Os sistemas lacustres são mananciais de grande valor, tanto para a sociedade como para o ambiente onde se inserem, principalmente pelas contribuições microclimáticas, pelo potencial turístico, paisagístico, de lazer, de pesca artesanal, e pelo suprimento hídrico, entre outros. No entanto, a prática de algumas atividades irregulares vem comprometendo esses sistemas ambientais. Desta forma, foram analisados os aspectos socioambientais da Lagoa da Maraponga, localizada no setor sudoeste da cidade de Fortaleza, pelas discussões que envolvem a inserção da mesma na criação de um parque ecológico, através do Decreto Municipal Nº 21.349/91, de 3 de maio de 1991, e tendo em vista a sua importância ecológica, econômica e social, no contexto de Fortaleza. Na primeira parte do trabalho foram discutidos os procedimentos metodológicos e operacionais, que serviram como suporte para a concretização da pesquisa, posteriormente foram realizadas as análises e discussões do estudo, e nas considerações finais destacou-se a necessidade de integração dos diversos agentes da sociedade, como governo e habitantes, para um melhor estudo, compreensão e atuação a cerca das mais variadas formas de uso e ocupação do Parque Ecológico da Lagoa da Maraponga, onde prevalece o abandono, a degradação e o desrespeito à legislação ambiental.

A diversidade de atividades no ambiente portuário implica em uma geração heterogênea de resíduos, os quais necessitam de um manejo cauteloso, por se tratar de um risco à saúde e a qualidade ambiental. O objetivo deste estudo consistiu em qualificar e quantificar os resíduos gerados em uma Instalação Portuária, a fim de propor um sistema de gerenciamento, economizando recursos, gerando renda para os profissionais dos resíduos sólidos e preservando o meio ambiente. Mensalmente, o Porto gera aproximadamente 700 kg de resíduos, os quais, se corretamente segregados possuem significativo potencial para reciclagem. Desse modo, fora proposto um sistema de gerenciamento sem altos custos financeiros no empreendimento, que além se ser simplificado e eficiente, elevará a imagem socioambiental da empresa frente à sociedade e contribuirá para aumentar a renda dos catadores.

O Estado do Ceará possui um dos maiores potenciais eólicos do país, em virtude do favorecimento dos ventos na sua zona costeira, o que justifica a maior concentração de implantação de Parques Eólicos nessa faixa litorânea. A energia eólica é renovável e considerada uma energia limpa, o que favorece a instalação desses Parques Eólicos, no entanto, também ocorrem impactos socioambientais desse tipo de empreendimento, principalmente no período de implantação dos mesmos em locais inadequados e prolongando-se pelo seu período de funcionamento. A pesquisa visou analisar os impactos ambientais que provêm da implantação de Parques Eólicos no litoral cearense através da análise comparativa entre os casos do Parque Eólico Volta do Rio e Parque Eólico Cajucoco, nos municípios de Acaraú e Itarema respectivamente. Do ponto de vista teórico-metodológico, adotou-se a concepção sistêmica, considerando os sistemas ambientais de forma integrada, como a melhor forma de identificar, compreender, avaliar e gerir esses sistemas e os impactos gerados nos mesmos. Para a determinação do grau de estabilidade do meio ambiente, considerou - se a análise Ecodinâmica de Tricart (1977), com adaptações de Souza (2000).