Objetivo: Analisar temporal e espacialmente a mortalidade por câncer de estômago no Brasil e suas regiões no período de 2001 a 2020.  Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico sobre a mortalidade por neoplasias malignas do estômago no Brasil e suas regiões, no período de 2001 a 2020. Os dados foram provenientes do Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM). As Taxas de Mortalidade foram calculadas e padronizadas usando o método direto. Realizou-se uma análise de tendência temporal por meio da técnica de JoinPoint. A análise espacial foi realizada por meio do Índice Global e Local de Moran. Resultados: No brasil, foram registradas 171.464 mortes por câncer gástrico, no sexo masculino com Taxa Padronizada de Mortalidade (TPM) média de 16,72 óbitos para cada 100 mil homens. A tendência temporal, no sexo masculino, foi de declínio no Brasil (Variação Percentual Anual Média - VPAM= -2,4% e no feminino -1,8% (p<0,05). O Sul, Sudeste e Centro Oeste apresentaram redução (VPAM=-3,0%, -3,5% e -2,9%, respectivamente). No Norte as taxas foram estacionárias (p>0,05) e no Nordeste houve aumento (VPAM=0,8%). regiões como Sudeste e Sul e parte do Nordeste (Ceará) apresentaram conglomerados espaciais com altas taxas de mortalidade em ambos os sexos. Conclusão: A tendência temporal demonstrou que as taxas padronizadas de mortalidade estão em declive no Brasil, na região Sul, Sudeste e Centro-Oeste, enquanto mostrou-se estável no Norte e aumento no Nordeste. Municípios do Sudeste e Sul e parte do Nordeste apresentaram aglomerados com altas taxas.

Variações anatômicas das artérias coronárias em humanos têm apresentado grande interesse clínico por resultar em melhor entendimento dos processos patológicos cardíacos. Este estudo objetivou analisar a morfometria das artérias coronárias de cadáveres humanos do quarto ao nono mês de vida intrauterina. Um total de 62 corações de fetos brasileiros fixados em formalina, com idades gestacionais de 16 a 36 semanas, distribuídos igualmente quanto ao gênero e a idade fetal em cada grupo, foram analisados. O procedimento de dissecação foi realizado por retirada do coração com os pulmões em monoblocos. O comprimento das artérias em estudo foi mensurado através de fita flexível disposta ao longo dos vasos e posteriormente medida com paquímetro. Além disso, procedeu-se com análise histológica dos tecidos das artérias coronárias para quantificação das fibras elásticas. Os dados foram analisados através da Análise de Variância de dois fatores (Two way-ANOVA), seguido pelo post hoc de Student-Newman-Keuls, considerando p < 0.05. Quando comparado o comprimento da artéria coronária direita (ACD) em fetos entre o segundo e o terceiro trimestre foi encontrada diferença estatisticamente significativa tanto para o gênero masculino (p = 0.04) quanto feminino (p = 0.04). Não se encontrou diferença estatisticamente significativa ao se comparar o comprimento da artéria coronária esquerda (ACE) entre segundo e terceiro trimestre em fetos masculinos (p = 0.07) e femininos (p = 0.09). Percebeu-se a existência de padrão de crescimento semelhante entre fetos masculinos e femininos e desenvolvimento precoce da ACE em relação à ACD.