Introduction: In 1976, Erikson characterized adolescence as a special phase of development marked by the construction of identity, where a containing and understanding family environment is crucial, as well as the socio-cultural context, so immigration can act as a destabilizer. Through a case report, it is intended to address the role of culture in the development of emotional, behavioural and identity problems in immigrant adolescents, and also reflect on its impact on the therapeutic alliance and the need for an intercultural approach in the care of this population. Case Presentation: 16-year-old black skin Angolan teenager, who immigrated to Portugal at the age of 11, being displaced from her extended family. At the age of 14, she began to present self-injurious behaviours and developed depressive symptoms, having been referred to a Child and Adolescent Psychiatric consultation after voluntary drug intake when she was 16 years old. Throughout the observations, the intercultural conflict, the feeling of not belonging and incomprehension were noticeable. In one of the consultations, in the presence of an African doctor, she presented a relaxed attitude, spontaneously addressed sociocultural aspects that she believes are at the genesis of the current symptoms. Conclusion: Intrapersonal, interpersonal and cultural factors influence the identity construction process, and conflicts in these dimensions can lead to behavioural and emotional problems. Given that the therapeutic alliance is important for the treatment, investing in intercultural training of mental health professionals can be beneficial to address immigrants’ mental health problems.
Introdução: Pessoas com Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) têm dificuldade de adaptação às mudanças e novas rotinas, principalmente quando relacionadas às exigências ambientais excessivas, como é o caso particular de uma pandemia, o que por sua vez, proporciona maior responsabilidade e stress emocional aos cuidadores, podendo ter consequências negativas a longo prazo para a sua saúde mental. Sendo assim, é crucial criar estratégias de coping e de promoção de saúde mental nesta população. Objetivo: pretende-se fazer uma reflexão sobre o impacto da pandemia na saúde mental dos cuidadores de pessoas com PEA, assim como identificar estratégias que podem ser adotadas e medidas preventivas. Método: foi conduzida uma revisão não sistemática da literatura publicada sobre o tópico desde março de 2020, usando a base de dados PubMed/MEDLINE, combinações dos termos MeSH “covid-19”, “caregivers”, “autism spectrum disorder”, “autism”, “mental health”. Foram selecionadas 9 publicações que abordam o tema em análise, apenas artigos de revisão e meta-análises. Resultados: Os resultados enfatizam o stress emocional vivenciado pelos cuidadores de pessoas com PEA durante a pandemia da COVID-19. A interrupção do suporte nos serviços de saúde, o encerramento de escolas e de instituições de apoio socio-ocupacional e as demandas domésticas, foram alguns dos desafios identificados. Pais e cuidadores abdicaram da sua vida social, do autocuidado, para cuidar dos filhos com PEA, o que por sua vez contribuiu para o desgaste emocional e o surgimento de doença mental e burnout em alguns casos. Destaca-se assim o papel da continuidade dos cuidados para famílias de pessoas com PEA durante a pandemia e a necessidade de implementar programas de suporte flexíveis e oportunos, por forma a superar os desafios vivenciados. A telemedicina, foi das intervenções mais realçadas para a continuidade dos cuidados e implementação de medidas de apoio e suporte dos cuidadores, tais como a criação de grupos de ajuda mútua, linhas de apoio e aconselhamento que permitem a partilha de preocupações e a assistência para lidar com situações específicas. Conclusões: A pandemia da COVID-19 afetou negativamente a saúde mental de pessoas com PEA e dos seus cuidadores e tem um impacto psicossocial acrescido, sendo importante impulsionar a expansão e desenvolvimento de programas de apoio e intervenções adaptadas para promover a saúde mental e o bem-estar deste grupo vulnerável. É consensual, a necessidade de trabalho multidisciplinar, envolvendo profissionais de saúde, instituições comunitárias e autoridades governamentais para ultrapassar os desafios impostos pela pandemia, tanto no momento atual, como no período pós-pandémico.
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