Nas últimas décadas, tem-se questionado o avanço das atividades agropecuárias sobre a floresta amazônica em vista das consequências socioambientais negativas. Entende-se que o planejamento ambiental consciente possibilita a utilização dos recursos naturais de forma sustentável e permite uma redução dos impactos negativos humanos sobre as áreas de proteção e conservação. Assim, objetivou-se com este trabalho, disponibilizar informações sobre as características da paisagem da microbacia Rio das Almas, para subsidiar o planejamento ambiental. As características da paisagem estão associadas às características hidrogeomorfométricas e da cobertura do solo, e foram identificadas e mensuradas por sensoriamento remoto e equações. A microbacia Rio das Almas tem área de 31,74 km2, perímetro de 34,19 km, forma alongada, altitudes de 222 a 367 m, predominância de relevo suave ondulado, 93,19% da área considerada de baixa influência na propagação de incêndios e apta a extremamente apta à mecanização agrícola, rede de drenagem com padrão dendrítico, 4ª ordem de drenagem, 1,76 nascentes km-2, densidade de drenagem de 1,25 km km-2, coeficiente de manutenção de 800,9 m2 m-1, índice de sinuosidade de 24,87% e tempo de concentração de 3,28 h. No período de 37 anos, houve o aumento da área de agropecuária e a redução da área de floresta nativa, na microbacia e na zona ripária. A microbacia Rio das Almas tem elevado potencial para atividades agropecuárias mecanizadas. Contudo, o desmatamento, principalmente nas áreas ripárias, compromete a gestão racional da natureza. É recomendado adotar medidas mitigadoras para reduzir o impacto antrópico nos recursos naturais, principalmente nos recursos hídricos.
O planejamento de ações para a boa gestão dos recursos naturais é essencial para o desenvolvimento sustentável na região amazônica, e informações associadas às características da paisagem são a base para tal. Nessa perspectiva, o trabalho tem como objetivo compreender as características geométricas, topográficas, hidrográficas e as alterações na cobertura da paisagem provocadas pela ação humana na microbacia do rio Terra Nova. As informações foram obtidas de equações e sensoriamento remoto, utilizando softwares (QGIS 2.10.1, TrackMaker e Google Earth) e imagens de satélite. A microbacia tem área de 27,32 km2 de área, perímetro de 28,5 km, forma alongada, baixa suscetibilidade a enchentes, altitudes de 210 a 446 m, predominância de relevo suave ondulado (48,76%), 89,28% da área apta a extremamente apta a mecanização agrícola e com baixa influência na propagação de incêndios, rede de drenagem com padrão dendrítico, 5ª ordem de drenagem, médias densidade de nascentes e de drenagem, coeficiente de manutenção de 561,9 m2 m-1, canal principal divagante e baixo tempo de concentração. A área de floresta nativa na microbacia e em sua zona ripária foi reduzida constantemente de 1984 a 2021, restando apenas 26,13% e 50,95%, respectivamente, desta cobertura no último ano analisado. Na microbacia do rio Terra Nova comprovou-se a necessidade de considerar o componente arbóreo como parte do sistema produtivo nas propriedades rurais, portanto, recomenda-se o monitoramento da cobertura florestal e recuperação das áreas degradadas e áreas protegidas por lei, para mitigar os impactos ambientais.
