ResumoEste trabalho busca analisar a produção de grãos como estratégia de reprodução da agricultura familiar em Novo Machado-RS, procurando explorar as implicações para o desenvolvimento rural. O município está situado em uma região na qual a produção de grãos (principalmente o cultivo de soja) encontra-se presente em grande parte das unidades de produção agrícola. No intuito de aprofundar a compreensão da dinâmica agrícola do município foi conduzido estudo de caso, utilizando-se da metodologia do Diagnóstico dos Sistemas Agrários (DSA), que permitiu identificar a divisão do município em três microrregiões homogêneas. A análise deste estudo concentra-se na microrregião identificada como terceira. A microrregião 3 foi eleita a partir do estudo da evolução agrária do município, que identificou essa área em específico como representativa da produção de grãos e que oferece influência direta nos sistemas de produção praticados pela agricultura familiar. Como resultado, evidenciou-se três tipos principais de unidades de produção diferenciadas em razão dos sistemas de produção
O objetivo desse artigo é analisar os interstícios entre a construção teórica da abordagem territorial e sua possível contribuição para a implementação da política pública de ATER no Brasil. Para isso retoma abordagens conceituais sobre territórios e faz um exercício de inferências às práticas de ATER num diálogo crítico entre autores, visando contribuir com o repensar permanente da Extensão Rural, tendo como unidade de análise documentos referenciais como a PNATER, a 1ª CNATER e ANATER. Essa breve reflexão serve como ponto de partida para constatar que predominantemente a ação extensionista tem sido setorial. Também é evidente a existência de descompasso entre o discurso e a prática. Nesse sentido, embora documentos que orientam a ATER rezem aspectos de coletividade, participação, sustentabilidade, os indícios apontam mais para sua noção de território como dado e menos para um território construído. Contudo há limites na abordagem territorial em si mesma.
ResumoEste artigo aborda as interações entre os serviços de extensão rural e agricultores em assentamentos da reforma agrária no intuito de encontrar alternativas para a reprodução das famílias. Para tanto, busca-se analisar as contribuições e limitações da ação extensionista em processos desencadeados por projetos de agroindustrialização (no caso, moinhos coloniais) em assentamentos rurais no RS. O problema se configura pela demanda de conhecimentos específicos (e por isso inovadores) dos agricultores e dos Serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e pela frustração de expectativas, desconfiança e falta de adesão por parte dos beneficiários em potencial. A partir de metodologia qualitativa (estudo de caso, fontes primárias) foi possível constatar inovações relacionadas ao produto, aos processos, organizacionais, além de inovações no sistema de assessoramento rural. Após repetidas intervenções, contudo, os moinhos coloniais ainda permaneciam com pouca autonomia. Os resultados sugerem limites não só da atividade como estratégia de acesso aos mercados, mas dos próprios serviços de extensão que pouco avançam no sentido de se desvincular da alcunha "assistencialista".Palavras-chave: Extensão rural. Assentamentos rurais. Moinhos coloniais.
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