Objetivo: Verificar se há influência da ventilação mecânica com pressão positiva, ao final da expiração, na função renal de pacientes internados em unidade de terapia intensiva. Método: Estudo prospectivo e quantitativo realizado, em unidade de terapia intensiva, especializada em trauma ortopédico e medular. A amostra foi não probabilística, composta por 31 pacientes em ventilação mecânica invasiva que desenvolveram lesão renal aguda na internação. Os pacientes foram alocados em grupos, conforme valor da pressão positiva, ao final da expiração, e os dados coletados por questionário estruturado. Para a análise das variáveis, realizaram-se testes não paramétricos. Resultados com p ≤ 0,05 foram considerados significativos. Resultados: A idade média foi 46,94±24,2 anos com predominância do sexo masculino (61,3%). A disfunção renal (70,97%), no estágio 1(risco) (35,5%), predominou. Pacientes com maior pressão positiva, ao final da expiração, evoluíram com disfunção renal (p=0,04). Além disso, para aqueles com pressão positiva, ao final da expiração≥ 10cmH2O, a idade (p=0,05) e a disfunção renal (p=0,04) mostraram-se associados significativamente. Conclusão: Pacientes críticos em ventilação mecânica invasiva com pressão positiva, ao final da expiração mais elevada, mostraram reunir maior predisposição para a lesão renal aguda.
Conflitos de interesse: nada a declarar. ResumoObjetivo: Avaliar o efeito do uso de ventilação mecânica com pressão positiva expiratória final (PEEP) na função renal dos pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, quantitativo, desenvolvido na UTI de um hospital público de Brasília, Distrito Federal. A amostra foi constituída de 52 prontuários de pacientes internados na UTI de novembro de 2016 a dezembro de 2018. A coleta dos dados foi realizada por meio de um questionário com dados demográficos, clínicos e laboratoriais. Os pacientes foram alocados em grupos: (1) PEEP ≤ 5 cmH2O, (2) PEEP > 5 cmH2O e < 10 cmH2O e (3) PEEP ≥ 10 cmH2O.Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 59 anos e 50% deles tinha mais de 63 anos. Constatou-se que 63,16% dos pacientes que estavam em ventilação mecânica com pressão positiva ao final da expiração ≥ 10 cmH2O evoluíram no estágio 1 (menor gravidade de lesão renal aguda (LRA)) e 21,5% no estágio 2 (moderada gravidade). Ainda assim, um pequeno percentual (5,8%) de pacientes evoluiu a óbito. Pacientes sem sucesso no desmame da ventilação mecânica apresentaram 10,24 vezes a chance de evoluir com LRA.Conclusão: o emprego da ventilação mecânica pode determinar danos à função renal dos pacientes internados em unidade de terapia intensiva e que aqueles com maior necessidade de oferta de PEEP evoluíram com diferentes gravidades e persistência da LRA.
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