Este artigo analisa como o assédio moral se configura na vida dos portadores de lesões por esforços repetitivos/distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/DORT). Participaram do estudo, realizado em 2007, 20 trabalhadores acometidos por LER/DORT de uma indústria do calçado em Campina Grande-PB. Empregaram-se entrevista semiestruturada e análise de conteúdo. Os resultados apresentam um quadro de assédio moral interpessoal e organizacional que está bem configurado nas histórias de adoecimento dos trabalhadores e nas suas trajetórias de busca de ajuda para seus problemas de saúde. O assédio moral interpessoal e organizacional se evidencia em virtude de todos os aspectos de humilhação, exclusão e pressão que recebem no ambiente de trabalho, sob forma de coação, subversão, chantagem e rebaixamento. Para não terem que sofrer com o desemprego, alguns preferem pedir demissão, outros suportam as dores, ultrapassando os limites do corpo. A lógica da produção de assédio moral e organizacional destrói a solidariedade e impede que os trabalhadores construam coletivamente formas de enfrentamento do trabalho.
Este artigo tem por objetivo discutir as vivências de sofrimento e prazer no trabalho de gerentes de bancos públicos e privados da cidade de João Pessoa, Paraíba. Para tanto, a psicodinâmica do trabalho foi utilizada como referência teórica principal, tendo em vista a articulação dos materiais produzidos em campo com o que a abordagem ensina sobre o sujeito no trabalho, especificamente no que diz respeito à relação complexa entre sofrimento, prazer e trabalho. Para as análises apresentadas, consideram-se as transformações no trabalho gerencial e nos modos de gestão e de funcionamento dos bancos ocorridos nas últimas décadas. Foram realizadas 16 entrevistas com pessoas que exerciam gerências gerais ou intermediárias, analisadas através da análise de conteúdo temática. Os resultados evidenciaram que os seguintes elementos se colocam como fonte de prazer ou de sofrimento: o trabalho com clientes e outros funcionários, o reconhecimento ou a ausência de reconhecimento desse trabalho, a estrutura organizacional, a carga de trabalho e a pressão por resultados, a autonomia ou a falta de autonomia para tomar decisões e a remuneração. Tais resultados demonstram que a relação entre a organização do trabalho e o sujeito está em contínuo movimento, em equilíbrio dinâmico.
Despite indications in the literature about the existence of win-win business opportunities regarding sustainability, most companies are still producing limited social and environmental results that are disconnected from their value propositions. Studies on the rationales underlying decisions regarding sustainability can offer a better understanding of this challenge. In particular, substantive rationality suggests that the decision-making process consider collective values for sustainability. This study investigates the following research question: What are the main challenges of making business decisions based on moral values of sustainable development? Using strategic decisions as a unit of analysis, action research in a start-up environment identified the following business challenges: (1) recognizing the limits of applying the moral values of sustainable development to the current business context dominated by maximization of economic and financial benefit values; (2) recognizing the normative nature of sustainability goals, which implies that moral values related to sustainable development are still external and not naturally occurring in people’s personal moral values; (3) addressing conflicts between moral and benefit values and between collective and individual goals when including substantive rationality in business decisions; (4) engaging business stakeholders according to their personal moral values, as people are value driven; and (5) engaging workers in sustainable development values, as they play a central role in enabling benefit value creation for sustainable development. The paper offers interesting insights into moral value and benefit value. The former is the basis for individual decisions, while the latter represents benefits created by business models. Both concepts have been separately investigated, but this research delimits and differentiates them. Future studies can further investigate decision rationalities to enable sustainability in practice, as this is usually a theoretical discussion. Research on other start-ups and more mature organizations can also provide interesting insights.
Este artigo aborda o trabalho, em especial o trabalho de pessoas com transtornos mentais graves. Encontra-se socialmente predominante a visão construída na história da psiquiatria de que essas pessoas não podem trabalhar, que são incapazes de adequar-se às exigências presentes em qualquer meio de produção ou serviço. Esse julgamento de incapacidade acabou por aumentar o isolamento e impedir uma aproximação maior dessas pessoas com o trabalho. A ergologia, abordagem desenvolvida para compreender e transformar o trabalho, foi tomada aqui como ferramenta principal para pensá-lo em sua relação com pessoas que sofrem de transtornos mentais graves, considerando a realidade dos mundos do trabalho e da reforma psiquiátrica no Brasil hoje. Palavras-chave: Trabalho, Transtorno mental, Ergologia, Competência, Reforma psiquiátrica. Labor, organization and people with severe mental ill This paper deals with labor, particulary the labor of people with severe mental ill. It has been widely spread in the point of view proposed in the history of psychiatry, according to which these people may not work and are incapable to address the demands from the production and service means. It helped to increase the isolation of these people, wiping them away from the work environment. In this work the ergology, developed approach to understand and transform the labor, has been taken as the main tool to think it in to relation with these people, taking into consideration the reality of the worlds labor and the psychiatric reform in Brazil.
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