A doença mão-pé-boca (DMPB) é a segunda infeção viral mais frequente (sendo apenas precedida pelas infeções respiratórias comuns) e é causada pelo grupo dos enterovírus, incluindo o vírus Coxsackie A e o Enterovirus 71. 1,3 O quadro clínico carateriza-se pelo aparecimento de máculas na mucosa oral que evoluem para vesículas rodeadas por um halo eritematoso. As lesões cutâneas são papulo-vesiculares e ocorrem nas extremidades distais dos membros. Pode ocorrer febre durante 24 a 48 horas. O diagnóstico diferencial inclui herpangina, estomatite aftosa, varicela, sífilis secundária, sarampo e outras doenças exantemáticas, 3,5 pelo que uma forte suspeita clínica é essencial para um diagnóstico precoce. Rev Port Med Geral Fam 2013;29:62-5 Figura 3. Descamação nas extremidades das mãos.Figura 4. Descamação nas extremidades dos pés. Recebido em 04/06/2012 Aceite para publicação em 17/02/2013 Rev Port Med Geral Fam 2013;29:62-5 65 artigosbreves ABSTRACT HAND, FOOD AND MOUTH DISEASE IN THE ADULT -CASE REPORT Introduction:Hand, food and mouth disease (HFMD) is a common infection caused by the Enteroviruses group, including Coxsackievirus A and Enterovirus 71. It usually affects children between the ages of three and ten years old and is rare in adults. In most cases it is self-limited but cardiac and neurological complications or even death may ensue. Case Report: We report the case of a 35 year old man who went to his general practitioner with complaints of fever, pain, paresthesias of the hands and feet, odynophagia, and ulcerated lesions in the oral cavity that did not improve with antibiotic treatment. Suspecting a viral disease, the physician ordered tests that confirmed the diagnosis of HFMD, allowing for appropriate management and follow-up. Comment: HMFD is rare in adults and even typical manifestations can be misdiagnosed. Maintaining a strong clinical suspicion can ensure correct management and follow-up. Termos MeSH/MeSH terms:Hand, foot and mouth disease, Enterovirus, Coxsackievirus.Artigo escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.
INTRODUÇÃOU m «produto natural» (PN) é um composto químico ou substância obtida a partir de plantas, fungos e microrganismos e que normalmente tem atividade biológica ou farmacológica. Tem sido usado no tratamento de várias patologias. 1 Consumo de «produtos naturais» e «suplementos alimentares» numa Unidade de Saúde Familiar: estudo exploratório RESUMO Introdução: O consumo de «produtos naturais» (PN) e «suplementos alimentares» (SA) tem aumentado de popularidade. Os estudos sobre o consumo destes produtos são importantes, pois existem poucos dados nacionais e a população geralmente desconhece os riscos associados. Objetivos: Determinar a prevalência do consumo de PN/SA na Unidade de Saúde Familiar (USF) Arruda. Adicionalmente pretendeu-se caracterizar socio-demograficamente os consumidores destes produtos e os seus hábitos de consumos e verificar se existe associação com o género, idade, escolaridade e estado civil. Tipo de estudo: Observacional, descritivo e transversal. Local: USF Arruda. População: Utentes adultos inscritos na USF Arruda. Métodos: Os dados foram recolhidos numa amostra não aleatória, de conveniência, de 1 de outubro a 30 de novembro de 2016. Foi aplicado um questionário anónimo, confidencial e voluntário. Os dados foram codificados, registados e analisados em SPSS®. Resultados: Obtiveram-se 351 questionários válidos. Dos inquiridos, 68,9% eram mulheres, 72,9% tinham idade entre 31 e 75 anos, 50,7% apresentavam escolaridade inferior ou igual a seis anos e 50,9% eram casados ou viviam em união de facto. 91,2% referiu consumir ou ter consumido PN/SA nos últimos seis meses. Destes, 64,7% consumiu um ou dois PN/SA, sendo que 75,9% fê-lo diariamente. Relativamente à análise da associação entre o consumo de PN/ SA e as variáveis estudadas concluiu-se que apenas não estão associadas para o género. Conclusões: Os resultados deste estudo apontam para uma elevada prevalência de consumo de PN/SA na USF Arruda. Dada a relevância desta temática e ao facto de existirem poucos estudos atuais nesta área, consideramos que seria pertinente realizar investigações mais robustas, idealmente que pudessem ser representativas do panorama nacional. Introduction:The consumption of «natural products» (NP) and «dietary supplements» (DS) has increased in popularity. Studies on the consumption of these products are important because there are few national data, and the population is usually unware of the associated risks. Objectives: To determine the prevalence of NP/DS consumption in the Arruda Family Healthcare Unit. Additionally, it was aimed to socio-demographically characterise the consumers of these products, their consumption habits, and to verify if there is an association with gender, age, schooling and marital status. Type of study: Observational, cross-sectional and descriptive. Setting: Arruda Family Healthcare Unit. Population: Adult users enrolled in Arruda Family Healthcare Unit. Methods: Data were collected using a non-randomised convenience sample, between October 1 and November 30, 2016. An anonymous, co...
