Resumo O objetivo deste trabalho é oferecer um quadro interpretativo que auxilie na compreensão do resultado das eleições presidenciais de 2018, considerando como preponderantes o fator religioso e as pautas morais para a eleição de Jair Bolsonaro. Partimos da hipótese de que o ressentimento é o afeto que catalisa os vínculos de identificação entre Bolsonaro e seu eleitorado, sobremaneira, o evangélico. Assim, após apresentarmos as ferramentas teóricas utilizadas, estruturadas a partir dos conceitos de hegemonia, equivalência e populismo, exploraremos os elementos discursivos dessa configuração, para salientar sua importância através do escrutínio dos dados empíricos, que permitem avançarmos na proposição do discurso religioso como mobilizador privilegiado dos afetos traduzidos em adesão eleitoral ao candidato.
O objetivo do artigo é compreender como os indicadores sociais territorializados podem dar pistas sobre a ampliação da base eleitoral de Jair Bolsonaro em sua carreira como parlamentar e, posteriormente, como presidenciável, observando rupturas e continuidades nessa trajetória. O método utilizado será uma correlação entre o Índice de Desenvolvimento Social da cidade do Rio de Janeiro e o desempenho eleitoral espacializado do então candidato nas eleições de 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018. Nesse esforço, esperamos oferecer insumos àqueles que se debruçam sobre os seguintes questionamentos: qual o perfil do eleitor de Jair Bolsonaro ao longo de sua trajetória parlamentar? Houve mudanças nesse perfil? Como se deu a ampliação de suas bases eleitorais no processo de construção de sua candidatura à presidência da República?
As emendas parlamentares são encaradas como um mecanismo de articulação entre os poderes Executivo e Legislativo dentro da lógica do Presidencialismo de Coalizão. Portanto, alterações sobre as matérias que regulamentam a mesma são sempre um foco de análise que colocam em questão a governabilidade. No presente artigo, serão analisadas duas emendas à Constituição que tornaram a emenda parlamentar individual e a de bancada um orçamento impositivo. As PEC 86/2015 e a 34/2019, abrem caminho para uma série de implicações sobre a redução do poder do Chefe do Executivo por meio desse tradicional mecanismo. No presente trabalho, serão revisitadas as teorias de Figueiredo e Limongi (2002) que refutam essa hipótese de emenda como moeda de troca e apresentam uma arena para discutir essa temática sob a luz das organizações partidárias.
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