Introdução: Pessoas com Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) têm dificuldade de adaptação às mudanças e novas rotinas, principalmente quando relacionadas às exigências ambientais excessivas, como é o caso particular de uma pandemia, o que por sua vez, proporciona maior responsabilidade e stress emocional aos cuidadores, podendo ter consequências negativas a longo prazo para a sua saúde mental. Sendo assim, é crucial criar estratégias de coping e de promoção de saúde mental nesta população. Objetivo: pretende-se fazer uma reflexão sobre o impacto da pandemia na saúde mental dos cuidadores de pessoas com PEA, assim como identificar estratégias que podem ser adotadas e medidas preventivas. Método: foi conduzida uma revisão não sistemática da literatura publicada sobre o tópico desde março de 2020, usando a base de dados PubMed/MEDLINE, combinações dos termos MeSH “covid-19”, “caregivers”, “autism spectrum disorder”, “autism”, “mental health”. Foram selecionadas 9 publicações que abordam o tema em análise, apenas artigos de revisão e meta-análises. Resultados: Os resultados enfatizam o stress emocional vivenciado pelos cuidadores de pessoas com PEA durante a pandemia da COVID-19. A interrupção do suporte nos serviços de saúde, o encerramento de escolas e de instituições de apoio socio-ocupacional e as demandas domésticas, foram alguns dos desafios identificados. Pais e cuidadores abdicaram da sua vida social, do autocuidado, para cuidar dos filhos com PEA, o que por sua vez contribuiu para o desgaste emocional e o surgimento de doença mental e burnout em alguns casos. Destaca-se assim o papel da continuidade dos cuidados para famílias de pessoas com PEA durante a pandemia e a necessidade de implementar programas de suporte flexíveis e oportunos, por forma a superar os desafios vivenciados. A telemedicina, foi das intervenções mais realçadas para a continuidade dos cuidados e implementação de medidas de apoio e suporte dos cuidadores, tais como a criação de grupos de ajuda mútua, linhas de apoio e aconselhamento que permitem a partilha de preocupações e a assistência para lidar com situações específicas. Conclusões: A pandemia da COVID-19 afetou negativamente a saúde mental de pessoas com PEA e dos seus cuidadores e tem um impacto psicossocial acrescido, sendo importante impulsionar a expansão e desenvolvimento de programas de apoio e intervenções adaptadas para promover a saúde mental e o bem-estar deste grupo vulnerável. É consensual, a necessidade de trabalho multidisciplinar, envolvendo profissionais de saúde, instituições comunitárias e autoridades governamentais para ultrapassar os desafios impostos pela pandemia, tanto no momento atual, como no período pós-pandémico.
Introduction: People with Autism Spectrum Disorders (ASD) have difficulty adapting to changes and new routines, especially in crisis situations such as a pandemic. This provides caregivers with greater responsibility and emotional stress, which can have negative consequences for their mental health. Therefore, it is crucial to create coping and mental health promotion strategies in this population. We aim to reflect on the impact of the pandemic on the mental health of caregivers of people with ASD and identify strategies that can be adopted and preventive measures. Material and Method: a scoping review of the literature published on the topic using PubMed/MEDLINE database. Results: The results highlight the emotional stress experienced by caregivers of people with ASD during the COVID-19 pandemic. The interruption of support in health services, the closure of schools and socio-occupational support institutions and domestic demands were some of the challenges identified. The role of continuity of care for families of people with ASD during the pandemic and the need to implement flexible and timely support programs is highlighted. Telemedicine was one of the most highlighted interventions for the continuity of care and the implementation of support measures for caregivers. Conclusions: The COVID-19 pandemic has negatively affected the mental health of people with ASD and their caregivers. It is important to drive the expansion and development of support programs and adapted interventions. Multidisciplinary work is needed to overcome the challenges imposed by the pandemic, both at the current moment and in the post-pandemic period.
Introduction Dissociative seizures (DS) are classified as dissociative convulsions within the group of dissociative disorders. Although they share many features with epileptic seizures (ES), they are not a consequence of abnormal brain discharges and may be related to psychogenic causes. DS represent a common diagnostic and are often confounded with ES. Objectives The aim of this study is to review the current evidence about the differential diagnosis between DS and ES. Methods We conducted a non-sytematic review on the topic, using Pubmed/Medline database. Results Studies emphasize a correct diagnosis before treatment of seizures. DS and ES respond differently to anticonvulsant medication and early or incorrect prescription of can even exacerbate DS. Clinical features and a neuropsychiatric history can also help. The presence of a dissociative “stigmata”, such as unexplained sensory loss, may support a non-epileptic diagnosis. EEG videorecording method is the gold standard diagnosis for DS, however often displays rhythmic movement artifacts that may resemble seizure activity and confound the interpretation. The absence of ictal EEG discharges characteristic of epilepsy is a sign of DS. However, this may not be true for some partial ES, particularly those from temporal lobes, whom also tend to report shorter duration of seizures, whereas patients with DPD often describe experiences lasting for hours or longer. Conclusions Distinguish DS from ES can be challenging. However, there are features that can help in the differential diagnosis. A correct diagnosis is essential for an adequate therapeutic approach, better prognosis, reduction of medical costs and also a referral to the right medical specialty. Disclosure No significant relationships.
