Green mold, caused by the fungus Penicillium digitatum, is the primary issue in the post-harvest phase of oranges that causes significant losses. Consequently, the objective of this work was to evaluate the effects of alternative products in the management of green mold in postharvest oranges. Four in vitro experiments were conducted. Three assessed the effects of different concentrations of each alternative product (potassium phosphite, Ascophyllum nodosum extract, and organomineral fertilizer) on the production of fresh mycelial weight of P. digitatum; and a fourth evaluated the effects of alternative products compared to that of the conventional product (benzimidazole fungicide). Subsequently, ‘Valencia’ oranges were subjected to the treatments, which consisted of distilled water (inoculated and non-inoculated control), potassium phosphite, A. nodosum extract, organomineral fertilizer, and benzimidazole fungicide. The fruits were inoculated with P. digitatum and evaluated daily for the incidence and severity of green mold over seven days. Furthermore, the effects of the treatments on the physicochemical quality of fruits were evaluated for the following attributes: skin and pulp color, firmness of the pulp, pH, titratable acidity (TA), soluble solids (SS), and the SS/TA ratio. Potassium phosphite and A. nodosum extract inhibited the in vitro development of P. digitatum. The alternative products reduced the incidence and severity of green mold on oranges without compromising the physicochemical quality of the fruit. Therefore, the evaluated products can be used in the postharvest treatment of oranges and are considered promising alternatives for the management of green mold.
RESUMODoenças de pós-colheita podem trazer importantes prejuízos, pois causam deterioração do produto e inviabilizam a comercialização do mesmo, devido à redução da qualidade dos frutos. No mamão, essas perdas podem ocorrer principalmente durante o armazenamento. Dentre essas doenças, podemos citar podridões causadas por fungos do gênero Colletotrichum, Lasiodiplodia, Fusarium, Phoma, Rhizopus, entre outros. Desse modo, para o manejo dessas doenças em pós-colheita, muitos agrotóxicos são utilizados de maneira indiscriminada e podem causar problemas de toxicidade aos consumidores e ao meio ambiente, além da pouca quantidade de produtos registrados disponíveis no mercado. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito direto de produtos alternativos sobre o crescimento micelial de C. gloeosporioides e verificar o potencial desses produtos como ferramentas para o manejo das doenças de pós-colheita em frutos de mamoeiro. Para o experimento in vitro, foram adicionados produtos comerciais à base de extrato de alga Ascophyllum nodosum nas concentrações de 0; 20; 40; 60 e 80 mL.L -1 , fosfito de potássio nas concentrações de 0; 0,5; 1,0; 2,0 e 5,0 mL.L -1 e fertilizante organomineral nas concentrações de 0; 1,5; 3,0; 6,0 e 12,0 mL.L -1 , separadamente, em meio de cultura (batata-dextrose-ágar) e avaliou-se o crescimento micelial de Colletotrichum gloeosporioides, causador da antracnose. No experimento in vivo os frutos foram imersos em solução contendo produtos alternativos à base de extrato de alga a 80 mL.L -1 , fosfito de potássio a 50 mL.L -1 e fertilizante organomineral a 3 mL.L -1 . Posteriormente, os frutos foram submetidos à câmara úmida por 48 horas e as avaliações se sucederam a cada 24 horas por oito dias. Além disso, realizou-se análises físico-químicas dos frutos após os tratamentos com os produtos alternativos, em relação aos seguintes parâmetros: coloração da casca, firmeza da polpa, pH, acidez titulável e sólidos solúveis. Os produtos comerciais à base de fosfito de potássio e fertilizante organomineral inibiram o crescimento micelial do C. gloeosporioides, enquanto que o produto à base de extrato de alga não foi capaz de reduzir o crescimento do patógeno nas dosagens testadas. A incidência das doenças em pós-colheita foi reduzida nos frutos tratados com os produtos alternativos no terceiro e quarto dia de avaliação e nos demais não houve diferença significativa. Os tratamentos utilizados foram eficientes para a redução da severidade das doenças de pós-colheita ao longo dos dias de avaliação. Quanto aos atributos físico-químicos, não houve diferença significativa entre os tratamentos indicando o potencial desses produtos para o manejo de doenças em pós-colheita de frutos de mamoeiro. Palavras-chave:Biofertilizante, Fitopatologia, Segurança de Alimentos. ABSTRACTPost-harvest diseases can cause important losses because they cause product deterioration and make commercialization of the product impossible due to the reduction in fruit quality. In papaya, these losses can occur mainly during th...
