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Background Based on a feminist approach, we analyzed the experiences of workplace bullying suffered by women front-line healthcare professionals dealing with the Covid-19 pandemic. We start from studies that show that women make up 70% of the global health workforce, 85% in the area of nursing, and 90% in the case of social care workers. An unequivocal need thus exists to address gender issues regarding the composition of the labor force in the health area. The pandemic has aggravated recurring problems involving healthcare professionals at the various caregiving levels, such as mental harassment (bullying) and its effects on mental health. Methods Data were gathered from an online survey of a convenience (non-probability) sample composed of 1,430 volunteer respondents, all women that work in the public health system in Brazil. The analyses and discussions involved the responses to a questionnaire containing 12 closed-ended questions and one open-ended question. Results The results revealed a context of workplace bullying aggravated by precarious material, institutional and organizational conditions in the area of health services against the backdrop of the Covid-19 pandemic in Brazil. This context has variously led to aggression, isolation, heavy workloads, and invasion of privacy, humiliation, persecution and fear as it was possible to see, mainly, in the answers to the study’s open-ended question. This situation degrades both work relations and the integrity of the healthcare professionals who work on the front line to treat Covid-19 cases. Conclusion We conclude that bullying is a psychosocial phenomenon that heightens the oppression and subordination still experienced by women in the contemporary context, but with new hues in a scenario of frontline response to Covid-19.
Este artigo apresenta e analisa os resultados de um projeto de extensão comunitária cujo objetivo foi o de construir uma rede de comunicação popular, acesso à informação e solidariedade no combate à COVID-19 em quatro comunidades periféricas. Compreendemos a pandemia como uma crise do neoliberalismo, que expõe de forma mais grave certos grupos sociais ao adoecimento e à morte. Logo, destaca-se como moradores da periferia vivenciam desafios relacionados ao distanciamento social e à higienização, bem como à checagem de informações imprecisas e falsas, as chamadas fake news. Com ações da extensão popular e da divulgação científica, e tendo o campo da Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) como referencial teórico, o Projeto TamoJunto realizou ações de divulgação de conteúdos informativos sobre o combate à COVID-19 por meio de plataformas digitais e de um BOT, distribuição de material impresso e audiovisual, doação de álcool em gel e máscaras de proteção facial para a população. Por fim, ressalta-se o papel do projeto na construção de um processo pedagógico de educação em saúde que promove reflexão e crítica, buscando contrapor-se às fake news e contribuindo com a construção de práticas solidárias de saúde.
Os/as chamados/as jovens nem nem são os/as que nem estudam, nem trabalham, nem procuram emprego. Analisamos sua construção como problema social a partir de um tripé: o desconhecimento e desinteresse pelas experiências dos/as jovens pobres, a espetacularização do fenômeno e a constituição de um conjunto de práticas para solucioná-lo. As análises apresentadas partem de uma pesquisa que realizou, com o auxílio do programa ALCESTE, uma análise lexical de universos semânticos sobre os/as chamados/as jovens nem nem em 19 documentos da Organização Internacional do Trabalho/OIT, e uma pesquisa-intervenção com 14 jovens. Analisamos como as microrrelações, as macropolíticas, os aspectos institucionais e culturais contribuem para a ausência dos/as jovens na escola e no trabalho, o que se contrapõe às noções de que os investimentos necessários para a resolução do problema construído devem se dirigir, exclusivamente, à dimensão individual. Problematizamos as noções que convidam a pensar os/as jovens ditos/as nem nem como sujeitos vulneráveis e como grupo de risco, e destacamos sua construção como simulacro dos/as jovens que têm seus direitos negados cotidianamente.
Jovens que nem estudam, nem trabalham e nem procuram emprego têm sido nomeados/as como jovens nem-nem, em diferentes contextos sociais. Tanto no Brasil quanto em outros países do mundo, a juventude nem-nem tem ocupado um lugar de destaque no meio acadêmico, na mídia e nas intervenções por parte do Estado e de outros atores sociais, todos buscando formas de atuar sobre o problema. Diante desse cenário, buscamos compreender as noções construídas sobre os/as jovens nomeados/as como nem-nem, bem como as propostas de controle e regulação produzidas por diferentes atores da sociedade para eles/as. A partir de uma pesquisa documental, apresentamos neste artigo os resultados de uma análise lexical realizada com o auxílio do programa ALCESTE – Análise Lexical por Contexto de um Conjunto de Segmentos de Texto. Os resultados destacam os principais universos semânticos sobre os/as jovens nomeados/as nem-nem em trechos retirados de onze (11) edições do documento Trabalho Decente e Juventude da Organização Internacional do Trabalho. Problematizamos algumas noções que convidam a pensar os/as jovens ditos/as nem-nem como sujeitos vulneráveis e como grupo de risco, sendo as respostas mais imediatas direcionadas ao investimento na subjetividade do/a jovem, reatualizando o mito dos/as jovens pobres como classe perigosa, sem com isso levar em consideração a reprodução social da nossa desigualdade.
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