IntroductionAnimal hoarding is characterized by hoarding of a large number of animals without providing minimum conditions of nutrition and sanitation, accompanied by lack of insight for the behavior and by social isolation. Despite studies detecting an increasing incidence, the behavior is still poorly understood.ObjectivesTo review clinical evidence on animal hoarding and to report a clinical case.MethodsWe report a clinical case based on patient’s history and clinical data, along with a review of the literature on animal hoarding. The terms “Noah syndrome” and “animal hoarding disorder” were searched on PubMed® database.ResultsWe present the case of a 51-years-old woman, living alone, with higher education. His first contact with psychiatry was in August 2019 upon aggravated self-neglect and behavioral disorganization. She was living with around 40 cats, her home was extremely deteriorated. In December 2019 she was admitted to a psychiatric unit. A schizophrenia diagnosis was established and pharmacological treatment was initiated. She was discharged to a chronic psychiatric institution. Studies found out that animal hoarders are typically middle age/older women living alone in squalid conditions. Animal hoarding is characterized by a chronic course and intense emotional attachment to animals. It seems to be associated with traumatic situations, as well as mental disorders such as schizophrenia or dementia. Published data on intervention and treatment is still limited.ConclusionsAnimal hoarding phenomenon requires further investigation, regarding developmental risk factors and co-morbid mental disorders. Comprehensive approaches to clinical intervention and management strategies in animal hoarding are necessary.
Introdução: A pandemia COVID-19 representa a crise global mais crítica dos ultimos anos com um impacto psicológico significativo em todo o mundo e em todas as faixas etárias. No entanto, a maioria dos casos confirmados e óbitos ocorre entre os idosos. Assim, a população idosa constitui o principal grupo de risco para a infeção por COVID-19 e sendo o isolamento e o distanciamento social, as principais atitudes para evitar o contágio, torna-se importante analisar o impacto dessas medidas, na saúde mental do idoso. Objetivo: Com o presente trabalho pretendemos analisar o impacto da pandemia na saúde mental do idoso, explorar de forma crítica as medidas preventivas adotadas em Portugal e expor estratégias para proteger a saúde mental deste grupo vulnerável. Método: Realizou-se uma revisão não sistemática da literatura através das bases de dados PubMed e Google Académico, utilizando as palavras-chave COVID-19, idoso, saúde mental, pandemia e isolamento social. Resultados: O encerramento repentino de centros de dia e de convívio, a quebra de rotinas, o distanciamento das famílias, a restrição das atividades em grupo, a rotina de testagem, a obrigatoriedade do uso de máscara e as informações de teor negativo transmitidas pela comunicação social, podem desencadear e/ou agravar sintomas de ansiedade, medo, tristeza, solidão, alterações do sono o que por sua vez predispõe ao desenvolvimento de perturbações mentais na população idosa. Associadamente, verificou-se um aumento do risco de suicídio nesta faixa etária. Como estratégias para a melhoria da saúde mental nesta população, destacam-se os programas de estimulação cognitiva, sensorial e motora como é o caso de atividades de lazer e o exercicio físico para a manutenção do bem-estar e autonomia do idoso. A existência de espaços de apoio profisional para partilha de vivências, emoções e sentimentos pode permitir desmistificar alguns conceitos e desenvolver estratégias de coping. Outra intervenção que pode ser uma mais valia na promoção de saúde mental do idoso durante apandemia, é a integração dos cuidadores no processo. Conclusões: Este trabalho vem realçar os efeitos da pandemia na população idosa e alertar para a importância de implementar medidas criativas e inovadoras, que aliam a prevenção da saúde fisica à promoção e preservação da saúde mental. É também necessário maior investimento e um trabalho multidisciplinar, para dotar as comunidades e instituições com ferramentas de promoção da saúde mental e de identificação de fatores de risco adversos, adaptados à pessoa idosa. Proporcionar uma melhor qualidade de vida ao idoso está intrinsecamente relacionada com a proteção da sua saúde mental.
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