O objetivo deste artigo é analisar, através de uma revisão sistemática de literatura, a aplicação da modelagem epidemiológica Suscetível-Infectado-Recuperado, SIR, no cenário da pandemia causada pelo SARS-CoV-2. Para isso, foi realizado um levantamento bibliográfico de produções científicas por meio da interface PubMed, a qual possui vínculo com a base de dados MEDLINE, e Biblioteca Virtual de Saúde, enfatizando achados que apresentassem alguma referência ao modelo epidemiológico SIR com comparações, aplicação à doença e críticas no contexto da COVID-19. Foram encontrados 151 documentos e após a leitura e critérios de seleção definidos, 7 artigos foram selecionados para a análise mais aprofundada da aplicação do modelo. Como resultado da coleta de dados identificou-se as seguintes categorias de análise: Público alvo, aspectos e contribuições para o entendimento da doença, modelos utilizados como referência aos artigos, avaliação e apresentação de limitações e críticas identificadas no uso desses modelos frente à COVID-19. Foi observado que não existe uma conformidade com relação ao uso de um modelo matemático mais adequado, sendo que para o modelo SIR ser utilizado, nesse contexto, foram sugeridas adaptações com a finalidade de obter um resultado mais preciso.
Introduction The Covid-19 pandemic, caused by the emergence of the new coronavirus SARS-CoV-2, has caused social, economic and health impacts for the world population, mainly due to the deepening of the already existing discrepancies between gender, class and race. Goals Therefore, considering the need to understand the consequences of this pandemic period for the most vulnerable groups, this study focused on investigating the same in the social marker gender. Methods This is a systematic review of the world literature, in which, through the PubMed and Scielo electronic databases, searches were carried out using the following Boolean descriptors and operators gender equality AND impacts AND covid19 OR SARS-COV-2. Results From the material collected, a final sample of 21 articles was composed, and the analysis revealed patterns of significant results, followed by three thematic categories. The results showed that, during the pandemic situation, gender inequality intensified, females were affected with decreased income, unemployment, overload of domestic work, stress, unpaid care work and domestic violence. In summary, it is discussed how, during the pandemic, some maintenance and attention activities fell on women, in addition to - for mothers - the responsibility of emotional and intellectual work in raising children and managing the house, which induced them to often neglect their own needs. Conclusions This study reflects the need to question the hierarchy superimposed on the patriarchal structure and hopes to provide subsidies for the expansion of knowledge production and for the formulation of networks to guarantee rights and public policies for gender equality.
RESUMO:O processo de construção da identidade do povo preto no Brasil é atravessado por múltiplas dimensões sociais e históricas. Diante disso, falar da maternidade dessas mulheres coloca um desafio de pesquisa que é, obrigatoriamente interseccional, com questões de gênero, de raça e de classe interarticuladas. Esses processos precisam, assim, ser avaliados desde o olhar das relações estabelecidas no colonialismo e apropriação dos corpos e suas implicações nas vivências contemporâneas. Diante disso, o presente estudo busca compreender as particularidades das experiências de maternidades da mulher negra brasileira na contemporaneidade, verificando como a historicidade atravessa as experiências. O estudo foi conduzido por meio de uma pesquisa qualitativa netnográfica realizada através da escolha dos perfis da plataforma Instagram, coletando discursos sobre maternidade da mulher negra. Foram aplicados um conjunto de critérios de inclusão e exclusão, de modo a delimitar melhor o recorte, e os dados foram afunilados e analisados tendo como base o referencial teórico e a hermenêutica-dialética. Os resultados permitem destacar que as desigualdades de raça e classe estão presentes nas experiencias cotidianas de mulheres negras e mães. Além disso, a naturalização e universalização do modelo branco-burguês como parâmetro não contempla as experiências de mulheres não brancas. Garantir a subsistência, educação dos filhos e violências imputadas aos seus filhos e filhas são uma das diversas preocupações que mães negras precisam lidar. Recomenda-se que estudos futuros abordem perspectivas voltadas à pesquisação voltadas para a necessidade de descolonizar construções universalizantes e eurocentradas acerca da maternidade, as quais não retratam o protagonismo da população preta em saberes científicos construídos ao longo da história.
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