Nos últimos anos, movimentos de investigadores da área das Ciências da Educação na Europa têm manifestado um interesse crescente por questões metodológicas e epistemológicas sobre a Revisão Sistemática de Literatura. Nesse sentido, é nossa intenção contribuir para uma aproximação ao longo caminho já percorrido por outras áreas de investigação, como as Ciências Médicas. Neste artigo é apresentado o conceito de Revisão Sistemática de Literatura e a sua operacionalização através da explicitação do processo de pesquisa a partir de um protocolo e de um exemplo de resultados obtidos e respetiva análise. A seleção de dados assenta na definição de critérios rigorosos e objetivos, pautando-se por procedimentos o mais afastado possível de convicções pessoais ou de avaliações subjetivas, influenciadas por coordenadas geográficas ou pela pertença a uma determinada comunidade académica (BRINER; DENYER, 2012). Recursos digitais, como bases de dados online para a pesquisa bibliográfica e software de gestão de referências bibliográficas e de análise de dados qualitativos, como EndNote e NVivo, ou outros similares, apoiam todo o processo de conceção e realização de uma Revisão Sistemática de Literatura.
ResumoOs conceitos de literacia digital e literacia informacional ora surgem como quase sinónimos, para alguns autores, ora com definições distintas, para outros. O que uns consideram literacia digital é por outros denominado literacia informacional. Neste artigo propomo-nos analisar ambos os conceitos a partir dos resultados de uma revisão sistemática de literatura realizada nas bases de dados ISI (ISI Web of Knowledge) e ERIC (Education Resources Information Center). Assim, apresentamos a) o processo e o produto da revisão sistemática com apoio do EndNote para cada um dos conceitos; b) a análise dos dados com recurso a NVivo c) a conclusão acerca do atual estado da arte quanto ao conceito de literacia digital e de literacia informacional. expressões nomeadas e tentar delimitar as fronteiras entre ambos os conceitos. Para isso, optamos por realizar uma revisão sistemática de literatura, metodologia muito frequente em algumas áreas do conhecimento, particularmente no domínio das Ciências Médicas. PalavrasAssim, e face à amplitude semântica dos conceitos e à sua plurissignificação, 1 As organizadoras do Dossiê optaram por inserir em nota de rodapé a tradução das citações em língua inglesa. "A literacia, portanto, requer um engajamento ativo e autônomo com publicações, e exige o papel do indivíduo na medida em que ele produza, além de receber, atribuindo às mensagens interpretações independentes. A partir das competências básicas pressupostas para a literacia, as literacias de informática, cultural, econômica e outras, evoluíram como atributos de uma competência mínima exigida nessas áreas." (HARRIS & HODGES, 1995, p. 19). LITERACIA DIGITAL E LITERACIA INFORMACIONALBreve análise dos conceitos a partir de uma revisão sistemática de literatura
Tendo presente a centralidade da língua como instrumento basilar na economia curricular, destacou-se a leitura como competência basilar, não só no acesso ao saber, mas também na fruição estética, desde o primeiro ciclo até ao final do ensino secundário. Este artigo expõe e reflete acerca do trabalho dos autores, ao longo de mais de uma década, na busca de responder à baixa proficiência leitora evidenciada pelos alunos face a textos informativos e literários. Ao mesmo tempo, são analisadas propostas centradas no âmbito da literacia da leitura, sempre numa perspetiva multimodal de promoção do código linguístico tendo presente as profundas transformações comunicacionais patentes no acesso à informação no contexto da sociedade digital. Apresenta-se, em primeiro lugar uma abordagem multidisciplinar a partir da obra a Maior Flor do Mundo de José Saramago; seguidamente, detalham-se partes mais relevantes que uniram tecnologias digitais no desenvolvimento da leitura, através do blogue Língua Portuguesa e, paralelamente, de uma rede social: o blogue, para um trabalho mais centrado na prática pedagógica; a rede social, para estimular a leitura livre e a partilha dessas experiências de leitura informal. Por último, surgiu o projeto biblioteca digital que consistiu no desenvolvimento de várias ações de acesso e promoção da leitura. A evidência recolhida através de observação do trabalho diário e dos dados relativos ao aumento do nível de proficiência leitora, revelam que estes ambientes de leitura digital, articulados com outras iniciativas de carácter multimodal, têm trazido benefícios académicos, sociais e pessoais aos alunos das escolas.
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