O presente artigo tem por objetivo discutir o espaço de atuação do assistente social no contexto das empresas, sobretudo o que decorre das transformações societais mais recentes (não apenas as que resultam das profundas mudanças no mercado de trabalho e da flexibilização das relações laborais, mas também da redução do Estado de Bem-Estar na proteção aos cidadãos e, consequentemente, aos trabalhadores). Para tal, começamos por fazer um breve enquadramento socio-histórico sobre o Serviço Social de Empresa, salientando os principais momentos que marcam a intervenção do assistente social ao longo das últimas décadas neste campo, as principais causas (externas e internas) associadas a estas alterações, e ainda as suas implicações no desenvolvimento de uma verdadeira política social empresarial. Já num segundo momento debruçamo-nos sobre a atualidade (sobretudo a resultante da crise económica registada na última década) para refletir sobre as possibilidades que as diversas transformações registadas ao longo deste período colocam ao Serviço Social neste campo específico, nomeadamente em termos da apropriação de novos espaços de intervenção e de reforço da presença da profissão no campo das relações laborais.
ResumoO Século XXI e o desafio da contemporaneidade, implicam para o Serviço Social diferentes horizontes teóricos e diferentes abordagens de prática, no enfrentamento da «questão social» e na promoção de conceções de mudança social. Com o objetivo de entender o imanente e o explícito no questionamento dos fundamentos normativos e dos fundamentos que sustentam a crítica no Serviço Social, e ainda de localizar no amplo debate da Teoria Social Contemporânea as influên-cias dos pensadores, da Teoria Social clássica, da Escola de Frankfurt e mais recentemente pelas teorias pós estruturalistas, as reflexões do presente artigo abarcam do contexto de surgimento das teorias críticas ao Serviço Social crítico contemporâneo, seus princípios e fundamentos e por fim a teoria crítica pós-moderna na sua dimensão ontológica, epistemológica e metodológica. Palavras chave: Serviço Social, Teoria Crítica, Pós-modernismo AbstractThe XXI Century and the challenge of contemporaneity implies for Social Work different horizons and different theoretical approaches of its practice in combating the «social issue» and promoting conceptions of social change. In order to understand the inherent and explicit in questioning the normative foundations and fundamentals that underpin critical in social work, and even to locate the broad debate of Contemporary Social Theory influences of its thinkers, Classical Social Theory, Frankfurt School and more recently the post structuralist theories, the reflections of this article cover the context of the emergence of critical theories to critical contemporary Social Work, its principles and foundations and finally postmodern critical theory in its ontological, epistemological and methodological dimensions.
The present context, with an ongoing pandemic situation, war and climate change, seems to play a critical role in both the peoples’ perception of their quality of life, and the acquisition and development of social and emotional competencies. In this study, our goal was to assess the relationship between social and emotional competencies and peoples’ quality of life in a Portuguese sample. Participants were 1139 individuals living in Portugal, aged between 16 and 85 years old, who were mostly (73%) female. An online protocol for data acquisition was used, which included sociodemographic characterization, the Portuguese version of the scale of Social and Emotional Competencies (SEC-Q) and the World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-BRIEF). Correlation analysis and a canonical correlation were performed, with results showing a high association between the dimensions of social and emotional competencies and peoples’ quality of life. Two significant canonical roots were extracted, and the results show that the first is characterized by internal factors, linking psychological health and self-management and motivation, and the second root evidences the external factors, linking social relations and environment with social awareness and pro-social behavior.
Family relationships have been shown to play an important role in the way children/youth evaluate themselves, influencing their emotional and relational regulation, more specifically, their self-concept, self-esteem, perception of social support and behavior. In order to compare the adjustment of children/youth living in residential care and in family, 169 children/youth aged between 10 and 21 years were studied, 62 living in residential care units and 107 with their families, 93 females and 76 males. The Piers-Harris Self-concept Rating Scale, Rosenberg Self-esteem Scale, Procidano and Heller's Perception of Social Support from Friends and Family and Buss and Perry's Aggressiveness Questionnaire were applied via google forms and in person. The results showed that children and youngsters in residential care show statistically significant differences from those who live with their families in all the parameters analyzed. They are more fragile in terms of self-concept (except for the anxiety domain) and self-esteem, show a lower perception of social support from peers and family, and show a higher perception of aggressiveness, both in general and in the instrumental, affective and cognitive dimensions. We conclude that all participants showed weaknesses in terms of anxiety management, and that institutionalized children/youth were more psychologically and relationally maladjusted and more aggressive, thus demonstrating the urgency for a multidisciplinary intervention in this population, by promoting personal and relational skills.
Contexto e Objetivo: O suporte social pode ser um fator protetor para crianças/jovens, reduzindo os efeitos do stress e melhorando a estabilidade psicoemocional e relacional. Este estudo teve como objetivo conhecer o suporte social percebido em crianças e jovens portugueses e entender como é influenciado pelo contexto familiar/residencial em que vivem. Métodos: Foram aplicadas as Escalas de Perceção de Suporte Social de Amigos e Família (PSS-Par e PSS-Fam), presencialmente e através do Google Forms, a 250 crianças e jovens entre 10 e 21 anos (M = 16,4 anos), 25,2% em acolhimento residencial, 51,6% em famílias nucleares intactas, 13,2% em famílias monoparentais e 10,0% em famílias reconstituídas, maioritariamente do sexo feminino (55,2%). Resultados: As crianças/jovens em acolhimento residencial percecionaram menor suporte social pelos pares do que as demais (p < 0,05). As crianças/jovens em acolhimento percecionaram menor suporte social familiar do que os que viviam em famílias nucleares intactas (p < 0,05). Conclusões: Estes resultados evidenciam a importância de garantir suporte social adequado em crianças/jovens como fator protetor do desenvolvimento psicoemocional, relacional e social, especialmente às integradas em acolhimento residencial e famílias reconstituídas.
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