O estilo de vida mecanizado da vida moderna, a confiança na tecnologia e o pensamento unidimensional favorecido pelo consumo e produção capitalistas, incentivados pela mídia, afastam a sociedade da percepção sobre os riscos existentes, relacionados aos recursos naturais e à preservação destes para as atuais e futuras gerações, em responsabilidade Ética para a Sustentabilidade. Sendo assim, na busca por uma resposta, que diga respeito à comunicação com a sociedade, como instrumento para alcance da sustentabilidade dos recursos hídricos, em meio as vulnerabilidades que podem acarretar crises de escassez e, consequentemente, impactando a sociedade, este trabalho tem como objetivo refletir sobre os modos como os processos comunicacionais têm influência sobre a percepção e conscientização para o uso consciente e racional deste bem, essencial à vida, a água. A metodologia foi baseada em revisão de literatura, almejando alcançar os principais conceitos e teorias sobre a comunicação, os planos de gestão de bacias hidrográficas, a gestão de riscos e crises e a comunicação de riscos e crises. O resultado sugere a comunicação de riscos, com características perenes e de longo prazo, tempo suficiente para obter o engajamento da população, com informações que tragam a real situação dos recursos, bem como, incentivadoras de práticas de consumo racional e consciente da água, como o reuso e a preservação, muito mais adequadas à gestão de recursos hídricos, na atualidade, principalmente no que tange as ameaças do aquecimento global.