A gestão de recursos hídricos confere à sociedade, por processos específicos, meios de se garantir a segurança hídrica para as diversas gerações que necessitam da água para sua sobrevivência e conservação. Neste processo, ingressa a sustentabilidade como uma área do conhecimento que contribui para o desenvolvimento de modelos de gestão focados nas garantias socioambientais, na preservação dos biomas planetários, fornecendo elementos essenciais à sobrevivência desta e das futuras gerações e a manutenção da vida como a conhecemos, permitindo a construção de um caminho seguro para o futuro. Ademais, a sustentabilidade encontra-se entre os temas mais importantes da atualidade, devido aos efeitos da mudança climática e o processo de escassez de recursos hídricos em determinadas regiões. A água, além da dessedentação humana e de animais, envolve ainda outras áreas da atuação antrópica, principalmente aquelas ligadas aos meios de produção, consumo, descarte de resíduos e dejetos. Os meios de se buscar a segurança hídrica encontram-se nas formulações de políticas públicas específicas para a melhoria contínua da gestão dos recursos hídricos. Neste processo, o comportamento dos indivíduos em relação às demandas de consumo de água pode interferir na qualidade e resultados esperados das políticas públicas. Este estudo permitiu, através de pesquisa bibliográfica, com a seleção de autores e textos seminais ao tema, discutir os pressupostos da Economia Neoclássica e da Economia Comportamental, enquanto teorias oportunas que procuram apresentar uma leitura específica para a compreensão do fenômeno econômico, de modo a entender as relações da Sustentabilidade, enquanto área do conhecimento científico e instrumento efetivo para o Desenvolvimento Sustentável e a Gestão de Recursos Hídricos. Oportunamente, apresentou-se algumas possibilidades do uso da técnica de Nudge na formulação de políticas públicas, como estratégia para a melhoria da eficiência das ações que introduzam a análise de comportamento humano na busca de resultados positivos na preservação do suprimento hídrico disponível.
Apoiando-se nos pressupostos da Agenda 2030 que a Organização das Nações Unidas estabeleceu para a universalização da água e saneamento, o presente estudo tem por objetivo apresentar à reflexão os elementos valorativos contidos no Marco Legal do Saneamento Básico no Brasil, Lei 14.026/2020, e, dessa maneira, reconhecer e derivar seus fundamentos e prováveis consequências éticas. trata-se de um estudo exploratório, reflexivo e de natureza qualitativa e de base documental. Mediante a análise crítica realizada, considera-se a segurança hídrica fundamental para garantia da sustentabilidade e perenidade do homem na Terra, em seus variados âmbitos. Estabelecer políticas públicas bem estruturadas, é uma das maneiras de acesso universal aos recursos hídricos, mas, ao analisar a atual mudança no marco regulatório do saneamento no Brasil, verificou-se a existência de distâncias metodológicas, técnicas e éticas, sugerindo o desfavorecimento das populações economicamente mais frágeis quanto ao acesso à água, tornando-as ainda mais vulneráveis.
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