Artigo recebido em 22 de fevereiro de 2015, versão final aceita em 10 de junho de 2015. RESUMOO artigo apresenta reflexões sobre a noção de comunicação ambiental, a fim de contribuir na construção do conceito que define esta área considerada especializada e de interface. Defende-se que tal área, situada no imbricamento entre os campos da comunicação e do meio ambiente, caracteriza-se por englobar fundamentos e perspectivas de ambos, ressaltando seu caráter interdisciplinar. Inicialmente são apresentadas as bases epistemológicas dos dois campos, com o objetivo de enfatizar as articulações práticas e teóricas que ocorrem entre eles. Faz-se, então, uma revisão de literatura acerca do termo "comunicação ambiental", considerando autores nacionais e internacionais, e argumenta-se que esta não se resume a tratar de temáticas características da área ambiental. Por fim, busca-se refletir sobre as possibilidades da comunicação ambiental para auxiliar nas ações de enfrentamento dos problemas socioambientais contemporâneos.Palavras-chave: comunicação; meio ambiente; comunicação ambiental; interfaces; epistemologia. ABSTRACT This paper provides reflections over the notion of environmental communication, seeking to contribute on the construction of the concept that defines this kind of communication, considered specialized and of interface. The argument stated is that environmental communication is characterized by embracing perspectives and fundamentals of both the communication and the environmental fields, since it is situated in their interweave, emphasizing its interdisciplinary character. Initially, the epistemological bases of both fields are presented, in order to highlight the practical and theoretical articulations that occur between them. A literature review about the term is then provided, considering national and international authors, followed by the argumentation that environmental communication is not simply about dealing with thematic features of the environmental field. Finally, some reflections on its possibilities to assist in coping actions of contemporary social and environmental problems are offered.
Resultado de reflexões desenvolvidas no exercício de diferentes disciplinas, este artigo aponta alguns aspectos que norteiam a atual discussão sobre a degradação socioambiental urbana. Trata-se aqui, especialmente, de discutir a noção de degradação, a evolução da questão ambiental e o conseqüente desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a solução dos problemas socioambientais urbanos e vinculadas ao exercício da cidadania, bem como à necessidade de se buscar uma visão complexa da realidade urbana, a partir de um (re)conhecimento da interação entre sociedade e natureza. Urban socioenvironmental degradation, public policies an citizenship Abstract As a result from an interdisciplinary reflection, the present article deals with some aspects which direct the issue of urban socioenvironment degradation. The article focus on the notion of degradation, the evolution of the environment issue and the development of public policies which aim at the solution of urban socioenvironment problems, linked to citizenship activities, as well as at searching a complex view of the urban reality, through the (re)cognition of the interactionof society and nature.
Os riscos urbanos (Veyret, 2007) representam um desafio de gestão, pela sua complexidade socioambiental. As ameaças de rompimento das barragens de contenção de minério próximas a cidades no Brasil demonstram a prevalência da maximização do lucro (Leff, 2000) em detrimento à segurança, levando-se em conta as catástrofes de Mariana (2015) e Brumadinho (2019). Este estudo entende que o jornalismo, diante do contexto de riscos urbanos, além de informar, deve estimular a sociedade a se mobilizar para participar na vida pública (Reginato, 2019). Assim, buscamos verificar os enquadramentos das notícias coletadas em 2019 de três jornais digitais, Brasil de Fato, HuffPostBrasil e Nexo, a fim de identificar como esses periódicos tratam o assunto e possibilitam a mobilização das comunidades afetadas.
Os haitianos se tornaram conhecidos da população brasileira, em especial, nas grandes capitais do país. Nas ruas, nos postos de trabalho, em eventos populares, os migrantes haitianos aparecem em nosso imaginário sob diferentes formas representacionais, normalmente, mediadas pelos discursos dos meios de comunicação de massa. O objetivo do artigo é discutir como determinados processos comunicativos, que ocorrem fora do “circuito oficial” da comunicação (TV, jornais, rádio e sites de mídias tradicionais), desestabilizam os discursos hegemônicos em prol de uma “cidadania transnacional”, de direitos e de dignidade ao migrante haitiano que vem ao Brasil e, mais especialmente, a Curitiba, no Paraná. O artigo, que é parte de uma pesquisa de mestrado, invoca a relação que a temática da migração mantém com o processo de globalização contemporânea, com as redes sociais que podem atuar como formas discursivas contra-hegemônicas e com perspectivas metodológicas que extrapolam os dados quantitativos para trazer perspectivas valorativas das identidades dos migrantes. Parte-se da premissa de que as práticas comunicativas dos migrantes haitianos constituem formas de resistência frente a processos de vida acelerados pela globalização, especialmente, aqueles relativos às identidades. Apresentam-se, como resultado, algumas formas como os haitianos têm utilizado diversas interações midiáticas para se colocar no novo território.
Um dos aspectos da narrativa jornalística digital online é de que a construção argumentativa de apelos à emoção (fazer sentir) é mais influente na esfera pública do que fatos objetivos (fazer saber). Ao propor analisar como ocorre o tratamento de notícias sobre mudanças climáticas do jornal nativo digital HuffPost Brasil, este artigo apresenta como objetivos centrais: verificar os discursos predominantes e analisar o tratamento de conteúdos produzidos por diferentes atores sociais (jornalistas, blogueiros e instituições). Parte-se da seguinte questão-chave: As notícias sobre mudanças climáticas estão focalizadas no “fazer sentir” (emoções) ou no “fazer saber” (conhecimento)? A coleta de dados foi feita a partir de metodologia cruzada (software de mineração e análise de texto e Google notícias). O quadro teórico principal está ancorado nos modos discursivos propostos por Charaudeau (2006) e nas características do jornalismo de internet discutidos por Del Vecchio de Lima et al (2017). Conclui-se que a cobertura sobre mudanças climáticas no site é muito reduzida e que o tema de modo geral não é tratado com “dramaticidade” (a fim de emocionar) como ocorre em vários veículos noticiosos.
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