Um <i>Carlavirus</i> foi associado a plantas de <i>Senna macranthera</i> apresentando porte reduzido, folhas com mosaico e manchas necróticas, além de vagens com necrose. Com círculo de hospedeiros restrito, o vírus foi mecanicamente transmitido a partir de folhas e de vagens, mas não de sementes. Ao microscópio eletrônico de transmissão observaram-se partículas alongadas, flexuosas, com cerca de 640 nm de comprimento e uma das extremidades arredondada; o exame de cortes ultrafinos revelou a presença de agregados de partículas virais no citoplasma. As propriedades “in vitro” e a presença de um só tipo de proteína no capsídeo com 30 KDa estão de acordo com o esperado para <i>Carlavirus</i>. Apesar de não ter sido possível a identificação da espécie de <i>Carlavirus</i>, os dados sugerem tratar-se de <i>Cassia mild mosaic virus</i> e o uso de espécies infectadas na ornamentação de cidades brasileiras pode constituir importante fonte de disseminação de vírus.
RESUMONo período de 1992 a 2003 foi investigada, visando diagnóstico, a presença de vírus, viróides, fitoplasmas e espiroplasmas em 167 gêneros de plantas ornamentais, pertencentes a 64 famílias. Para o diagnóstico e a identificação desses patógenos, foram realizados ensaios biológicos, serológicos e/ou moleculares, bem como observações ao microscópio eletrônico de transmissão. Tospovirus foram detectados em 104 amostras pertencentes a 15 gêneros, incluindo flores de corte, envasadas e folhagens; Potyviridae estavam presentes em 23 gêneros, dentre esses Hyppeastrum, Lilium, Gladiolus e Dieffenbachia infectados com Potyvirus; Cucumovirus (Cucumber mosaic virus) e Ilarvirus foram detectados em 14 e 5 gêneros, respectivamente; Tobamovirus e Potexvirus, que são de ocorrência freqüente no Brasil, infectaram 40,4% das orquídeas que representaram 29,3% do total de amostras recebidas; outros 7 gêneros (Badnavirus, Carlavirus, Caulimovirus, Furovirus, Nepovirus, Tobravirus e Tymovirus) e duas famílias (Closteroviridae e Rhabdoviridae) de fitovírus foram também detectados. Nesse período, pelo menos três novas espécies de vírus foram descritas infectando crisântemo, petúnia e caládio. Viróide foi detectado em crisântemo, fitoplasma em lisiantos e espiroplasma em prímula. ABSTRACT Virus, viroid, phytoplasm and spiroplasm detected in ornamental plants from 1992 to 2003At the Laboratório de Fitovirologia e Fisiopatologia (Instituto Biológico), a total of 167 genera of ornamental plants belonging to 64 families were investigated, from 1992 to 2003, for the presence of virus, viroid, phytoplasm and spiroplasm caused diseases. The diagnosis and identification of the viruses were carried out by means of biological, serological and molecular assays as well as electron transmission microscopy. Tospovirus were detected in 104 samples belonging to 15 genera including cut and potted flowers along with foliage plants; Potyviridae species were present in 23 genera, among which Hyppeastrum, Lilium, Gladiolus and Dieffenbachia were infected by Potyvirus; Cucumovirus (Cucumber mosaic virus) and Ilarvirus infected 14 and 5 genera, respectively; Tobamovirus and Potexvirus, which are the two most frequent viruses in Brazil, were found in 40.4% of the orchids which represented 29.3% of the ornamental plants analised; another 7 genera (Badnavirus, Carlavirus, Caulimovirus, Furovirus and Nepovirus, Tobravirus, Tymovirus) and two families (Closteroviridae and Rhabdoviridae) of plant viruses were also detected. In this period, at least three new virus species were described in chrysanthemum, petunia and caladium. Viroid was detected in chrysanthemum, phytoplasm in lisianthus and spiroplasm in primula.
Amostras de <i>Alstroemeria sp</i>., provenientes de 2 regiões produtoras do Estado de São Paulo (Brasil) e da Itália (material quarentenado), foram submetidas a testes de transmissão mecânica, serológicos (DASELISA e decoração) e observações ao microscópio eletrônico. Das 33 amostras analisadas, 1 1 estavam infectadas por vírus, tendo sido identificados <i>Cucumber mosaic virus (CMV), Tobacco streak virus</i> (TSV) e <i>Tomato spotted wilt virus </i>(TSWV) tanto em infecções simples como mistas (TSV + CMV, TSV + TSWV e TSV + CMV + <i>Potyviridae</i>). Em 3 amostras infectadas foram observadas, ao microscópio eletrônico, partículas alongadas, porém não foi possível a identificação do vírus ao nível de espécie. Os dados obtidos mostram que a ocorrência de infecções mistas em Alstroemeria é um fato comum, envolvendo principalmente o TSV.
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