Viviane dos Santos Souza Enfermeira. Mestre em Enfermagem e Saúde pela Uesb. Especialista em Saúde Mental pela Uesc. Professora assistente da Uesc. Membro do Grupo de Pesquisa em Saúde Mental da Uesc e do Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde Mental: Loucos por Cidadania da Uesb. Construção social da aprendizagem em saúde mental e saúde da família. Elas incluem, além das citadas, a valorização da pesquisa, do rigor metodológico, do pensamento crítico, da ética e da estética (ou, como Freire gostava de dizer, "decência e boniteza" (2002, p. 20)) e da ligação entre teoria e prática como apoios fundamentais para o ato de educar. Por fi m, a nona frase de Freire sobre o ensinar-que é, provavelmente, a menos explícita delas-merece ser olhada com mais cuidado dentro do tema que será explorado pelo livro organizado por Rozemere Cardoso de Souza e Josenaide Engracia dos Santos: "Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural" (2002, p. 18). Como assim, assunção da identidade cultural? E o que isso tem a ver com saúde mental na atenção primária? Podemos compreender que o trabalho em saúde confi gura uma subcultura, ou seja, um universo de códigos e símbolos específi cos que são compartilhados somente entre as pessoas que trabalham com saúde. Dentro dessa subcultura existem diversas outras. A saúde mental e a saúde da família são dois campos com características, valores, missões e cotidianos muito peculiares. Alguns desses elementos são bastante sobreponíveis. Como exemplo, podemos citar a importância, para ambas, do conceito de comunidade e da herança histórica advinda da reforma sanitária. Outros pontos, no entanto, são bastante distintos, especialmente aqueles que tocam o trabalho cotidiano nos serviços de saúde mental e nas Equipes de Saúde da Família. Há, portanto, identidades culturais que se apresentam e se ocultam nesse processo. Sumário INTRODUÇÃO-Construção social do processo ensino/aprendizagem em saúde mental Rozemere Cardoso de Souza Josenaide Engracia dos Santos .
Os serviços de saúde mental vêm passando por prejuízos e perdas na garantia da assistência integral aos usuários, por conta da pandemia da COVID-19. Este estudo trata-se de um relato de experiência sobre a vivência e sentimentos de perdas de um educador, técnico e acadêmico de Enfermagem, durante a pandemia da COVID-19, em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de um município da região sul do estado da Bahia, Brasil, no ano de 2020. Durante a referida pandemia, observaram-se perdas em trabalhos que vinham sendo realizados no CAPS, por conta do fechamento do serviço, no início, e depois abertura apenas para consulta médica, produzindo afastamento dos usuários de acompanhamento diário. Essa situação concorreu para agudização de sintomas esperados durante a pandemia, assim como, para situações de emergências psiquiátricas, sentimento de desamparo e morte, implicando em descontinuidade de práticas de cuidado e ressurgimento de processos medicalizantes na atenção psicossocial. A atenção multidisciplinar passou a ser substituída pela centralidade do cuidado na figura do médico e medicações, afetando a promoção da saúde mental. Conclui-se, pela experiência, que se torna emergente a educação permanente das equipes dos CAPS, frente aos desafios e enfrentamento de pandemias, para melhor assistir a todos que vierem a precisar de assistência e que esta seja qualificada e humanizada. Assim, a educação permanente da equipe, pode ser o ponto de partida para resistências e retomada da invenção de novas práticas em saúde mental, que dá ênfase à vida, sem reduzi-la ao diagnóstico ou sintomas.
O presente estudo propõe relatar a experiência do uso da papaína durante o cuidado prestado a uma usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) delineando toda assistência prestada a nível hospitalar e posteriormente nas visitas domiciliar que foi realizada no intuito de acompanhar e monitorar a evolução do processo de cicatrização da lesão, ademais com o objetivo de se promover o cuidado em uma perspectiva global. Este manuscrito contempla também a importância da assistência de enfermagem de forma sistematizada para um bom prognostico. falar da visita domiciliar. Trata-se de um relato de experiência desenvolvido, a partir de uma ação extensionista da Universidade Estadual de Santa Cruz, vinculada ao Programa de Educação Superior pelo Trabalho para a Saúde, o qual foi cenário da vivência de uma acadêmica que atuou como bolsista. A analise dos dados produzidos ocorreu por meio da pesquisa nas bases de dados Lilacs e Scielo. Participou da experiência uma usuária diabética juntamente com a família, uma docente enfermeira e uma acadêmica do curso de Enfermagem. O cuidado em âmbito hospitalar ocorreu durante um mês e posteriormente a avalição do quadro clinico a nível domiciliar no período mensal que durou aproximadamente dois meses, onde se utilizou durante as trocas de curativo a papaína a 6%, que corroborou para cicatrização da lesão, durante esse processo de cuidado foi estabelecido vinculo com a família acompanhada e o despertar da paciente para o autocuidado frente doença enfrentada. Finalizamos este relato salientando a importância do cuidado integral ao cliente durante a assistência hospitalar, bem como, do acompanhamento posterior no âmbito domiciliar, considerando a visita domiciliar como uma ferramenta para ampliação da assistência, aplicando terapêuticas eficazes e de baixo custo, a exemplo da papaína.
