Resumo: Introdução: O período do internato para um estudante de Medicina é complexo e demanda atenção das escolas médicas em relação à saúde mental desses médicos em formação. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar os fatores associados aos níveis de ansiedade em estudantes internos de Medicina. Método: Trata-se de um estudo transversal analítico com abordagem quantitativa. Aplicaram-se dois questionários: um com dados sociodemográficos, pessoais e clínicos, e o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI). Resultados: Foram incluídos na pesquisa 140 estudantes internos de um curso de Medicina. A maioria tinha até 24 anos (67,9%) e 70,7% eram do sexo feminino. Dos participantes, 54,2% eram solteiros, 31% eram adeptos de uma religião e 68,3% moravam com familiares. Na comparação dos aspectos sociodemográficos com os níveis de ansiedade, identificou-se, no sexo feminino, uma frequência bem maior de ansiedade leve e moderada do que no sexo masculino (p = 0,0133). Aspectos pessoais e clínicos comparados com os níveis de ansiedade mostraram uma frequência maior de ansiedade em estudantes que afirmaram realizar terapia psiquiátrica ou psicológica (p = 0,0110). Ter insônia esteve relacionado com ansiedade de moderada a severa (p < 0,0001). A utilização de substâncias que alteram o sono foi associada com maior frequência a todos os níveis de ansiedade (p = 0,0099). A satisfação com o rendimento acadêmico teve menor relação com os níveis de ansiedade (p = 0,0017). Entretanto, maiores frequências de ansiedade de moderada a severa e ansiedade severa foram encontradas nos alunos que afirmaram ter pensado em abandonar o curso de Medicina (p = 0,0239). Conclusão: O presente estudo revelou os aspectos sociodemográficos, pessoais e clínicos, e, consequentemente, os fatores de risco que estão mais associados ao nível de ansiedade em estudantes internos de Medicina. Ademais, expõem-se as consequências que os níveis de ansiedade podem provocar em um indivíduo, sendo imprescindível a adoção de medidas para combater e prevenir o desenvolvimento de sintomas ansiosos.
A formação médica demanda atenção por parte da gestão das escolas médicas. O estágio do internato, fase final do curso de medicina, é decisivo nesta formação. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar os fatores associados a maiores níveis de estresse percebido em estudantes interno de um curso de medicina. Trata-se de um estudo observacional, de corte transversal e analítico. Dois questionários foram aplicados, sendo um com dados sociodemográficos e outro com a Escala de Estresse Percebido, que mensura o grau no qual os indivíduos percebem as situações como estressantes. Foram incluídos na pesquisa 140 acadêmicos do internato médico, sendo 67,9% com idade até 24 anos e 70,7% do sexo feminino. A maioria era solteiro (54,2%), procedentes de Goiânia (53,6%), moravam com os pais (68,3%) e faziam terapia psiquiátrica/psicológica (60,6%). Na comparação dos aspectos sociodemográficos com os níveis de estresse percebido dos estudantes foi identificado maior escore no sexo feminino (p = 0,0053), bem como nos alunos que referiram não realizar atividades extracurriculares (p = 0,0105). Em relação à comparação dos aspectos pessoais e clínicos com os níveis de estresse percebido, maiores escores foram encontrados em quem referiu ter doença psiquiátrica diagnosticada (p = 0,0273), nos que estavam fazendo terapia psiquiátrica ou psicológica (p = 0,0003), nos que refeririam ter insônia (p = 0,0099), nos que dormiam menos de sete horas por noite (p = 0,0161), nos estudantes que afirmaram não estar satisfeitos com o rendimento acadêmico (p <0,0001) e naqueles que já pensaram em abandonar o curso de medicina (p = 0,0016). Evidenciaram-se fatores associados aos níveis de estresse desses estudantes nos dois últimos anos do curso de medicina, tais como: sexo feminino, não fazer atividade extracurricular, ter doenças psiquiátricas, frequentar terapia psiquiátrica/psicológica, quantidade de horas dormidas à noite reduzida, insônia, insatisfação com o rendimento acadêmico e pensamento de abandonar o curso. Este estudo, embora tenha sido restrito ao internato, viabiliza dados que merecem atenção das escolas médicas na perspectiva de melhorar a vida diária dos discentes.
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