Em virtude de sua importância ímpar para o equilíbrio hídrico das bacias hidrográficas brasileiras, goianas e em espacial para o município de Morrinhos, as Veredas, as nascentes e as vegetações riparias, se enquadram em um caso especial dentre as fitofisionomias do Cerrado. As formações florestais, matas ciliares e de galerias, que circundam as nascentes e os cursos de água, são de grande importância para manter a estabilidade geológica, minimizar os processos erosivos, reduzir o assoreamento e são usadas como corredores ecológicos para o deslocamento da fauna. Levando-se em consideração a importância das Áreas de Preservação Permanentes para o equilíbrio e manutenção da qualidade ambiental, a presente pesquisa se justifica primeiramente pela necessidade de conhecer a real situação ambiental dessas APPs, para posteriormente, propor ações que potencialize a recuperação e a preservação dessas áreas. Dessa forma, essa pesquisa teve duplo objetivo: mapear e quantificar detalhadamente a cobertura vegetal na microbacia hidrográfica do ribeirão da Serra e analisar a dinâmica do uso da terra dentro dos limites das Áreas de Preservação Permanentes existentes nessa microbacia. Para tal, utilizou-se as geotecnologias, com destaque para imagens de alta resolução espacial e SIG. O mapeamento revelou que a área consolidada ocupa 30.796 hectares o que representa 73% da área da microbacia, já os outros 27% ou 11.295 hectares, encontra-se ocupado por remanescentes florestais. Já dentro dos limites das APPs a pesquisa revelou que atualmente existem 2.080,60 hectares de vegetação nativa, ou seja, 67.66% da área total das APPs estão preservadas. Em contrapartida, a área consolidada está presente em 932,29 hectares, o que significa dizer que há 29,87% de APP estão ocupadas de forma ilegal, consequentemente, passivas de recuperação.