RESUMO Objetivo: investigar a percepção dos aspectos ambientais e psicossociais do trabalho de professores de escolas públicas de ensino fundamental e relacionar aos sintomas de desconforto vocal. Métodos: estudo transversal com amostra probabilística de professores de escolas municipais. Participaram do estudo 90 indivíduos (18 homens e 72 mulheres) distribuídos nas faixas etárias de 24 a 65 anos. O instrumento de investigação foi um questionário com 40 questões composto por 5 blocos de perguntas. Foram realizadas: análise descritiva e analise de regressão linear uni e multivariada para verificar as associações entre o número de sintomas vocais e as condições de trabalho dos professores. Resultados: aproximadamente um terço dos professores (34,4%) relataram a presença dos 8 sintomas vocais (média=5,6/DP=2,4). Com relação às características do ambiente de trabalho, a maior parte dos docentes refere ruído elevado ou insuportável como competição sonora ao uso da voz, sendo (43,3%) da sala de aula, e (41,1%) da escola. Quanto aos aspectos psicossociais do trabalho 54,4% dos professores relatou baixa demanda psicológica e 55,6% baixo suporte social. No modelo multivariado final, a variável que apresentou associação com número de sintomas foi o ruído dentro da sala de aula. Conclusão: professores de ensino fundamental apresentam elevado número de sintomas de desconforto vocal. O desconforto vocal se associa significativamente com a presença do ruído em sala de aula. A relação entre os aspectos psicossociais do trabalho e os problemas de voz, apesar de não ter se diferenciado quanto ao número de sintomas vocais neste estudo, precisa ser investigada.
RESUMO Objetivo Descrever o perfil de comportamento pessoal autorreferido por professores universitários, e verificar a associação destes perfis com a autoavaliação dos aspectos comunicativos e sintomas vocais. Método Estudo realizado com 334 professores de uma universidade pública que responderam um questionário online referente ao uso da voz na docência. A variável resposta foi a classificação do perfil de comportamento pessoal, identificado em quatro tipos: pragmático, analítico, expressivo e afável, e as variáveis explicativas foram: autopercepção vocal, recursos vocais e aspectos comunicativos. Foi realizada a análise descritiva dos dados, além dos testes Quiquadrado de Pearson e Exato de Fisher. Resultados Os professores universitários se identificaram mais com os perfis de comportamento pessoal afável e expressivo. De forma geral, os docentes demonstraram boa autopercepção dos aspectos vocais e comunicativos, além de terem relatado poucos sintomas vocais. Os perfis se diferenciaram em algumas variáveis estudadas: o pragmático relatou velocidade de fala rápida e, às vezes, realizar contato de olhos; o expressivo demonstrou autopercepção positiva de sua voz e intensidade forte. Professores com perfil analítico autorreferiram percepção negativa da qualidade vocal, intensidade fraca, articulação ruim e velocidade de fala rápida e, entre os demais perfis, foi o que mais relatou sintomas de cansaço na voz e dificuldade para projetar a voz. Conclusão Professores universitários se identificam predominantemente com os perfis afável e expressivo. A análise da autopercepção do perfil de comportamento pessoal em professores universitários mostra a influência das características da personalidade autorreferidas sobre as habilidades comunicativas em sala de aula.
Teachers’ voices and psychological symptoms are the main reasons for absence from work. The objectives of this study were: (i) to spatially represent, through a webGIS, the standardized rates of teachers’ absences due to voice (outcome 1) and psychological symptoms (outcome 2) in each Brazilian Federative Unit (FU = 26 states plus Federal District) and (ii) to analyze the relationship between each national outcome rate and the Social Vulnerability Index (SVI) of the municipality where urban schools are located, adjusted for sex, age, and working conditions. This cross-sectional study comprised 4979 randomly sampled teachers working in basic education urban schools, of which 83.3% are women. The national absence rates were 17.25% for voice symptoms and 14.93% for psychological symptoms. The rates, SVI, and school locations in the 27 FUs are dynamically visualized in webGIS. The multilevel multivariate logistic regression model showed a positive association between voice outcome and high/very high SVI (OR = 1.05 [1.03; 1.07]), whereas psychological symptoms were negatively associated with high/very high SVI (OR = 0.86 [0.85 0.88]) and positively associated with intermediate SVI (OR = 1.15 [1.13; 1.16]), in contrast with low/very low SVI. Being a woman (voice: OR = 1.36 [1.35; 1.38]; psychological: 1.22 [1.21; 1.24]) and working in schools with various precarious conditions (17 variables) increased the odds of being absent due to voice and psychological symptoms. The results confirm the need for investments to improve working conditions in schools.
The aim of the present study is to analyze scientific evidences about associations between psycho-social factors of labor and teachers' sickening. A systematic literature review was carried out based on the PRISMA declaration, in Portal BVS, Medline, Cinahl, Scopus, Web of Science, PsycINFO and Embase databases, in Portuguese, English and Spanish, for articles published in the last 10 years. In total, 861 articles were identified, but only 15 of them have met all the eligibility criteria and were included in the review. Eleven articles (73.3%) have used validated instruments to validate psycho-social factors, and the Job Content Questionnaire was the most cited one. Based on the results, low social support, heavy workload, high demand and low control over the work were the most often investigated factors and the ones presenting significant statistics about association with teachers' sickening. Keywords: school teacher; occupational diseases; psychosocial impact; working conditions; occupational health. ResumoO objetivo do presente estudo é analisar as evidências científicas sobre as associações entre os fatores psicossociais do trabalho e o adoecimento de professores. Desenvolveu-se uma revisão sistemática da literatura de acordo com a declaração PRISMA, nas bases de dados Portal BVS, Medline, Cinahl, Scopus, Web of Science, PsycINFO e Embase, em idioma português, inglês e espanhol e publicados nos últimos 10 anos. Foram identificados 861 estudos, dos quais 15 preencheram os critérios de elegibilidade e foram incluídos na revisão. Onze estudos (73,3%) utilizaram instrumentos validados para avaliação dos fatores psicossociais, sendo o Job Content Questionnaire o mais citado. Os resultados indicam que o baixo apoio social, carga elevada de trabalho, alta demanda e baixo controle sobre o trabalho foram os fatores mais investigados e com presença de significância estatística quanto a associação com o adoecimento dos professores. Palavras-chave: docentes; doenças profissionais; impacto psicossocial; condições de trabalho; saúde do trabalhador.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.