A conquista do espaço feminino no mundo do trabalho é proveniente de um processo árduo e constante de quebra de paradigmas. Nesse cenário, o empreendedorismo se torna cada vez mais presente como alternativa para inserção da mulher no meio laboral. Devido a relevância dos estudos sobre gênero e trabalho, esta pesquisa abordou questões como as motivações que levam mulheres a empreender e a formar um estilo próprio de liderança, estudando um grupo na microrregião de Patos de Minas. Desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa. A obtenção de dados foi por meio de entrevista semiestruturada e a análise foi realizada utilizando a técnica de análise de conteúdo. Foi possível identificar o perfil das empreendedoras da região e de seus negócios; conhecer suas trajetórias, características pessoais e estilo de gestão; debater sobre relações com os homens e a sociedade, os múltiplos papéis exercidos e seus conflitos. As participantes iniciaram os empreendimentos por oportunidade, sem influências hereditárias; possuem um estilo de gestão mais participativo e descentralizado e a área que mais atuam é a de comércio. De acordo com a pesquisa, é através do cumprimento da função de empreendedora que as entrevistadas esperam alcançar objetivos pessoais e profissionais, tronando-se independentes e modificando o meio social no qual estão inseridas.
De acordo com Sugarbaker (1998), o geek pode ser considerado como um indivíduo engajado e fascinado em um tópico, geralmente sobre ciência, tecnologia e cultura, relacionados a universos de fantasia e ficção científica, como filmes, quadrinhos, séries, livros e games, que se reúne com outras pessoas que possuem o mesmo interesse para compartilharem experiências relacionadas ao tema. O presente estudo tem como objetivo compreender como as práticas de consumo de produtos relacionados a geeks atuam na construção da identidade de indivíduos pertencentes a essa tribo. A presente pesquisa faz parte dos estudos que utilizam como abordagem a Consumer Culture Theory (CCT), que considera a complexidade cultural que faz parte dos diversos contextos sociais, deixando de trabalhar com um sistema homogêneo de significados compartilhados e passando a considerar heterogeneidade de agrupamentos culturais (ARNOULD; THOMPSON, 2005). A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas, a partir de um roteiro semiestruturado, com 16 consumidores que se identificam como geeks, que vivem em Uberlândia/MG e São Paulo/SP. O tratamento dos dados obtidos foi realizado por meio da análise de conteúdo com base na categorização temática. Os resultados sugerem que o início do consumo de produtos voltados para a tribo, como camisetas, começa durante a infância, se estendendo até a fase de vida adulta. O pertencimento a tribo geek faz com que o indivíduo se espelhe em outros membros, sendo a identidade do indivíduo construída e reforçada a partir do contato com a forma de agir, pensar e consumir de outros geeks considerados importantes pelo sujeito. Os personagens influenciam nos valores pessoais construídos no decorrer da vida do geek, havendo a necessidade de externalizar seus gostos, mesmo que seja em um ambiente privado. Nesse sentido, os produtos consumidos, que possuem elementos geeks, possuem valor simbólico para o sujeito, de maneira que eles passam a representar a extensão do "eu" daquele que o consome, sendo uma forma de demonstrar seus valores pessoais.
The aim of the present study is to investigate how the consumption of geek products acts in the identity of individuals who see themselves as members of this urban tribe. Geeks are taken as committed members fascinated by topics related to fantasy and science fiction universes; if we take into account a micro-scale, they form an identity territory. Based on its theoretical approach, the goal of the current research lies on promoting a dialogue between studies that have adopted the consumer culture theory (CCT) and organizational identity research, by taking into consideration that urban tribes are a kind of organization. The research corpus comprised interviews with seventeen people who identify themselves as geeks; these interviews were analyzed based on thematic categorization. Based on then results, geek-products’ consumption starts at childhood and goes all the way to adulthood; this process is influenced by characters in the fantasy and fiction universes. The consumed products hold symbolic elements of fantasy and fiction, so that they end up representing the extension of this tribe’s members ‘self’; moreover, they are a way of building collective identities within an urban tribe, in this case, geeks. We have shown that organizational identity studies can lead to greater dialogue with CCT in order to better understand complexities added to identity and multiple affiliations, and links in the identity construction of people forming an organization.
The aim of the present study is to investigate how the consumption of geek products acts in the identity of individuals who see themselves as members of this urban tribe. Geeks are taken as committed members fascinated by topics related to fantasy and science fiction universes; if we take into account a micro-scale, they form an identity territory. Based on its theoretical approach, the goal of the current research lies on promoting a dialogue between studies that have adopted the consumer culture theory (CCT) and organizational identity research, by taking into consideration that urban tribes are a kind of organization. The research corpus comprised interviews with seventeen people who identify themselves as geeks; these interviews were analyzed based on thematic categorization. Based on then results, geek-products’ consumption starts at childhood and goes all the way to adulthood; this process is influenced by characters in the fantasy and fiction universes. The consumed products hold symbolic elements of fantasy and fiction, so that they end up representing the extension of this tribe’s members ‘self’; moreover, they are a way of building collective identities within an urban tribe, in this case, geeks. We have shown that organizational identity studies can lead to greater dialogue with CCT in order to better understand complexities added to identity and multiple affiliations, and links in the identity construction of people forming an organization.
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