Recebido: 03/01/2017Aprovado: 28/02/2017Publicado: 10/04/2017Resumo: We are 99% (Nós somos 99%). O slogan presente em inúmeras bandeiras de movimentos sociais ocorridos no início do século XXI tem evidenciado uma marcante insatisfação de segmentos da sociedade em relação a desigualdade. O presente artigo tem como objetivo analisar e discutir os movimentos Occupy Wall Street (EUA) e Los Indignados (15M – Espanha) por entendermos que estes representam de forma sintomática a realidade descrita acima. Após a Crise de 2008, o processo de precarização de direitos constitucionalmente garantidos se intensificou e devido a isso, inúmeras manifestações e movimentos sociais se sublevaram contra as políticas de austeridade e a exclusão sistemática dos indivíduos na participação política dos seus respectivos países. Indignados e desesperançosos, milhares de cidadãos saíram às ruas para reivindicar direitos e transformações sociopolíticas dos seus países.Palavras-chave: Movimentos sociais, desigualdade, ativismo político.
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Bem sabemos que o historiador está preso às fontes e à condição de que tudo tenha acontecido. O historiador não cria o traço no seu sentido absoluto, ele o descobre, os converte em fonte e lhes atribui significado. Há que considerar ainda que estas fontes não são o acontecido, mas rastros para chegar a este. Se são discursos, são representações discursivas sobre o que se passou; se são imagens, são também construções, gráficas ou pictóricas, por exemplo, sobre o real. Assim, os traços que chegam do passado suportam esta condição dupla: por um lado, são restos, marcas de historicidade; por outro, são representações de algo que teve lugar no tempo. Mas, a rigor, é o historiador que transforma estes traços em fontes, através das perguntas que ele faz ao passado. Atribuindo ao traço a condição de documento ou fonte, portador de um significado e de um indício de resposta às suas indagações, o historiador transforma a natureza do traço. Transforma o velho em antigo, ou seja, rastro portador de tempo acumulado e, por extensão de significações. Como fonte, o traço revela, desvela sentidos. (...).
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