Cerca de 4% a 15% dos tumores colorretais são hereditários e divididos em dois grupos: polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). Ambas são doenças autossômicas dominantes, com transmissão vertical, geração após geração, sem preferência por sexo. A FAP tem penetrância praticamente completa, caracterizada por mais de cem pólipos adenomatosos no intestino grosso, que aparecem em geral após a puberdade e se transformam em câncer em todos os casos não tratados, levando o paciente ao óbito em tomo dos 45 anos de idade. Manifestações extracolônicas são comuns, tais como: pólipos em estômago e duodeno, sarcomas abdominais, pigmentação de retina, osteomas, entre outras. A FAP é causada por mutação no gene APC, que está localizado no cromossomo 5q. Seu tratamento é basicamente cirúrgico, com retirada do intestino grosso, podendo-se preservar o reto, se este não apresentar muitos pólipos. O HNPCC tem penetrância em torno de 80% e não apresenta os pólipos benignos como na FAP, que permitem identificar pacientes com o fenótipo da doença. Geralmente, o diagnóstico da lesão colônica é realizado já na fase maligna, em torno dos 45 anos de idade, com preferência para o lado direito do cólon. Pode haver associação com tumores de endométrio na mulher, estômago, pâncreas, entre outros. É causada por mutação em genes de reparo do DNA (hMSH2, hMLH1, hPMS1, hPMS2, hMSH6/GTBP). A colectomia total deve ser realizada em pacientes com câncer de cólon e HNPCC. Se o tumor estiver localizado no reto, a proctocolectomia total pode ser uma opção. Em indivíduos portadores do defeito genético predisponente ao HNPCC, porém, assintomáticos, a indicação de cirurgias profiláticas é controversa. Atualmente, podem-se identificar indivíduos portadores de defeito genético herdado tanto na FAP como no HNPCC. Esses testes baseiam-se no estudo direto dos genes responsáveis pela respectiva doença ou pela proteína produto dos mesmos. É de suma importância uma abordagem multidisciplinar de pacientes portadores de FAP ou HNPCC, pois existe uma preocupação ética muito grande na realização dos testes genéticos de predisposição, considerando suas conseqüências psicológicas e sociais.
Descrevemos caso de paciente com sarcoma pélvico submetido a exenteração pélvica total incluindo testículo esquerdo e vasos ilíacos esquerdos com reconstrução protética venosa e arterial. O impacto da ressecção completa na sobrevida global é enfatizada já que nem a radioterapia ou a quimioterapia tem tido melhores resultados que o tratamento cirúrgico isolado ou associado a estes em sarcomas de baixo grau. A reconstrução vascular não é freqüentemente realizada para este tipo de tumor, mas pode ser necessária para conseguir-se ressecção adequada e preservação de membros aumentando a sobrevida destes pacientes no que tange a possibilidade de ressecção completa. A reconstrução ideal permanece controversa quando há ressecção venosa porém bons resultados podem ser conseguidos com o uso de material protético.
O carcinoma de células de Merkel (CCM) é um tumor neuroendócrino maligno raro, agressivo, com tendência à recidiva precoce e metástases à distância. As células de Merkel são mecanorreceptores localizados na camada basal da epiderme, conectadas a terminais nervosos e bainha radicular de grandes folículos pilosos. Embora seja 40 vezes menos frequente que o melanoma, é considerado o câncer de pele mais letal. Dados epidemiológicos sugerem incidência de aproximadamente 2.500 novos casos por ano na União Europeia. Destes, 1.000 evoluem a óbito pela doença no período.
Introdução: O osteossarcoma extraesquelético (OSE) corresponde a um sarcoma bastante raro de tecidos moles, sendo mais comumente observado em pacientes do sexo masculino e na sexta década de vida. O objetivo do presente estudo é contribuir com a escassa literatura acerca dessa modalidade tumoral, apresentando o caso de uma paciente do sexo feminino, com 35 anos, diagnosticada com OSE e tratada com cirurgia de ressecção completa e terapia adjuvante em uma instituição para tratamento oncológico no Brasil. Apresentação do caso: O presente relato de caso envolve uma paciente do sexo feminino, com 35 anos, que apresentava massa palpável e assintomática em coxa direita. Após biópsia, cujo diagnóstico anatomopatológico foi OSE, a mesma foi submetida a ampla ressecção tumoral e terapia adjuvante, tendo evoluído, no entanto, com metástase pulmonar, posteriormente. Foi submetida a novo esquema de quimioterapia e, finalmente, à quimioterapia paliativa, evoluindo a óbito após 25 meses. Conclusões: O OSE é um tumor maligno bastante raro, não havendo evidência suficiente para a realização de protocolo de tratamento específico para a doença. Considerando-se que o manejo é realizado com base nos protocolos para osteossarcoma intraósseo, seguiramse essas recomendações no referido caso, conseguindo uma sobrevida global de 25 meses após a cirurgia.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.