A demanda pela pimenta-biquinho Capsicum chinense Jacq. é crescente sendo um dos problemas na sua cadeia produtiva a perda de massa e de características típicas do fruto. Assim, o estudo de alternativas sobre a conservação pós-colheita tem grande importância para produtores, processadores e consumidores. Desta forma, objetivou-se avaliar o uso de coberturas comestíveis para a conservação de frutos pimenta-biquinho. Frutos lavados e sanitizados foram imersos em coberturas à base de cera de carnaúba, fécula de mandioca, gelatina e pectina cítrica e armazenados à temperatura ambiente de 25°C. Frutos lavados e, apenas sanitizados, constituíram um dos tratamentos e, frutos apenas lavados constituíram o controle. No tempo zero e a cada 3 dias, por 12 dias, realizaram-se análises físico-químicas, microbiológicas, e avaliação visual dos frutos. Não houve diferença (p>0,05) para pH, acidez titulável e teor de sólidos solúveis entre tratamentos, entretanto houve diferença (p<0,05) com relação ao tempo de armazenamento. Para firmeza e atividade de água, não houve diferença (p>0,05) entre tratamentos. A coloração vermelha ou amarela dos frutos manteve-se estável durante o armazenamento, independente do tratamento. O índice Chroma variou (p<0,05) com o tempo de armazenamento. Em todos os tratamentos, observou-se perda de massa ao longo do tempo de estocagem. Concluiu-se que as características físico-químicas como pH, acidez titulável, teor de sólidos solúveis, firmeza e coloração não são alteradas com utilização das coberturas comestíveis. Entretanto, estas mesmas coberturas não contribuem para minimizar a perda de massa dos frutos com consequente ocorrência de enrugamento e escurecimento ao final de 12 dias de armazenamento. A cobertura à base de fécula de mandioca 3% permite manter as características visuais da pimenta-biquinho por 12 dias. A retirada do pedúnculo pode ter contribuído para o aumento da contaminação microbiana dos frutos.