O artigo trata da evolução do ensino superior brasileiro e sua relação com os modelos de formação de professores para escola secundária, ou seja, as séries finais do ensino fundamental e ensino médio. As análises concentram-se nos textos e documentos que abordam a genealogia da regulamentação do ensino superior, e, de modo particular, os cursos de formação de professores, tomando como base territorial de análise o Estado de São Paulo. Na medida em que se considera a educação como um fenômeno histórico, destacou-se o contexto político econômico a contar de 1930, quando a formação de professores foi elevada a nível superior e o ensino expandiu-se fortemente em função do aumento sensível da demanda social por educação. A faculdade de filosofia, inspirada na investigação científica e, inicialmente, concebida como núcleo integrador da nascente universidade, transmutou-se, constituindo--se em primeiro lócus institucional de ensino superior responsável pela formação de professores. Demonstraram-se a desarticulação da faculdade de filosofia no âmbito da universidade, que foi sendo substituída por outras formas de organização, e sua expansão como instituições isoladas de caráter privado, aqui denominada de novas faculdades de filosofia. Com o advento das licenciaturas curtas, essas instituições apresentaram um crescimento significativo, contribuindo com o processo de evolução do ensino superior para a consecução do binômio expansão/privatização.
Este relato de experiência trata de um estudo do meio realizado nas cidades históricas do Vale do Rio Paraíba do Sul Paulista, desenvolvido em uma disciplina ministrada para licenciandos/as em Geografia da Universidade de São Paulo (USP). Descrevemos e analisamos as etapas de realização do trabalho, avaliando sua importância para a formação docente e construindo um referencial que contribua para o desenvolvimento de experiências em outros níveis de ensino. As atividades foram ancoradas no referencial teórico e metodológico do estudo do meio e no protagonismo estudantil. A experiência foi realizada em 2018, suas etapas foram acompanhadas por um projeto de observação participante e documentação, e os resultados dos procedimentos didáticos adotados, os depoimentos de estudantes e a avaliação da proposta foram analisados. O desenvolvimento do projeto possibilitou aos/às estudantes uma aprendizagem significativa por meio da liberdade na elaboração de projetos; da metodologia ativa com produções autorais; de discussões de temas contemporâneos e produção de recursos e materiais didáticos baseados em novas mídias – elementos que evidenciam o potencial pedagógico da prática apresentada.
Esta publicação foi inspirada a partir dos debates e discussões ocorridos no âmbito das reuniões do Programa de Pós-graduação em Educação da Faculdade de Educação da USP (PPGE/FEUSP) e foi concebida tendo como objetivo central divulgar, por meio de acesso livre, a produção dos discentes do PPGE/FEUSP, mostrando as tendências temáticas, teóricas e metodológicas dos estudos educacionais desenvolvidos no âmbito da Universidade de São Paulo. Além disso, a obra conta com a preciosa colaboração da professora Maria Isabel de Almeida, cujo texto “Qual o papel da PósGraduação em Educação no Brasil atual? Reflexões sobre o nosso percurso” introduz o debate que se alongará pelos demais textos que, os organizadores esperam, constitua uma contribuição importante para o campo de estudos da Educação.
RESUMO Neste terceiro decênio do século XXI, período no qual ações neoconservadoras buscam eufemizar, distorcer e invisibilizar temas sociais, políticos, econômicos e culturais, as discussões sobre currículo escolar e políticas públicas educacionais tornam-se centrais. Inicialmente, promovemos uma análise da relação entre currículo e poder, no qual diferentes atores exprimem suas intencionalidades, sobrelevando alguns temas e subjazendo outros. Em seguida, abordamos o papel do livro didático no currículo escolar, especialmente no âmbito do ensino de Geografia, em uma perspectiva que ora relativiza, ora prioriza o uso desses manuais nos processos de ensino e aprendizagem. Por fim, buscamos compreender as políticas públicas relativas ao livro didático e as recentes ações no campo do currículo, consubstanciadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e na Reforma do Ensino Médio.
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