<p>A crise do petróleo, ocorrida em 1970, alavancou estudos que buscavam formas alternativas de produção de energia. Somado a isto após a Segunda Guerra Mundial os sistemas de criação de animais evoluíram para a forma intensiva (confinamento) gerando enormes quantidades de dejetos, que quando descartados de forma incorreta são grandes poluidores. Contudo, os dejetos provenientes da avicultura são tão valiosos do ponto de vista biológico que devem ser usados com inúmeras vantagens e não simplesmente como dejeto a ser eliminado. Por isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de biogás e biofertilizante em mini-biodigestores feitos de garrafas PET abastecidos com cama-de-aviário (material orgânico). O experimento foi desenvolvido na Estação de Fontes Alternativas de Energia (EFAE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com mini-biodigestores feitos de garrafas PET abastecidos com cama-de-aviário, onde os tratamentos consistiram na variação da proporção de água (1800 g, 800 g e 666 g) para uma mesma quantidade de cama-de-aviário (200 g). Os mini-biodigestores tiveram sua temperatura interna monitorada, assim como a temperatura interna da caixa com isolação térmica, onde os mesmos ficaram mantidos, e também a temperatura do ambiente externo à caixa. Observou-se neste experimento que a produção de biogás iniciou-se a partir da 24ª hora de incubação e que o tratamento com menor quantidade de água (666 g) teve produção de biogás superior aos demais e que as condições experimentais foram satisfatórias para o bom desempenho da digestão anaeróbia.</p>