ResumoEnquadramento: Os registos de enfermagem (RE) que englobam uma avaliação quantitativa da dispneia permitem adequar a prestação de cuidados de enfermagem às necessidades do doente. Objetivos: Comparar os RE e a autoavaliação da intensidade da dispneia realizada com recurso à Escala de Avaliação Numérica (EAN) por indivíduos com doenças crónicas, progressivas e avançadas, com necessidades paliativas, internados em serviços de medicina interna. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa quantitativa, descritiva, transversal e observacional através da aplicação de EAN da intensidade da dispneia. Recolheram-se RE de 77 selecionados de forma intencional e não aleatória. Resultados: Os enfermeiros diagnosticam corretamente a dispneia em repouso e/ou dispneia funcional sem recurso a uma escala de avaliação de dispneia. Não se observam intervenções autónomas de enfermagem em todos os indiví-duos com o diagnóstico de dispneia, bem como, as intervenções não abrangem todas as dimensões da dispneia total. Conclusão: Os RE quantitativos contribuem para maior rigor na identificação, monitorização e intervenção na dispneia. Considera-se necessária uma abordagem mais sistematizada da dispneia em indivíduos com necessidades paliativas. Palavras-chave: dispneia (enfermagem), dispneia (classificação), registros de enfermagem, cuidados paliativos, avaliação da dispneia AbstractBackground: The integration of a quantitative assessment of dyspnea in nursing records (NR) allows adjusting nursing care delivery to each patient's needs. Objectives: To compare NR and the self-assessment of dyspnea intensity using the Numerical Rating Scale (NRS) in patients with advanced progressive chronic disease and palliative care needs who were admitted to internal medicine wards. Methodology: A quantitative study was conducted using a cross-sectional, descriptive, and observational approach. The NRS was applied to assess dyspnea intensity. Seventy-seven NR were selected using a non-random, purposive sampling technique. Results: Nurses diagnosed dyspnea at rest and/or functional dyspnea correctly without using a dyspnea assessment tool. Not all patients diagnosed with dyspnea had nursing care plans. In addition, the specific nursing interventions do not consider all dimensions of total dyspnea. Conclusion: Quantitative NR allow for a more accurate identification, monitoring, and management of dyspnea. A more systematic approach to dyspnea in patients with palliative care needs is required.
Eixo Temático: Atenção Básica Introdução: A dor crónica não oncológica é considerada um problema de saúde pública que afeta 20 a 35% da população mundial. Os portadores de dor crónica apresentam a maior taxa de morbilidade a nível global, quando avaliada através dos anos de vida ajustados por incapacidade. O tratamento da dor é descrito como um dos direitos humanos fundamentais, sendo a gestão da dor uma premissa fundamental para a concretização do mesmo. Verificou-se que a grande maioria destes serviços foi considerado como não urgente e não emergente, sendo as consultas de acompanhamento e as intervenções médicas adiadas ou desmarcadas. Objetivo: O objetivo deste trabalho é avaliar o impacto da pandemia COVID-19 na dor de pessoas idosas em quatro vertentes: i) intensidade, tratamento e gestão da dor; ii) saúde mental; iii) estilos de vida; iv) qualidade de vida. Métodos: Realizou-se uma revisão, recorrendo à base de dados PubMed, Scopus e SciELO usando os termos: ‘chronic non cancer pain’, ‘pain management’ ‘aged’ e ‘COVID-19’. Resultados: Foram escrutinados 86 artigos tendo sido selecionados 16 artigos. Apenas um artigo estudou isoladamente a população idosa (>65 anos). A idade-média (desvio-padrão) variou entre os 40.00 (14.00) a 81.50 (5.60) anos. A pandemia afetou a: i) dor: intensidade (n=12), tratamento (n=6) e gestão (n=3); ii) saúde mental: sintomas de stress e ansiedade/depressão (n=11), distress psicológico (n=4), isolamento social/solidão (n=7); iii) estilos de vida: atividade física (n=5), qualidade do sono (n=5) e desempenho físico (n=7) e iv) qualidade de vida (n=5). Apesar da heterogeneidade dos resultados, verificou-se: agravamento da dor e saúde mental, alteração dos estilos e qualidade de vida, disrupção dos serviços médicos, evidenciando-se assim a necessidade de uma abordagem holística e individual. As restrições impostas pela pandemia associaram-se a consequências danosas, a curto prazo, em vários domínios. O trabalho demonstrou que o impacto da pandemia na gestão da dor crónica foi pouco explorado em pessoas idosas, mormente as mais vulneráveis, com défices físicos e/ou cognitivos, residentes em instituições. A telemedicina surge como uma solução não ideal adotada. Evidencia-se que na população mais idosa, a baixa literacia digital, a falta de acesso à internet e a escassez de equipamentos tecnológicos foram alguns dos entraves que se destacaram, o que poderá ter prejudicado a tentativa de tratamento da dor crónica nestas populações em risco. Além disso, a falta de contacto físico e emocional com os profissionais de saúde, bem como a falta de acolhimento e de envolvimento relacionais, podem ter contribuído para o agravamento da intensidade da dor, colocando em risco a humanização dos cuidados médicos. Conclusões: Urge a necessidade de intervenções junto das populações idosas com dor crónica bem como investigação nesta área, contemplando os mais idosos, a análise das consequências a longo prazo da dor crónica quer numa situação pós-pandémica, quer no âmbito da COVID-longa e ainda as soluções a adotar de forma a colmatar os danos documentados. O desconhecimento do impacto específico na população idosa apela assim à necessidade urgente de avaliação e respostas adequadados. Resumo sem apresentação PALAVRAS-CHAVE: COVID-19, DOR CRONICA, GESTÃO DA DOR, IDOSOS
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