transcreveu para suas peças literárias. Os textos do escritor representam um espaço em que, por meio da ironia e da crítica velada, a contraposição à chibata ganhou ímpetos de denúncia travados no papel, na leitura e na disseminação de crônicas, contos e romances. Este texto busca compreender a literatura machadiana como patrimônio cultural do povo, pois é capaz de expressar, por meio da ficção, a dinâmica social e a dimensão imaterial do cotidiano brasileiro. A abordagem metodológica do assunto é feita por meio de pesquisa exploratória e documental, baseando-se em textos escritos pelo literato no século XIX sobre a escravidão.

Este artigo objetiva traçar um panorama sob o enfoque axiológico-normativo da temática da moralidade administrativa, visando caracterizar e analisar a atuação do Sistema de Gestão Ética do Poder Executivo Federal (SGEPEF), instituído pelo Decreto 6.029 de 2007, correlacionando-o à tutela da res publica. Metodologicamente, foi empregada pesquisa bibliográfica a respeito da temática Estado, democracia e res publica, desde a formação do Estado Moderno até o surgimento do Estado Democrático de Direito brasileiro. Além disso, foi realizada análise qualitativa das atas de reunião dos anos de 2000 a 2021 da Comissão de Ética Pública -órgão central do SGEPEF -, observando-se os principais temas submetidos à análise pelo colegiado. Os resultados obtidos conduziram à conclusão da importância do papel do SGEPEF na tutela da res publica, emprestando-se efetividade ao arcabouço normativo relacionado à moralidade administrativa.

Reunião Ministerial de Ottawa sobre a Reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2018, mesmo não contando com a participação dos EUA, um Estado nacional de peso no cenário das relações comerciais internacionais, foi momento importante para o ensejo do diálogo político e diplomático entre membros. As discussões oriundas da Reunião Ministerial indicaram mudanças e atualizações que devem ser feitas na OMC, visando à manutenção do status quo operante do sistema multilateral de comércio hodierno e à sua proeminência na condução do desenvolvimento econômico e do crescimento comercial. Partindo do exposto, essa proposta de reflexão objetiva discutir alguns aspectos da reforma da OMC que remonta a 2018. A abordagem da proposta baseou-se metodologicamente em pesquisa bibliográfica. Acredita-se, como resultado, que, embora a Reunião Ministerial tenha sido um momento significante para a evolução das relações mundiais de comércio, muito ainda deve ser feito diplomaticamente para que um regime equitativo se estabeleça.

Este trabalho tem por objetivo compreender por meio de pesquisa bibliométrica, em que medida, na última década do século XXI, o tema Ética tem sido discutido nos principais Anais de publicação da Engenharia de Produção, ENEGEP e SIMPEP. Este estudo justifica-se, pois, a Ética é um dos pilares que compõe o universo da pesquisa em Engenharia de Produção. Metodologicamente, empregou-se bibliometria para a coleta de dados nos Anais indicados. Como resultado, constatou-se que há poucas discussões, acerca da categoria ética.

O negro e o sistema escravista do Atlântico Sul foram assuntos pensados pelo jesuíta Antônio Vieira no século XVII. Por meio de seus sermões, esse intelectual da Companhia de Jesus buscava conformar e legitimar, em alguma medida, o escravismo colonial, apesar de, também, ter sido um crítico da violência perpetrada pela instituição. Em face disso, este trabalho busca pensar por meios de alguns escritos de Vieira a representação do quotidiano do negro no Brasil. Para isso, pesquisa bibliográfica e abordagem hermenêutica dos sermões do jesuíta, a qual considera a literatura como sendo um resquício de memória de uma sociedade passada, serão vislumbradas como procedimento metodológico. Acredita-se, por fim, que as reflexões de Vieira sobre a sociedade escravista podem ser compreendidas à luz dessa perspectiva, além de servirem a uma pedagogia da servidão.