219 mediação e midiatização da religião em suas articulações teóricas e práticas: um levantamento de hipóteses e problemáticas luis mauro sá martino 245 midiatização e reflexividade das mediações jornalísticas carlos alberto de carvalho e leandro lage 271 midiatização e mediação: seus limites e potencialidades na fotografia e no cinema clarisse castro alvarenga e kátia hallak lombardi 297 midiatização da enfermidade de lula: sentidos em circulação em torno de um corpo-significante antônio fausto neto 323 sobre os autores e organizadores
ResumoEste texto retoma a passos largos a trajetória dos estudos de recepção para apontar o caráter sempre narrativo das teorias, dependendo do ponto de vista de quem narra. São vinculações teóricas e ideológicas que resultam em modos diferentes de conceber a história do campo, com inclusões e exclusões diferenciadas de teorias e correntes, que variam de autor para autor ao longo do tempo. São indicadas nomenclaturas que entraram em vigor no campo desde que este inaugurou suas atividades nos anos iniciais do século passado, fator crítico neste momento de transição do estatuto do receptor, que em muitos momentos torna-se produtor, um receptor-produtor. Algumas críticas sobre o alcance dos estudos de recepção para entender os processos comunicacionais contemporâneos, que atingem um alto grau de complexidade, são apresentadas. O estudo é concluído com algumas possibilidades de enfrentamento analítico que surgem a partir da própria tradição dos estudos de recepção ancorados nos estudos culturais, com possíveis arranjos com os estudos ciberculturais.
Palavras-chaveEstudos de recepção. Teoria da comunicação. Estudos Culturais.
IntroduçãoNem tão longa para estar completamente consolidada, nem tão curta que sua importância possa ser desconsiderada, a trajetória da pesquisa de recepção tem sua origem vinculada à denominada teoria da agulha hipodérmica, e suas mais recentes transformações e desafios às tecnologias informacionais, que têm no chip o elemento de sua revolução.De forma irônica, bem humorada e criativa, o pesquisador colombiano, e crítico de TV, Omar Rincón (2008), aborda a trajetória dos estudos de recepção classificando-as da seguinte forma: as audiências conhecidas, as imaginadas, as reais e as sonhadas. No primeiro
Este artigo tem como objetivo observar as práticas de consumo de telenovela pela audiência em contexto de isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus. Partimos das discussões inerentes ao papel da narrativa ficcional para a memória, buscando evidenciar como ela é atualizada na assistência de reprises. Identificamos as estratégias adotadas pelas principais emissoras brasileiras para se adaptar ao momento em questão. Após, divulgamos um questionário online com perguntas relacionadas à assistência de reprises, reunindo 265 respostas. Identificamos que no contexto de isolamento o consumo de telenovelas aumentou, sendo que a nostalgia foi o principal motivador desse retorno. Nesse movimento, novos sentidos foram inaugurados pela audiência, tecidos por mudanças de postura em relação a temas específicos abordados nas narrativas revisitadas.
O artigo reflete sobre a apropriação das teorias latino-americanas pela produção científica brasileira na área dos estudos de recepção. O recorte é justificado pela importância do país no cenário de investigação do continente, tanto em termos quantitativos quanto no esforço contínuo de qualificação da pesquisa acadêmica. A análise parte de um acompanhamento sistemático da produção desde a década de 1990 (Jacks, et al. 2008; 2014; 2017) para traçar um panorama de 25 anos do campo, apresentando as contribuições, avanços e entraves dos aspectos teórico-metodológicos mapeados. Discute também a evolução e reconfiguração do que se entende por recepção e as principais lacunas que podem servir como uma agenda de investigação.
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