A faia (Fagus sylvatica) é uma das principais espécies das florestas na Europa e um dos principais entraves no cultivo dessa espécie é a ocorrência de doença causada por Phytophthora plurivora. Trabalhos apontam os fosfitos como boa alternativa para o controle de doenças causadas por oomicetos, entretanto, os mecanismos de ação ainda estão sendo estudados. O objetivo do trabalho foi avaliar o produto comercial à base de fosfito de potássio, Phytogard® no controle da doença causada por P. plurivora em faia, bem como avaliar os possíveis modos de ação do produto no patógeno. Foram utilizadas mudas de faia aspergidas com diferentes concentrações de Phytogard® e, posteriormente, inoculadas com o patógeno. Foram avaliados a incidência da doença, o consumo de água e a quantidade de DNA do patógeno nos tecidos das raízes do hospedeiro. Nos experimentos in vitro, foi determinado o crescimento micelial, produção de massa fresca de micélio e de zoósporos expostos ao Phytogard®. Avaliou-se também a perda de eletrólitos, peroxidação de lipídios e a atividade da enzima β-1,3-glucanase do micélio. A morfologia das hifas tratadas ou não com o Phytogard® foram observadas em microscópio eletrônico de varredura. O Phytogard®, em todas as concentrações aplicadas controla de maneira preventiva a doença causada por P. plurivora e também inibe o crescimento micelial e a produção de zoósporos. Além disso, modifica a morfologia das hifas, atua na permeabilidade de membrana e na síntese de parede celular do micélio do patógeno.
Objetivou-se com o presente trabalho avaliar a eficácia de diferentes dosagens de um produto à base de extrato da alga Ascophyllum nodosum no manejo do bolor verde em pós-colheita de citros. Utilizou-se as dosagens de 0; 25; 50; 75 e 100 mL L-1 do produto comercial à base do extrato da alga, como comparativo, um fungicida sistêmico do grupo dos benzimidazóis. Foram realizados experimentos in vitro para verificar o efeito do produto à base do extrato da alga e seus possíveis mecanismos de ação, por meio das seguintes análises: crescimento micelial, esporulação, perda de eletrólitos e atividade fungicida e/ou fungistática. Em seguida, realizou-se experimento in vivo a fim de se avaliar a incidência e severidade do bolor verde nos frutos de laranjeira ‘Valencia’ tratados com o produto. Foi observado que as dosagens de 75 e 100 mL L-1 foram as mais eficazes na redução do crescimento micelial e da produção de conídios do patógeno, sendo constatado um efeito fungistático do produto. Verificou-se que o produto altera a permeabilidade da membrana plasmática do fungo na dosagem de 100 mL L-1, podendo ser um possível mecanismo de ação sobre o patógeno, além de ser capaz de reduzir a incidência e a severidade do bolor verde em pós-colheita nos frutos de laranjeira na dosagem de 75 mL L-1. Portanto, conclui-se que o produto à base de extrato da alga A. nodosum pode ser incluído ao manejo integrado de doenças em pós-colheita de citros.
O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito direto do Phytogard®, produto à base de fosfito de potássio, sobre o desenvolvimento de Phytophthora nicotianae e verificar possíveis mecanismos de ação desse produto sobre o patógeno. O micélio do patógeno foi exposto a concentrações crescentes de Phytogard® sendo avaliado o crescimento micelial, produção de massa fresca de micélio e produção de zoósporos. Quanto aos possíveis mecanismos de ação do Phytogard® sobre P. nicotianae, avaliou-se a morfologia das hifas, perda de eletrólitos, peroxidação de lipídios, síntese de proteínas e atividade da enzima β-1,3-glucanase. O micélio do patógeno foi inibido à medida que se aumentou a concentração de fosfito. A produção de zoósporos foi reduzida a partir da menor concentração de Phytogard® utilizada. Houve mudanças morfológicas nas hifas do patógeno e a perda de eletrólitos foi crescente à medida que se aumentou a concentração do produto e ao longo do tempo. Não houve diferença entre os tratamentos nas análises de peroxidação de lipídios e proteínas totais. Houve decréscimo na atividade da enzima β-1,3-glucanase à medida que as concentrações de Phytogard® aumentaram. Conclui-se que o Phytogard® inibe o crescimento micelial, a produção de massa fresca de micélio e de zoósporos de P. nicotianae. Além disso, o produto diminui a espessura das hifas e aumenta o número de ramificações atrofiadas, além de prejudicar a permeabilidade da membrana plasmática e a síntese de parede celular do patógeno.
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