Neste artigo analisamos trabalhos acadêmicos que versavam sobre o Ensino por Investigação de Ciências na Educação Infantil. Esta primeira etapa escolar as aprendizagens do componente curricular começam a se desenvolver, de maneira lúdica e utilizando a curiosidade dos estudantes. A Base Nacional Comum Curricular trata o ensino de Ciências como observar, explorar e identificar os diferentes processos naturais do cotidiano. A fim de realizar a investigação sobre o tema utilizamos da pesquisa qualitativa em educação, mais propriamente da pesquisa documental. Realizamos a leitura dos trabalhos e delineamos eixos com maior frequência. Foi notório a necessidade de ratificação do ensino de Ciências para o Ensino Infantil, assim como o consenso que a curiosidade é um fator relevante no processo de aprendizagem dentro da sala de aula. A maior parte das pesquisas foram publicadas entre 2017 e 2018, sendo o tema da alfabetização científica muito ligado ao processo de ensino de Ciência para as crianças. Podemos concluir que o ensino de Ciências por investigação na Educação Infantil colabora no desenvolvimento de habilidades e competências, além de potencializar o aprimoramento das relações socieis e emocionais das crianças. A afetividade e o diálogo, entre docentes e estudantes, tornam-se fatores necessários para o desenvolvimento das atividades.
é uma das editoras da Chão da Feira, além de astróloga e poeta. A presente entrevista tem como origem a oficina "Grafar o vegetal", momento de leitura e criação poética sob a batuta da entrevistada e que teve como local o Sesc Palladium, em Belo Horizonte. A oficina teve três dias de duração e ocorreu em novembro de 2017. A entrevistada elaborou uma rota tríplice na constituição da oficina, mesclando leitura, crítica e criação poética. Dessa instigante atividade, da qual tive a oportunidade de participar, nasceu a vontade de construir esta conversa. Em entrevista à página Escamandro, portal centrado no debate e na divulgação das questões concernentes à poesia e à tradução, Júlia descreve, a partir de uma metáfora alicerçada na animalidade, o processo de operacionalização poética: "(...) entendo que o fio da linguagem que mora no poema é como um cavalo que cavalgasse a fronteira limite, entre ocupação material & o vazio e que, no fundo, é a linha limítrofe entre a vida e a morte também" (HANSEN, 2018, p. 02) 1. Penso que a poeta elabora ludicamente as relações entre fronteiras, como se os contornos fossem matéria plástica plena de possibilidades, talvez apenas esperando o contato com a caneta para que se remodelem em um jogo infindável de transmutação. O seguinte trecho do poema do qual furtei o título da entrevista me parece um plano concreto dessa poética multifatorial: Noite dessas pari uma acaso danado, depois percebi que era só a rua me deixando passar Já sou poeta e não sei já (HANSEN, 2013, p. 42) 2
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