As Feiras de Matemática já são realizadas no Brasil há mais de trinta anos. Ao longo desse tempo, elas foram se constituindo como um importante espaço de aprendizagem científica e promoção de experiências. Considerando a expansão das Feiras nas unidades federativas, o texto em tela dá continuidade aos estudos sobre a integração de componentes curriculares da Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Para isso, analisamos repercussões das Feiras Nacionais de Matemática na Integração Curricular a partir de olhares de docentes que orientaram projetos apresentados em duas edições desse evento, nos anos de 2016 e 2018. Tivemos como base teórica os cenários de investigação de Ole Skovsmose, bem como documentos curriculares e pressupostos teóricos que tratam da articulação entre formação geral e formação profissional, do conceito de interdisciplinaridade e dos cenários de investigação. Observamos, com este estudo, que a interdisciplinaridade proposta nos projetos de Feiras de Matemática pode contribuir para a reconstituição da totalidade do conhecimento científico de outrora, a partir da relação entre conceitos de diferentes componentes curriculares, da formação básica e da formação profissional, além de provocar uma reflexão nos professores quanto às suas aulas de matemática com vista à formação profissional do aluno.
Este artigo tem por objetivo identificar habilidades do pensamento geométrico de alunos do ensino médio e suas formas de interlocução explicitadas durante o processo de interação na resolução de atividades sobre perspectiva tanto em sala de aula como no ambiente virtual. Trata-se de um recorte de uma pesquisa de mestrado que propôs a utilização pedagógica das redes sociais como um espaço complementar à sala de aula. Selecionamos atividades realizadas em sala de aula e na rede social, que apresentam habilidades do pensamento geométrico construídas por meio da interação de alunos do 3º ano do ensino médio durante sua resolução. Utilizamos como suporte a teoria de Van Hiele, as concepções de Angel Gutiérrez sobre visualização e aos trabalhos de Marcelo Bairral sobre interações em ambientes virtuais. Percebemos que é possível estabelecer uma conexão entre sala de aula e rede social interferindo positivamente na aprendizagem dos alunos. Além do mais, as interações desenvolvidas no ambiente virtual permitem ao professor analisar o desenvolvimento do raciocínio matemático dos alunos.
BoEM 222 Potencialidades da rede social Facebook como um espaço complementar à sala de aula durante estudo de sólidos geométricos: discutindo de um produto educacional Potentialities of the social network Facebook as a complementary space to the classroom during the study of geometric solids: discussing of an educational product
O presente artigo visa discutir cinco versões de um trabalho envolvendo perspectiva e fotografia, realizado com alunos de 3º ano de Ensino Médio, durante os estudos iniciais de Geometria Espacial. O referido trabalho teve início em 2014, durante a pesquisa de mestrado de uma das autoras deste texto e, desde então, vem sendo aprimorado e subsidiando novas versões. Além de apresentar resultados dos trabalhos realizados, pontuamos novas abordagens que começam a ser construídas a partir do estudo da Teoria Histórico Cultural, porém as versões até então desenvolvidas, fundamentaram-se nos estudos de Gutiérrez sobre a importância da visualização para o ensino de Geometria. Compreendemos que a fotografia estabelece relação com aspectos de visualização e representação geométrica, contribuindo para o processo de ensino e aprendizagem de geometria, bem como ressaltamos a importância do movimento de decomposição que parte do espaço, para a apropriação de conceitos geométricos.
Diante da necessidade de desenvolver estratégias para a educação não presencial em razão da pandemia do novo coronavírus, consta-se neste artigo, uma experiência de ensino de perspectiva por meio da utilização de fotografias. A tarefa procurou subsidiar o estudo de geometria espacial, utilizando um dos tipos de perspectiva para produzir fotos com temáticas associadas à pandemia. Ela foi realizada na segunda metade de maio de 2020, com 116 alunos de três turmas do segundo ano do ensino médio integrado de uma instituição federal de educação profissional. Neste artigo, o objetivo foi discutir como o conhecimento sobre perspectiva contribuiu na produção das performances matemáticas digitais sobre a pandemia. Para tanto, realizou-se uma discussão teórica acerca do ensino da geometria e das performances matemáticas digitais, seguida da descrição do trabalho realizado, das reflexões emergentes do processo e das considerações gerais sobre a atividade. Ao final, houve a associação as fotografias a temáticas sociocríticas, refletindo sobre como o conhecimento de perspectiva forçada influenciou nas performances fotográficas dos alunos. Sem romantizar o complexo momento histórico vivido, acredita-se ter conduzido uma prática de Educação Matemática que procurou reforçar as medidas de prevenção, valorizar a atuação de trabalhadores de serviços essenciais e chamar a atenção dos alunos e famílias sobre o impacto social decorrente da pandemia. Assim, concluiu-se que o ato fotográfico estabeleceu um fio condutor para os aspectos da visualização geométrica e de sua representação, potencializando o ensino da geometria.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.