ResumoAnálise da composição sexual, da faixa etária e da distribuição entre as áreas de conhecimento, entre 2001 e 2012, do grupo de pesquisadores bolsistas produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A partir de uma base de dados estatísticos fornecidos por essa agência, as principais conclusões se referem às diferenças na proporção entre homens e mulheres conforme a área de conhecimento, e ao fenômeno da juvenilização, que ocorreu em todas as áreas e favoreceu os homens.
O objetivo do artigo é analisar dois períodos da trajetória de consolidação e legitimação científica e social da tripanossomíase americana ou doença de Chagas, descoberta em 1909 no interior de Minas Gerais por Carlos Chagas, pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz. Primeiramente, a fase das pesquisas em Lassance, durante a vida de Chagas, quando foram formulados os enunciados básicos sobre a doença e, em seguida, a atuação, nas décadas de 1940 e 1950, do grupo de pesquisadores reunidos no Centro de Estudos e Profilaxia da Moléstia de Chagas na cidade mineira de Bambuí. Consideramos que a descoberta da tripanossomíase americana, no sentido da validação dos conhecimentos que tornaram a doença um objeto estabelecido e aceito, deu-se mediante um processo longo que ultrapassou não somente o episódio de identificação da nova doença, mas inclusive o período em que, em Lassance, as pesquisas foram ampliadas por Chagas e seus colaboradores. Nossa hipótese é a de que o trabalho desenvolvido em Bambuí foi responsável por garantir um acordo básico em torno da especificidade patológica e da relevância social da doença, a partir do qual esta tornou-se efetivamente reconhecida tanto como fato científico estabelecido quanto como problema de saúde pública.
Para um contingente importante de mulheres, sobretudo as de classe média urbana, as experiências de escolarização proporcionada pelas políticas sociais e, mais especificamente, pelas políticas educacionais implantadas isoladamente a partir dos anos 1920, que efetivamente se institucionalizaram na chamada era Vargas, foram em larga medida responsáveis por importantes mudanças no sistema de gênero, especialmente no que diz respeito à inserção profissional de mulheres no mundo acadêmico e científico. Este texto tem o propósito de rever uma interpretação relativamente consolidada na literatura sobre esse assunto, que tende a minimizar as conseqüências operadas por essas reformas no perfil educacional da população feminina.
Thanks to policies put in place in the 1930s, women's experiences in higher education increased their professional participation in the academic and scientific worlds. Largely neglected in Brazilian historiography of the sciences, analysis of this phenomenon introduces a new perspective on the meaning of institutionalization and professionalization of scientific activities, a process in which women have played an authentic role. We explore their presence by analyzing the scientific production published in four journals between 1939 and 1969. Gender differences are detected according to the standard of the publication.
O objetivo deste texto é analisar o processo de institucionalização da biotecnologia no Brasil, relacionando-o às características peculiares das relações entre ciência, tecnologia e sociedade estabelecidas no contexto das políticas estatais de desenvolvimento científico e tecnológico implementadas a partir da década de 70. Focalizando a experiência particular de configuração das atividades biotecnológi-cas na FIOCRUZ, considerada uma das principais instituições públicas de pesquisa em saúde do país, pretendemos contribuir para o debate atual sobre a difusão dos modelos internacionais de inovação nos países em desenvolvimento. 139Revista Dados 1ª Revisão: 10.04.2002 Cliente: Iuperj -Produção: Textos & Formas *Este trabalho teve origem em investigação financiada pelo convênio firmado em 1996 entre a Fundação Oswaldo Cruz -FIOCRUZ e a Organização Pan-Americana de Saúde, visando o estudo de instituições latino-americanas de pesquisa e desenvolvimento na área de saúde. Nosso agradecimento especial a Mário Hamilton, então vice-presidente de Desenvolvimento Institucional da FIOCRUZ, que nos convidou a integrar esse projeto, e aos cientistas desta instituição que viabilizaram a realização de nossa pesquisa. Agradecemos ainda a Manuel Palacios Cunha e Melo, por sua participação ativa nas discussões que deram origem ao presente texto, a Carlos Eduardo Calaça, pela colaboração valiosa como auxiliar de pesquisa e, finalmente, os comentários e sugestões apresentados pelos pareceristas anônimos de Dados.
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