Introdução: A amputação de membros inferiores impacta na mobilidade dos indivíduos, podendo levar a uma baixa aptidão cardiorrespiratória. O consumo máximo de oxigênio (VO2máx) é tradicionalmente utilizado para descrever a aptidão cardiorrespiratória. Contudo, a sua obtenção nem sempre é viável em populações com limitações funcionais e, por isso, análises em níveis submáximos de esforço podem ser uma estratégia eficiente. Objetivo: Testar a hipótese de que indivíduos com amputação unilateral de membro inferior possuem aptidão cardiorrespiratória menor em diferentes intensidades de esforço comparados a indivíduos sem amputação. Métodos: Estudo seccional com 6 indivíduos com amputação de membro inferior e 10 indivíduos sem amputação. A aptidão cardiorrespiratória foi investigada pelo teste de esforço cardiopulmonar, sendo considerados: VO2pico absoluto e relativo, limiar ventilatório 1 (LV1) e Ponto Ótimo Cardiorrespiratório (POC). Resultados: Os indivíduos amputados apresentaram menor VO2pico absoluto e relativo que os não amputados. O valor absoluto do POC, o tempo e a carga, não se diferiram entre os grupos, porém o grupo com amputação apresentou o POC em um maior percentual do VO2pico (p = 0,007) e em um menor VO2 relativo e absoluto (p = 0,004 e p = 0,009, respectivamente). No LV1, não houve diferença entre os grupos no tempo, carga e percentual do VO2pico, contudo os amputados apresentaram menor VO2 relativo e absoluto (p = 0,046 e p = 0,032, respectivamente). Conclusão: Indivíduos com amputação de membro inferior apresentaram menor aptidão cardiorrespiratória em diferentes intensidades de esforço quando comparados com indivíduos sem amputação, porém apresentaram a maior eficiência entre os sistemas respiratório e circulatório em um maior %VO2pico.
A Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) é um método não-invasivo utilizado para estimar o controle autonômico cardíaco que pode ser mensurada através do eletrocardiograma (ECG), método padrão-ouro. Dispositivos portáteis que tragam maior praticidade e com menor custo que o ECG, como os cardiofrequencímetros, são uma alternativa mais conveniente para a mensuração da VFC na prática clínica, porém é necessário que seus resultados sejam validados em diferentes populações. Objetivo: Analisar os estudos realizados sobre a validade dos cardiofrequencímetros em comparação com o ECG para mensuração da VFC no repouso em diferentes populações. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura onde foram utilizados estudos publicados na base de dados do Pubmed e Scielo, sem limite inferior da data de publicação até o ano de 2021. Foram utilizados os seguintes descritores nos idiomas inglês e português: "heart rate variability" ou "cardiac autonomic control" ou "Electrocardiography" ou "Heart Rate", sendo associados aos termos “heart rate monitor” e "reproducibility" ou “validity” ou “agreement”. Resultados e discussão: Foram encontrados 15 estudos que avaliaram a validade de diferentes modelos de cardiofrequencímetros para a mensuração da VFC no repouso, em comparação com o ECG, em diferentes populações (adultos saudáveis, atletas, idosos, crianças, adolescentes obesos, indivíduos com lesão medular e idosos), assim como sua confiabilidade no teste-reteste de alguns dispositivos. Conclusão: Os estudos demonstraram que os diferentes modelos de cardiofrequencímetro podem ser utilizados como uma alternativa ao ECG para a mensuração da VFC, mesmo em diferentes populações.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.