A obtenção de micropartículas por técnicas de emulsificação assumiu grande relevância para o microencapsulamento de fármacos hidrofílicos. O trabalho avalia o uso de diferentes óleos vegetais para o processo de obtenção de micropartículas por emulsificação a/o e observa sua influência no encapsulamento de fármacos de baixo peso molecular.
Na microtecnologia, em se tratando de produtos cosméticos e farmacêuticos, a substância ativa, ao invés de ser adicionada diretamente no veículo em forma livre, é encapsulada em vesículas micrométricas, denominadas microcápsulas. Essas estruturas são sistemas de liberação controlada de fármacos, formadas por uma porção externa, um fino filme polimérico responsável pelo revestimento, suporte e proteção; e por uma porção interna, constituída por pequenas quantidades da substância farmacologicamente ativa. As vantagens da utilização desse sistema incluem proteger o ativo da degradação por diminuir seu contato com o restante da formulação; oferecer maior resistência, estabilidade e proteção contra oxidação e fotodegradação; mascarar sabores e odores desagradáveis do princípio ativo; aumentar seu tempo de ação e separar incompatibilidades. Assim, o objetivo desse trabalho foi analisar o desenvolvimento de micropartículas de alginato de sódio pela metodologia de gelificação iônica, tomando como ponto de partida a determinação da capacidade de encapsulamento do óleo vegetal de semente de uva, seleção da melhor faixa de trabalho e posterior aplicação da metodologia em um produto cosmético ou farmacológico. Os resultados demonstraram a formação das microcápsulas de alginato de cálcio contendo óleo em todas as concentrações testadas dos reagentes, sendo que, nas menores concentrações dos mesmos, as microcápsulas não suportaram mais do que 12% de óleo e se apresentaram mal estruturadas. Nas demais concentrações as partículas mostraram-se brilhantes e com espessura de parede desejável para aplicação dérmica. Quanto ao microencapsulamento de mentol e cânfora, o mesmo ocorreu de maneira desejável, sendo incorporado em forma farmacêutica de aplicação dermatológica.
As microcápsulas de alginato de cálcio, como também as gotas ou pérolas ou os sistemas matriciais, representam um dos carreadores mais usados mundialmente na imobilização de enzimas e proteínas bem como de drogas de liberação controlada. Neste trabalho foi abordado o processo de obtenção de micropartículas de alginato por técnica de gotejamento utilizando cloreto de cálcio no processo chamado gelificação iônica. Foram analisadas diferenças na morfologia das micropartículas e distribuição do material núcleo, e de que forma estas são influenciadas por variações nas condições de elaboração da técnica como altura e ângulo da seringa, velocidade de agitação, além da concentração de alginato.
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