INVESTIGAÇÃOResumo: FUNDAMENTOS: O vitiligo acomete, em média, 1% da população mundial. Mais de 75% dos pacientes têm autoimagem depreciativa em relação à doença. Seu impacto emocional é muitas vezes negligenciado pelo cuidador, influenciando negativamente o prognóstico. OBJETIVO -Verificar o efeito do vitiligo sobre as emoções e discutir as últimas descobertas sobre a interação mente? corpo e seu desdobramento sobre a doença. MÉTODOS -Cem pacientes com diversas formas de vitiligo responderam, na primeira consulta, a uma pergunta sobre as emoções que a presença das manchas lhes provocava. RESULTADOS -Entre os que apresentavam manchas em áreas expostas, 80% queixaram-se de emoções desagradáveis, em contraposição a 37% dos que tinham manchas em áreas não expostas. As emoções mais referidas foram medo (71%), vergonha (57%), insegurança (55%), tristeza (55%) e inibição (53%). CONCLUSÃO -Qualquer doença crônica produz nos seres humanos uma vivência negativa propiciada pela expectativa de sofrimento. O vitiligo é um desafio à autoestima. Além de uma orientação científica adequada, o paciente de vitiligo carece de conforto emocional. A resposta e a adesão ao tratamento e até mesmo a resiliência diante de eventuais falhas terapêuticas dependem da boa relação médico-paciente. Numa época em que dispomos de respeitável terapêutica, torna-se indispensável que o dermatologista se mostre apto a avaliar seu paciente holisticamente. Palavras-chave: Emoções; Relações médico-paciente; Vitiligo.Abstract: BACKGROUND: On average, vitiligo affects one percent of the world population. More than 75% of the patients have negative self-image on account of the disease. The emotional impact of the dermatosis is frequently neglected by the caretaker, which has negative influence on therapy and prognosis. OBJECTIVE -To check the effect of vitiligo on patients' emotions and discuss the mind-body interaction and its impact on the disease. METHODS -In their first medical visit, one hundred patients with various forms of vitiligo answered a question about which emotions were elicited by the presence of the spots. RESULTS -Eighty-eight percent of the patients with spots in exposed areas complained of unpleasant emotions versus twenty-seven percent of those with spots in unexposed areas. The most frequently referred emotions were fear, specifically of expansion of the spots (71%), shame (57%), insecurity (55%), sadness (55%) and inhibition (53%). CONCLUSION -Chronic illnesses generate in human beings a negative experience propitiated by the expectation of suffering. Besides appropriate scientific guidance, vitiligo patients need emotional comfort. Treatment outcomes and patients' compliance to it, and even their resilience to face occasional therapeutic failures, rely on good physician-patient relationship. At a time when doctors make use of reputable therapeutic resources, it is indispensable that dermatologists become able to evaluate the patient in an integrative fashion.
Resumo: A esclerodermia localizada, ou morféia, acomete crianças em idade escolar e, em geral, é autolimitada, apesar de localmente desfiguradora. A literatura descreve inúmeros fatores etiopatogênicos, bem como modalidades de investigação e tratamento. Este artigo reúne os estudos mais recentes e discute sua aplicação clínica. Palavras-chave: Criança; Esclerodermia localizada; Revisão Abstract: Localized scleroderma or morphea affects school-aged children, is usually self-limited and a disfiguring condition. Several etiopathogenic factors, investigations and treatment options are described. This article reviews the recent literature and discusses its clinical applications. Keywords: Child; Childhood; Review; Scleroderma, Localized REVISÃO INTRODUÇÃOEsclerodermia é um termo utilizado para descrever um espectro de condições caracterizadas pelo endurecimento e/ou espessamento da pele e pela fibrose dos tecidos envolvidos. É didaticamente dividida nas formas sistêmica e localizada.1,2 A forma localizada, também conhecida por morféia, distingue-se pelo envolvimento predominantemente cutâneo, mas com possibilidade de acometimento ocasional dos músculos subjacentes, ao passo que os órgãos internos, geralmente, são poupados. HISTÓRICOAs áreas de endurecimento da pele foram descritas primeiramente em 1854, por Addison, que as denominou queloides. O termo morféia foi introduzido por Wilson, originalmente. Em 1868, Fagee fez a diferenciação com queloides e descreveu diversas formas da esclerodermia localizada, incluindo a variante "golpe de sabre."1 Em 1942, Klemper e col. incluíram a esclerodermia no grupo das colagenoses. EPIDEMIOLOGIAA esclerodermia localizada é uma doença rara. O maior estudo populacional foi realizado por Peterson e col.3,4 e avaliou a prevalência e a incidência da morféia e de seus subtipos em Minnesota por um período de 33 anos (1960 a 1993). Identificaram-se 82 casos e a incidência anual foi de 2,7 casos por 100.000 habitantes. Exceto para o subtipo linear, no qual não houve predileção por sexo, a relação do acometimento entre homens e mulheres foi de 2,6:1. A média de idade ao diagnóstico foi de 30 anos (as idades dos pacientes variaram de 1 a 82 anos) e, no grupo com forma linear, de 18 anos. Em nenhum dos casos avaliados houve acometimento grave de órgãos internos ou evolução para a forma sistêmica da esclerodermia. Artrites, sinovites, uveíte e contraturas articulares foram mais freqüentes nas categorias de esclerodermia linear e acometimento profundo. As deformidades que acarretaram incapacidade física ocorreram em 11% dos pacientes, sendo 44% no grupo de acometimento profundo. A taxa de sobrevida foi semelhante à da população geral. 3,4
A 55-year-old Caucasian male presented with white spots on his right flank, sacrum and popliteal fossae, which had been present for 6 months, associated with discrete pruritus (Fig. 1 a and b). He reported that the lesions diminished after sun exposure and he denied worsening factors. The patient reported no fever or weight loss. He had an unremarkable past and no family history of cancer.No lymphadenopathy was noted. The patient underwent lesion biopsy (flank and sacral) and histopathological examination (Fig. 1c). Epidermotropism was observed. Immunohistochemistry revealed mononuclear cells with T-cell phenotype CD3 and CD45 R0. Fig. 1. Hypopigmented macules, with ill-defined irregular borders, plain texture, measuring 12-20 cm, observed at (a) the bilateral popliteal areas and (b) the right flank. The purple papule corresponds to the biopsy scar. (c) Histopathology showing multifocal mononuclear infiltration at papillary dermis, with scant cytoplasm and round, elongated, hyperchromatic nuclei (H&E × 400).
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