ResumoO presente artigo tem como objetivo avaliar se a Lei de Informática tem sido capaz de provocar aumentos significativos de gastos em P&D, dando origem aos chamados efeitos de adicionalidade (crowd in). A análise é feita a partir da base de microdados da Pesquisa de Inovação (Pintec-IBGE), pela qual foram construídos três painéis, sendo que cada um abrange dois períodos consecutivos. Com isso, as estimativas possibilitaram verificar os efeitos da lei para os períodos
Tendo em vista o papel dos instrumentos de suporte público à pesquisa e desenvolvimento (P&D), enquanto um tema pouco explorado e inconcluso, este artigo temcomo objetivo avaliar a eficácia dos incentivos fiscais e financiamentos sobre os gastosempresariais privados nessas atividades. Considerando-se os níveis historicamente insuficientes dos últimos, o Brasil mantém uma distância significativa nos indicadores deinovação em relação aos países avançados. No contexto da retomada de iniciativas depolíticas industriais e de inovação nos anos 2000, houve maior aporte de recursos públicos, através do crédito e dos incentivos fiscais, do qual se esperava elevação dos gastosprivados em P&D. A razão principal da intervenção governamental obedecia à lógica deamenizar os elevados custos e riscos da P&D. Com a base de microdados da Pesquisa deInovação (Pintec), do IBGE, neste estudo são realizadas estimativas sobre os efeitos decada tipo de instrumento, aplicando-se o método de diferenças em diferenças (DID) comcovariadas para as bases de 2005, 2008 e 2011. Dois painéis de períodos consecutivossão construídos: 2005-2008 e 2008-2011, e, com isso, as estimativas mensuram as diferenças de variações de gastos em P&D entre empresas beneficiárias e não beneficiárias.Adicionalmente, a análise foca empresas localizadas em setores de diferentes graus deintensidade tecnológica. Com a escolha do método, procura-se contornar o problemado viés de seleção, constatando-se que os efeitos de adicionalidade limitam-se aos incentivos fiscais, não se generalizando para todos os setores.
Resumo: Este artigo procura analisar os determinantes de gastos empresariais em P&D por meio de um indicador de intensidade de P&D definido pela relação entre gastos em P&D e valor adicionado da indústria. Com a decomposição de seus determinantes, o objetivo deste artigo é identificar em que medida a distância do Brasil em termos de esforços tecnológicos, medidos por tal indicador, em relação à média de um conjunto de países selecionados, pode ser atribuída aos efeitos da estrutura industrial predominante e aos gastos em P&D efetuados pelos diferentes grupos tecnológicos que compõem esta indústria.
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