Este artigo faz parte de uma pesquisa realizada em nível de mestrado e busca sintetizar umaetapa de uma intervenção no campo do (re)desenho de tarefas, em que participaram três professores deMatemática dos Anos Finais do Ensino Fundamental. A intervenção se deu por meio de encontrosformativos para discutir a temática do desenho de tarefas, levando em conta contextos intra eextramatemáticos como meios de contribuir para uma formação matemática e didática do professor e,portanto, para renovação do ensino de Matemática. Durante os encontros formativos, foi realizado oredesenho de sequências de tarefas que compunham um projeto escolar, tendo como balizadores osCritérios de Idoneidade Didática do Enfoque Ontosemiótico (EOS). A modo de conclusão, temos queos professores demonstram uma ligeira melhora de seus conhecimentos didáticos como por exemploquando redesenham tarefas abertas e contextualizadas, o mesmo não acontecendo no conhecimentomatemático, já que apresentam dificuldades no domínio de alguns conceitos durante os processosdiscursivos e na formalização da matemática quando da elaboração de tarefas.
O presente artigo tem por objetivo analisar as relações que são estabelecidas entre a matemática e o seu ensino, e a dimensão sócio-político-cultural, a partir dos elementos estruturantes identificados nos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) de Licenciatura em Educação do Campo, na área de conhecimento em Matemática. Para a realização desta investigação, adotamos a abordagem qualitativa e a pesquisa documental, realizada em 8 PPC. A análise foi centrada nos seguintes trechos dos documentos: (1) objetivos geral e específicos; (2) perfil do egresso; (3) organização e/ou estrutura curricular; (4) ementas dos componentes curriculares de Matemática e didático-pedagógicos em Matemática. Concluímos que os PPCs apresentam discussões sobre a dimensão sócio-político-cultural, porém não explicitam como é estabelecida a relação entre a matemática e o seu ensino e esta dimensão.
Neste artigo apresento os resultados de um estudo através do qual me propôs compreender o processo de ensino-aprendizagem de Matemática numa perspectiva político-axiológica. Para tanto, adotei como categorias de análises as perspectivas filosófico-epistemológicas, axiológica – representadas pelos valores matemáticos do racionalismo, objetismo, controle, progresso e abertura – e de contextualização deste processo. Quanto à metodologia adotei uma abordagem qualitativa de pesquisa, utilizando a observação participante e a entrevista semiestruturada como técnicas de coletas de dados. A análise da realidade investigada mostrou que as práticas pedagógicas dos professores apresentam um sentido político conservador, o qual atua reforçando o conformismo, a não criticidade, a ilusão da neutralidade política da Matemática e do seu ensino, a falta de visão dos alunos para com o contexto sociopolítico e a ausência de diálogos, aspectos estes responsáveis por estabelecer as condições para que ocorram implicações negativas à formação de sujeitos autônomos e participantes de uma sociedade democrática.
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