Objetivo: verificar a distribuição espacial e o perfil epidemiológico dos casos notificados da violência contra a mulher em um município do nordeste brasileiro, no biênio 2012-2013. Metodologia: foi realizado um estudo transversal, de base populacional, quantitativo, descritivo, no município de Campina Grande – PB, com base nas notificações da violência junto ao SINAN. O instrumento para a coleta dos dados foi construído com base nos campos disponíveis para as respostas da ficha de notificação, dividido em sete blocos. A análise estatística dos dados foi desenvolvida baseando-se em frequências absolutas e relativas, sendo construído um gráfico de espalhamento de Moran a fim de verificar a distribuição espacial da violência nos bairros de Campina Grande. As análises foram realizadas com auxílio do software estatístico R (RStudio) Resultados: Foram analisadas 109 notificações de violência contra a mulher. Prevaleceram mulheres adultas, não gestantes, pardas, com baixa escolaridade. Houve predominância da violência psicológica e física. Os bairros mais afetados pela violência foram Velame, Malvinas, Bodocongó, Dinamérica, Santa Rosa, Centenário, Catolé e José Pinheiro. Conclusão: foi possível traçar o perfil mais envolvido com a violência contra a mulher na cidade de Campina Grande, devendo ser voltado um olhar mais atencioso à violência doméstica, sobretudo entre pares, com o objetivo de encorajar essas mulheres a denunciarem violências vivenciadas.Descritores: Violência; Notificação de Abuso; Prevalência.ReferênciasMalta DC, Minayo MCS, Soares Filho AM, Silva MMA, Montenegro MMS, Ladeira RM et al. Mortalidade e anos de vida perdidos por violências interpessoais e autoprovocadas no Brasil e Estados: análise das estimativas do Estudo Carga Global de Doença, de 1990 e 2015. Rev bras epidemiol.2017;20(suppl 1):142-56,Haagsma JA, Graetz N, Bolliger I, Naghavi M, Higashi H, Mullany EC et al. 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Objetivo: Avaliar a aceitação e facilidade de uso do Prontuário Eletrônico do Cidadão pelos Cirurgiões Dentistas da Atenção Básica. Metodologia: O estudo foi do tipo transversal, descritivo e analítico, tendo como população alvo os Cirurgiões Dentistas que atuam nas Unidades Básicas de Saúde de uma cidade do interior do Nordeste. Para coleta de dados foi utilizado um formulário estruturado, com questões objetivas e autoadministradas. Os dados obtidos através dos questionários respondidos foram digitados e tabulados no software SPSS 22.0 e analisados com base em estatísticas descritivas e análise inferencial através do teste qui-quadrado admitindo-se significância de 5% (p≤0,05). Resultados: A maioria dos entrevistados era do sexo feminino (63%), com idade entre 31-50 anos (44,4%), formados entre 0-5 anos (51,9), com menos de 5 anos de trabalho nas unidades (63%). A maioria (63%) julgou o prontuário eletrônico fácil de usar. Houve diferença estatisticamente relevante na questão sobre dificuldade do uso do PEC e o tempo de atuação na Unidade, entre o esforço utilizado para adaptação ao PEC e o tempo de formação e ainda entre achar o PEC de difícil uso em geral com a idade do participante. Conclusão: O PEC foi, em geral, bem aceito e amplamente utilizado pelos profissionais da saúde bucal, havendo algumas lacunas para melhoria do uso como o tempo de treinamento.Descritores: Registros Eletrônicos de Saúde; Atenção Primária à Saúde; Sistemas de Informação.ReferênciasMorais AC. Prontuário Eletrônico do Paciente. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2006.Galvão MCB, Ricarte ILM. O prontuário eletrônico do paciente no século XXI: contribuições necessárias da ciência da informação. InCID Rev Ci Inf Doc. 2011;2(2):77-100. Lopes VJ, Carvalho D. KDD Na avaliação da usabilidade do prontuário eletrônico do paciente por profissionais da enfermagem. 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