A doença do RGE ocorre apenas quando o RGE se torna sintomático. Considera-se normal até cinquenta eventos de refluxo esofágico por dia e até quatro eventos de refluxo laríngeo por dia. 1 Os sintomas na idade pediátrica variam com a idade, atingindo uma prevalência de 1,8% a 8,2%. 2 Durante o primeiro ano de vida, o RGE é frequente, porque o esófago é curto e intra-abdominal e o esfíncter esofágico inferior é imaturo. 3 Na idade pré--escolar torna-se menos frequente, manifestando-se sobretudo por regurgitação intermitente. Na idade escolar e adolescência, os sintomas são semelhantes aos da idade adulta: azia, regurgitação, náuseas e epigastralgia. O RGE aumenta o risco de laringite (OR=2,6), sinusite (OR=2,3), pneumonia (OR=2,3), bronquiectasias (OR=2,3) e asma (OR=1,9). 2 O RLF é o refluxo do estômago para a laringofaringe, originando sintomas da laringe e da hipofaringe. Pode ser considerado uma manifestação extra-esofági-ca do RGE, no entanto é fisiopatologicamente diferente deste; o RGE tem origem numa disfunção do esfíncter esofágico inferior, enquanto o RLF deve-se a uma disfunção do esfíncter esofágico superior. O RLF manifesta-se por disfonia (71%), tosse (51%), globo faríngeo (47%), pigarro (42%) e disfagia (35%). 1 Pode originar edema, nódulos, granulomas e pólipos das cordas vocais, pseudosulcus, estenose subglótica, laringoespasmo, edema da laringe e hiperplasia da amígdala lingual. 1,4 O diagnóstico faz-se através da clínica e das alterações encontradas na laringoscopia. 1 A abordagem terapêutica inclui alterações da dieta (dieta polifraccionada; última refeição pelo menos três horas antes de deitar; 5-7 abolição de cafeína, teína, álcool, chocolate, menta, citrinos, tomate, gorduras, comida picante, bebidas gaseificadas e alimentos com temperaturas extremas), 5,8,9 alterações do comportamento (evitar o exercício nas duas horas que se seguem a uma refeição; não elevar o tom de voz; não usar roupa apertada; deixar de fumar; elevar a cabeceira da cama cerca de 10 a 15 cm) 5-7 e fármacos (inibidor da bomba de protões -IBP, 1,10,11 antagonista dos receptores H 2 1,12,13 e antiácidos 1 ). O tratamento de primeira linha do RLF é a supressão ácida com IBP, mas de forma mais agressiva e mais prolon-Introdução: Os sintomas associados ao refluxo gastroesofágico (RGE) nas crianças variam com a idade, atingindo uma prevalência de 1,8% a 8,2%. Os principais sintomas em crianças mais velhas e adolescentes são azia e regurgitação. Uma complicação possível é a disfonia crónica devido à laringite por refluxo (refluxo laringo-faríngeo -RLF). O objectivo deste caso é alertar para o RLF/RGE como uma causa de disfonia crónica em idade pediátrica. Descrição do caso: Relata-se o caso de uma menina de seis anos que recorreu ao seu médico de família (MF) para uma consulta de rotina. O MF detectou disfonia cuja cronicidade foi confirmada pela mãe. A menina foi referenciada à Otorrinolaringologia (ORL), onde efectuou uma nasofaringolaringoscopia. Detectaram hipertrofia das adenoides, edema da corda vocal direita e sulcus glott...
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