O presente artigo tem como objetivo explicitar valores e identidades construídos no plano discursivo sobre o migrante e a prática de migração em texto do gênero reportagem sobre migração. Para análise, escolheu-se reportagem do jornal local Diário do Rio Doce, da cidade de Governador Valadares, ponto de partida dos primeiros emigrantes brasileiros para os Estados Unidos na década de 1960. A abordagem teórico-metodológica utilizada é a Análise de Discurso Crítica anglo-americana, caracterizada como vertente interdisciplinar de estudos do discurso e o modo como esse se consolida diante das condições conjunturais, no caso, a migração. Nesse artigo são considerados aspectos sociológicos sobre a migração internacional e os estudos discursivos, pois esses discursos se norteiam e se constituem e características socialmente ratifcadas nos gêneros, como forma de abordar experiências e referendar valores e práticas culturais migratórias. Com a análise, concluiu-se que, além do vocabulário, a negação é um modo de construção representacional signifcativo de um conjunto de práticas que descrevem o "estar lá" do migrante. O migrante é representado como aquele que está no "entrelugares" e deve se adaptar, conforme é representado no presente caso de reportagem. A negação, ao compor os dizeres, opõe conteúdos de uma afirmação anterior, e refuta a afirmativa correspondente Pelo conteúdo negado, pressupõe-se a afirmação da prática do migrar como conteúdo positivo e valor naturalizado na reportagem.
O presente trabalho apresenta os modos como mobilizamos sentidos sobre o tempo nos acontecimentos de dizeres típicos da pandemia do SARS-COV-2. Destacamos formações, como “novo normal” e “dia D” e “hora H”, que caracterizam o referencial histórico da pandemia, pelo olhar da Semântica da Enunciação. Propomos o foco à temporalidade do dizer a que se refere Guimarães (2002, 2018), uma vez que o acontecimento temporaliza. Nesse ponto, discutimos uma proposta de olhar de separação didática dos sentidos que construímos sobre o tempo, realçando como a temporalidade do dizer acontece e o modo como temporalizações reconstroem e redefinem sentidos, colocando a nossa visão às significações e como elas se (re)moldam, produzindo os acontecimentos do dizer sobre/ na pandemia, uma vez que os sujeitos são tomados pela linguagem na historicidade e constituem o Logos. Desse modo, observamos como os discursos se dão a partir de referenciais, moldando o mundo pela linguagem que ora se delineia nas emergências.
Este artigo objetiva compreender um evento da cultura popular e do folclore como evento discursivo, especialmente o bumba meu boi, orientado para uma forma de manifestação social, constitutiva de um sistema de conhecimentos e crenças. Na contemporaneidade há uma massificação cultural, que subordina manifestações historicamente construídas, de caráter popular, à dinâmica mercadológica da indústria cultural. Assim, torna-se importante pensar o significado desse processo, bem como realizar uma análise crítica de discurso da narrativa deste folguedo, a fim de compreendê-lo como interpelado por valores e atitudes protagonizadas por sujeitos em um cotidiano marcado pelas relações de poder. Busca-se, neste artigo, uma análise desse acontecimento como evento discursivo, através da visão crítico-discursiva de Norman Fairclough.
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