RESUMOA religiosidade é uma condição relevante para se compreender o manejo/interpretação da saúde/doença mental ante a crescente desautorização da perspectiva positivista e/ou da lógica de mercado e suas associações entre religião e manifestação patológica. Este estudo objetivou analisar a produção de sentidos e posicionamentos de profissionais de Saúde da Família acerca da relação entre religiosidade e saúde mental e suas implicações sociais no tocante ao cuidado em saúde mental no contexto da Estratégia. Trata-se de pesquisa construcionistasocial, de abordagem qualitativa, realizada com quatro equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município de Ilhéus, Bahia. Participaram do estudo médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde que atuavam havia mais de um ano na ESF e consentiram em participar. Realizaram-se grupos focais, de sessão única, seguindo guia de temas previamente elaborado para este fim. A análise possibilitou explicitar as seguintes categorias temáticas: a dimensão espiritual como fator desencadeante e explicativo da doença mental; os espaços de tratamento religioso e suas implicações sociais; distinções e fluidez entre os discursos religioso e médico. O conhecimento produzido busca contribuir para ampliar as reflexões e possibilidades de cuidado em saúde mental na comunidade, via Estratégia de Saúde da Família, associada aos espaços de religiosidade.Palavras-chave: Religião. Saúde Mental. Saúde da Família. INTRODUÇÃOA partir dos movimentos de reforma da atenção psiquiátrica e de outras transformações da sociedade contemporânea, como a mudança de paradigma nos processos de comunicação e a introdução do pensamento pós-moderno, vem ocorrendo a valorização de compreender os diversos saberes, práticas e cenários de produção de cuidado em saúde presentes na sociedade, inclusive os que são produzidos por conta da religiosidade.A religiosidade é condição relevante para se compreender o manejo/interpretação da saúde/doença mental ante a crescente desautorização da perspectiva positivista e/ou da lógica de mercado e suas associações entre religião e manifestação patológica ou de atraso para o desenvolvimento humano (1) . Múltiplos são os sentidos da religiosidade e saúde mental referidos por trabalhos atuais divulgados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Dos quinze trabalhos científicos encontrados foram selecionados doze, com o uso dos descritores saúde mental, religiosidade, profissionais e religião. Os conteúdos são explicativos de conceitos e da relevância do tema em tela enquanto um modo de construir e vivenciar o sofrimento mental e um fator de proteção e de apoio social à saúde mental das pessoas (1)(2)(3)(4) . Poucos são os trabalhos que enfocam a percepção dos profissionais de saúde sobre o tema.Influenciada pela observação do número cada vez mais crescente de igrejas em uma comunidade e dos discursos religiosos que chegavam dos pacientes, uma profissional de saúde mental estudou a construção de sentidos da religiosidade para pessoas e familiares em sofrimento psíquico. Das ca...
O estudo objetivou conhecer a percepção dos usuários do serviço de saúde mental sobre a assistência nas Unidades de Estratégia de Saúde da Família. Tratou-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, de caráter exploratório, por meio da aplicação de entrevista semiestruturada individual aos usuários do Centro de Atenção Psicossocial de Ilhéus/ Bahia. A análise se deu a partir da emergência de informações recorrentes que foram codificadas em categorias. Em seguida, procurou-se referencial teórico que abarcasse essas categorias, relacionando com o que foi levantado. Verificou-se nos discursos: uma deficiência na formação de vínculo entre os usuários e as equipes da Estratégia de Saúde da Família; que suas demandas clínicas, na maioria, são atendidas com dificuldades, e; um despreparo das equipes quando se trata das necessidades em saúde mental, imperando o encaminhamento e até mesmo a recusa de atendimento. Diante do exposto, fica evidente a importância de se realizar estudos mais aprofundados sobre a temática e ampliar o conhecimento sobre a saúde mental na Atenção Básica, assim como o conhecimento do usuário com transtorno mental, acerca dos seus direitos como cidadão de usufruir dos serviços da Estratégia de Saúde da Família e de participar do seu próprio tratamento. .
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