Com o objetivo de refletir sobre a importância da inclusão social pelo trabalho no processo de redução do estigma social pela doença, este artigo apresenta a narrativa de três usuárias, vinculadas às Oficinas de Geração de Trabalho e Renda da Reabilitação Trabalho e Arte (Retrate), que sofrem com o preconceito e a discriminação por serem portadoras de transtornos mentais. Pautando-se nas contribuições teóricas de Erving Goffman e valendo-se da proposta metodológica trazida pela sociologia da vida cotidiana e pela história oral de vida, o resultado obtido aponta que a inclusão social pelo trabalho é o principal meio para a positivação da identidade dos portadores de transtornos mentais e para a redução da estigmatização social pela doença. Ao sentirem-se reconhecidos por seu trabalho e conceberem o grupo como uma "família", esses sujeitos têm a baixa autoestima, os sentimentos de anormalidade, o medo e a desvalorização visivelmente minimizados.
Objetivo: conhecer as histórias de vida de quatro mulheres participantes de oficinas de geração, trabalho e renda. Métodos: a coleta de dados foi realizada no ano de 2012 e incluiu quatro mulheres que, entre 2010 e 2012, participavam ativa e diariamente das oficinas de Geração de Trabalho e Renda propostas pela Reabilitação Trabalho e Arte, no sul do Brasil. O método foi história oral de vida. Resultados: as histórias coletadas articulam elementos comuns pertencentes à vida das mulheres pertencentes aos grupos populares – a necessidade de parar de estudar para trabalhar e ajudar no sustento da casa; o casamento como ferramenta de libertação e rito de passagem para a vida adulta, e; o papel feminino relacionado ao cuidado e o masculino de provimento. Considerações Finais: as dinâmicas regidas por obrigações morais de reciprocidade orientaram e atribuíram significado as relações estabelecidas com a família e com a sociedade.
RESUMO: Elaborado com base em uma situação real o presente caso de ensino busca relacionar teoria com prática por meio da confrontação de situações que envolvem nossa vida diária nas mais variadas formas organizacionais às quais fazemos parte. Propondo um método de ensino-aprendizagem participativo, visa aproximar os(as) alunos(as) da realidade da área de estudos em Administração a partir de uma percepção crítica e reflexiva da/sobre a realidade. Para tanto, toma-se como mote o conceito de burocracia que, a partir de uma perspectiva weberiana, pode ser interpretado enquanto forma de controle e dominação. Tomando isso como norte, nossa sugestão é “atuar” sobre a burocracia, justamente, por meio de seu oposto. Isso significa ponderar que, diante da normatividade, do formalismo e da fixidez da burocracia a criatividade, surge aqui como um possível caminho de desvio em direção a construções coletivas e organizacionais mais voltadas a uma perspectiva de autonomia e emancipação dos sujeitos.
Partimos do interesse do Professor Luciano Lourenço, sobre a questão da etimologia, para propor-lhe uma questão. Intencionamos suscitar a reflexão sobre o que a etimologia é capaz de dizer e ao mesmo tempo não dizer, sobre as certezas que dela se derivam, bem como sobre as incertezas que sobre ela pairam. Através desses deslocamentos, intencionamos adentrar o campo da dúvida, atitude indispensável para lidar com temas tão importantes e complexos. Questionar (bem como questionar-se) reporta, nesse escrito, sobre o fato de que o exercício intelectual exige coragem e desprendimento, elementos generosamente manifestos e latentes em toda a obra de nosso homenageado.
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