Resumo Apresentamos reflexões sobre os limites da instituição escolar em lidar com crianças e adolescentes que apresentam performances ou comportamentos que fogem às normas binárias de gênero. Os estudos sobre gênero e sexualidade foram lidos a partir da teoria queers e estudos foucaultianos. Como resultados, discutimos os comportamentos, os padrões e as normas que legitimam as infâncias e seus corpos infantis, problematizando os contextos sociais transmisóginos e transfóbicos presentes no espaço escolar, muitas vezes responsável pelo silenciamento desses indivíduos.
Ao falarmos sobre crianças, mulheres e negros temos como objetivo ressaltar os comportamentos que são dirimidos ao feminino, sob um modelo hierárquico e androcêntrico, existentes a partir das relações de poder. A análise se pautará na compreensão das diversas infâncias existentes, descritas em três países Brasil, Argentina e Uruguai, no período de 1930 a 1940, formalizando uma compreensão da imagem do negro elaborada pela escrita de autoras mulheres que narram em suas autobiografi as, reminiscências e representação social. Como pressupostoteórico-metodológico pautar-nos-emos nos estudos sociológicos eliasianos para obter as diversas relações de poder que nos apresentam sob fi gurações sociais e como resultados, apontaremos como a imagem do negro foi construída socialmente,ancorada numa premissa estereotipada e defectiva.
O artigo é um recorte de tese de doutoramento e tem como objetivo compreender o contexto educacional brasileiro sob o viés literário e histórico, entre 1930 e 1940, período em que os processos de engajamento social feminino se refletem na figuração educacional e política do país, descrita na produção jornalística e literária de Cecília Meireles. Cecília publicou materiais pedagógicos como cartilhas e livros infantis, escrevendo diariamente no jornal Diário de Notícias, na seção Página de Educação, coluna Comentário, de 1930 a 1933, e posteriormente em 1941. Nossas fontes se pautaram nessas publicações, por ter embates, críticas, discussões e orientações aos educadores em defesa dos direitos da criança. Como resultado, almejamos compreender em que modo a literatura perpassa a produção escrita da autora, e quais as implicações a partir dos equilíbrios de poder existentes na figuração da política educacional brasileira.
RESUMO: O artigo tem como objetivo analisar as diversas infâncias existentes no contexto brasileiro e argentino, descritas entre 1930 a 1940, averiguando as autobiografias femininas sob a concepção de gênero, buscando obter as aproximações e distanciamentos existentes na formação da criança, balizados por dois aspectos: os comportamentais e de convivência social. Como embasamento, nos ancoramos na sociologia e antropologia da infância. Para a análise literária, buscamos depreender a escritura feminina por meio das concepções sociológicas a individualização do sujeito e relação de poder das teorias eliasianas. Como resultados, consideramos a modelação de corpos e comportamentos, instituídos pela família e instrução informal, legitimadas nas relações sociais das diversas infâncias apresentadas nas obras literárias. PALAVRAS-CHAVE: Autobiografia feminina, infância, texto literário, corpo. ___________________________________ ABSTRACT: This essay says about the various existing childhoods in the Brazilian and Argentine context described between 1930-1940, taking as an analytical element, the feminine under the concept of gender autobiographies, trying to get the existing similarities and differences in the child's formation of these two countries, being marked by two things: the behavioral and social life. For the theoretical and methodological assumptions, we anchored in sociology and anthropology of childhood, for the literary analysis, we seek to infer women's writing through sociological concepts the man individualized social and power relations through Elias. As a result, we consider the modeling of bodies and behaviors, established by family and informal education, through the containment of drives and legitimated emotions in social relationships of different childhoods presented in literary works. KEYWORDS: Autobiography feminine, childhood, literary text, body.
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