As informações das características hidrogeomorfométricas e da dinâmica de cobertura do solo de microbacias são fundamentais para o planejamento adequado do uso da terra. Portanto, objetivou-se com este trabalho analisar as características geométricas, topográficas, hidrográficas e a dinâmica de cobertura do solo da microbacia e zona ripária do rio Formoso utilizando ferramentas geotecnológicas e equações. A microbacia tem área de 12,63 km2, perímetro de 21,53 km, forma alongada, baixa susceptibilidade a enchentes, altitudes de 261 a 368 m, predominância de relevo suave ondulado, 89,87% da área com baixa influência na propagação de incêndios e 96,75% variando de apta a extremamente apta à mecanização agrícola, padrão de drenagem dendrítico de 3ª ordem, suscetível a secagem durante o período de baixa pluviosidade, baixa densidade de nascentes, média densidade de drenagem, coeficiente de manutenção de 829,8 m2 m-1, canal principal muito reto e tempo de concentração de 1,83 h. No período de 37 anos, a área da cobertura de floresta nativa foi reduzida constantemente, passando de 100%, em 1984 para 19,48% e 67,35% da microbacia e da zona ripária, respectivamente em 2021. Em contrapartida, constatou-se o crescimento da área de agropecuária, que atualmente (2021) ocupa 80,52% da área da microbacia e 32,65% da zona ripária. O avanço da agropecuária sobre a zona ripária, ilustra a urgência da execução de ações visando a recomposição da vegetação nativa, o equilíbrio dos ecossistemas e a manutenção dos corpos de água da microbacia.
As informações da paisagem de microbacias hidrográficas condizentes a hidrogeomorfometria e a dinâmica de cobertura da terra, são fundamentais para o planejamento e uso sustentável dos recursos naturais. Neste sentido, objetivou-se com o presente estudo, realizar a análise das características geométricas, topográficas, hidrográficas e a dinâmica temporal de cobertura da terra da microbacia do rio Boa Sorte. Para tal, foram utilizadas ferramentas geotecnológicas e equações consolidadas pela literatura especializada. A microbacia possui área de 19,73 km2, perímetro de 24,79 km, forma alongada, baixa susceptibilidade a enchentes do ponto de vista geométrico, altitudes entre 195 e 251 m, predominância de relevos suave ondulado e plano, rede de drenagem de 15,85 km, padrão dendrítico de 3ª ordem, baixa densidade de nascentes, média densidade de drenagem, canal principal muito reto, coeficiente de manutenção de 1.244,8 m2 m-1 e tempo de concentração de 3,2 h. Em 37 anos (1984 a 2021), constatou-se supressão contínua da cobertura de floresta nativa, de 18,92 km2 (95,9%) para 3,52 km2 (17,8%), principalmente para a implantação de sistemas agropecuários, os quais ocupam no ano de 2021 uma área de 16,00 km2 (81,1%). A microbacia apresenta potencial para o desenvolvimento da produção agropecuária, todavia, o avanço destes sistemas produtivos nas Áreas de Preservação Permanente, gera preocupações acerca da disponibilidade e qualidade dos recursos naturais em longo prazo, para atender as demandas das gerações futuras.
A caracterização da paisagem da microbacia com o uso do sensoriamento remoto é essencial para o planejamento e conservação dos recursos naturais. Assim, objetivou-se com o presente trabalho realizar o levantamento das características da paisagem da microbacia do rio Jabuti e gerar dados para o desenvolvimento agropecuário sustentável. Os estudos geométricos, topográficos, hidrográficos e da dinâmica da cobertura vegetal foram realizados com o uso dos softwares QGIS, Google Earth e TrackMaker Free, imagens altimétricas (satélite ALOS) e de cobertura do solo (satélites Landsat 5 e Landsat 8), e análise da literatura. A área da microbacia é de 15,72 km2, perímetro de 20,06 km, formato alongado. Com base nas características geométricas a microbacia apresentou de baixa a média suscetibilidade a enchentes. A altitude foi de 266 a 349 m, o relevo predominantemente é suave ondulado (46,37%), seguido de ondulado (34,67%) e plano (15,39%), 89,44% da área apresentou baixo risco para propagação de incêndios e enquadrou-se como apta a extremamente apta a mecanização agrícola. A rede de drenagem é de 36,07 km com padrão dendrítico de 4ª ordem, densidades de nascentes média, densidade de drenagem alta, coeficiente de manutenção de 435,8 m2 m-1, canal principal muito reto e tempo de concentração baixo. A microbacia apresenta alto potencial para o desenvolvimento de atividades agropecuárias e de piscicultura, porém há a necessidade de adoção de práticas conservacionistas e estudos detalhados do ecossistema aquático. Sugere-se estudos para recuperação da vegetação nativa, principalmente em áreas de reserva legal.
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