Objetivo: Avaliar a associação entre estresse, comportamento alimentar e consumo alimentar em estudantes universitários. Métodos: Foram avaliados 30 estudantes com idade entre 18-30 anos e IMC médio de 22,7 ± 4,4kg.m -². Questionários autoaplicados foram utilizados para avaliação dos sintomas de estresse ("Escala de Estresse Percebido") e do padrão de comportamento alimentar (Three Factor Eating Questionnaire-21, versão em português). O consumo alimentar, quantitativo (energia e macronutrientes) e qualitativo (frequência de consumo dos grupos de alimentos: (1) ricos em açúcares, (2) salgados e lanches prontos para consumo/ tipo fast food e (3) frutas e vegetais), foi avaliado pelo Registro Alimentar de três dias. Os estudantes foram classificados em dois grupos, de acordo com a pontuação do PSS: Grupo menor estresse: 1º. tercil da pontuação do PSS e Grupo maior estresse: 3º. tercil da pontuação do PSS. Resultados: Os estudantes com maior nível de estresse, comparados àqueles com menor nível, apresentaram maiores pontuações para o comportamento alimentar de alimentação emocional (46,0 ± 28,1 x 22,8 ± 17,9, respectivamente, p= 0,05) e de descontrole alimentar (41,7 ± 14,9 x 26,3 ± 12,3, respectivamente, p= 0,03) e maior frequência de consumo de salgados e lanches prontos para consumo/fast food (2,7±1,8 x 1,0±1,3, p= 0,03). Para o consumo alimentar quantitativo, não foram observadas diferenças entre os grupos. Conclusão: Estudantes com maiores níveis de estresse apresentaram maiores pontuações para o comportamento alimentar de alimentação emocional e de descontrole alimentar e maior frequência de consumo de salgados e lanches prontos para consumo.