Justificativa e Objetivos: É essencial conhecer os microrganismos presentes em hemoculturas de pacientes pediátricos internados para uma melhor escolha da terapêutica antibiótica. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo verificar a associação entre parâmetros clínicos e epidemiológicos com o desenvolvimento de sepse neonatal tardia em pacientes internados em um serviço de pediatria de um hospital do sul do Brasil. Métodos: Estudo transversal, descritivo, retrospectivo e qualiquantitativo que utilizou dados secundários oriundos dos prontuários de pacientes que apresentaram critérios clínicos para sepse neonatal, internados na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN) do Hospital Santa Cruz. Resultados: Dos 588 pacientes internados na UTIN do Hospital Santa Cruz no período de 01/01/2013 a 31/12/2015, 123 recém-nascidos (RNs) preencheram os critérios para sepse neonatal tardia. Destes, 59 (47,97%) apresentaram hemocultura positiva, o que foi mais frequente em RNs prematuros (39,84%) e de baixo peso (43,90%), embora não tenha havido associação estatisticamente significativa entre estes fatores e hemocultura positiva. Dentre os possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de sepse neonatal, o uso de ventilação mecânica (p=0,005), realização de cirurgia (p=0,019) e permanência no hospital por mais de um mês (p=0,001) apresentaram associação estatística com hemocultura positiva. Os microrganismos presentes em maior frequência nas hemoculturas foram os estafilococos coagulase negativa (S. epidermidis, S. saprophyticus e S. haemolyticus), encontrados em 35,71% das hemoculturas analisadas. Conclusão: O estudo evidenciou maior prevalência de sepse neonatal tardia em RNs prematuros e de baixo peso, que necessitaram de maiores cuidados e foram submetidos a maior manipulação durante a permanência na UTIN. Procedimentos invasivos e longa permanência hospitalar se associaram significativamente com hemocultura positiva, corroborando com o descrito na literatura.
Latent tuberculous infection (LTBI) is an important reservoir of disease reactivation that is sufficient to generate new cases for decades. The tuberculin skin test (TST) is an important tool to diagnose LTBI; however, neonatal bacille Calmette-Guérin (BCG) vaccination may impact interpretation of TST data. O B J E C T I V E S : To analyse the effect of the neonatal BCG vaccine on TST reaction in the first 2 years of life in children with no identified contact with tuberculosis (TB). D E S I G N : This was a cross-sectional study in children up to 2 years of age who received neonatal BCG vaccination. In the absence of baseline comorbidities or contact with the bacillus, the children were given the TST. R E S U LT S : Seventy-nine children participated in the study. A decline in TST reactivity was observed in the first 12-24 months of age in patients who had been vaccinated with neonatal BCG but with no contact with TB. After the age of 10 months, no patient showed a TST reaction of .5 mm. C O N C L U S I O N : BCG had low impact on the TST in children with no TB contact. This finding suggests the need to reassess the cut-off point to 5 mm of induration to improve TST specificity in LTBI identification.
Introdução: Como qualquer outro objeto levado à boca, a chupeta apresenta-se como um reservatório potencial de microorganismos. Através dessa pesquisa, busca-se avaliar as chupetas utilizadas por crianças, com o propósito de detectar os microorganismos mais prevalentes e, a partir disso, planejar estratégias de prevenção, controle e redução de possíveis enfermidades na infância. Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo, descritivo e observacional com fontes de dados primários, obtido por meio da análise de chupetas. O grupo em estudo era constituído por crianças de ambos os sexos, com idade entre um a seis anos, matriculados em escola municipal de ensino infantil, em Santa Cruz do Sul. Resultados: Foram analisadas 72 chupetas de crianças com idade média de 3,46 anos, sendo 51,39%, do sexo masculino. Em quatro amostras foram encontradas Candida albicans, não sendo detectados enteroparasitas. Foi observado que 9,72% das chupetas nunca são limpas antes de serem oferecidas à criança e mais de 20% delas não são guardadas em local adequado. A água consumida pela criança na própria residência foi oriunda da torneira em 70,83% e filtrada em 13,88% dos casos. Na escola, a água consumida era apenas da torneira. Observou-se que 9,32% das mães tinham conhecimento vago sobre a transmissão de parasitas pela chupeta. Conclusões: A prevalência de enteropatógenos detectados nas chupetas estudadas foi menor do que a descrita na literatura, porém o estudo demonstra a necessidade de um melhor esclarecimento aos pais quanto aos cuidados para prevenção de enfermidades e sobre os malefícios que o uso da chupeta pode ocasionar.
RESUMOOs cistos esplênicos são raros, podem ser congênitos ou adquiridos e são encontrados, muitas vezes, em exames incidentais. Aparecem como tumorações na topografia do hipocôndrio esquerdo, associados a sintomas obstrutivos e dor abdominal. Os pseudocistos são formados por uma camada de tecido fibroso, sem revestimento epitelial, e têm como fator etiológico mais provável o trauma esplênico prévio. Atualmente, o ultrassom abdominal é o método mais importante para o diagnóstico de cisto esplênico, pois evita a realização de exames mais agressivos. Para o tratamento de cisto esplênico sintomático de grande tamanho, não parasítico, com risco aumentado de ruptura e etiologia desconhecida, a indicação de escolha é a esplenectomia. Este relato objetiva apresentar essa doença incomum, ressaltando seu quadro clínico, métodos diagnósticos e tratamento. Palavras-chave:Pseudocisto; baço; esplenectomia ABSTRACT Splenic cysts are rare, can be congenital or acquired, and are most often found in incidental exams. They appear as tumors in the left hypochondrium, in association with obstructive symptoms and abdominal pain. Pseudocysts are formed by fibrous tissue layer, without epithelial coating, and their most probable cause is previous splenic trauma. Nowadays, abdominal ultrasound is the most important method for the diagnosis of splenic cyst, avoiding more aggressive exams. For symptomatic, large, non-parasitic splenic cysts with high risk of rupture and unknown etiology, splenectomy is indicated. This report intends to present this uncommon disease, emphasizing its clinical condition, diagnostic methods, and treatment.
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